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Em poucos meses de governação, em que achei que a boca de Pedro Passos Coelho só se conseguia abrir para soltar banalidades de apeadeiro da Linha de Sintra, ou as encomendas dos gajos mafiosos que o empurram para a frente do linchamento, Miguel Relvas e Miguel Macedo, entre outros, por fim, consegui ouvir uma frase que me agradou, soou bem, e que acho que sintetiza toda a necessidade de salvação que Portugal sente: com o seu sotaque de Massamá, Pedro Passos Coelho, o magnânimo, disse, "Portugueses, sejam menos piegas..."
Para os ignaros, e somos muitos -- pois quantos de vós detêm um "despacho" de um CNO, ou uma alta classificação em Inglês Técnico?... -- eu esclareço: assim como em Viseu, o Cavaquistão, se trocam os "Vês" pelos "Bês", e se diz "binho", em vez de "vinho", em Massamá, de onde provem, e onde se vem, sua Excelência o Primeiro Ministro, trocam-se os "Vês" pelos "Pês".
Reposto o sotaque, Passos Coelho quis então dizer aos Portugueses, "Portugueses, sejam menos... Viegas", num clara alusão aos cambalhaços e cunhas que, à pala de "Cultura", motoristas e gabinetes, se fazem.
Já muito queimado vai André Wilson da Luz Viola, e os seus 1800 € de vencimento, e, para todos os que afirmam, a pés juntos, que ele é um excelente motorista... do banco de trás, a verdade é que ele não passa de um traste suplente de uma lista de cunhas à Câmara de Lagos, que uma mão ignota, mas certeira, depois empurrou para um salário razoável, para conduzir outro traste, este não suplente, mas efetivo, de uma coisa que deveria, há muito, estar extinta, e insiste em se chamar Secretaria de Estado da "Cultura".
"Portugueses, sejam menos... viegas", é, pois, a palavra sábia de um homem de letras e ciências, um Pedro Hispano mal compreendido, desta fase terminal da III República, que, polifonicamente, pede a todos os seus concidadãos que utilizem menos a cunha, que não contratem, como Miguel Relvas, motoristas a 2500 €, e que não consolem as ternuras dos 60, com motoristas como o da Senhora Bosca de Mota Amaral.
Humildemente, numa simples frase, Passos Coelho pediu aos Portugueses que fosse menos viegas, que não se fizessem empoleirar em assessorias de gabinete com subsídio de férias e natal, já incluídos, como "suplemento", e, sobretudo, que evitassem megas ferreiras, graças mouras, claras ferreiras alves, e coisas afins, que passam por "Cultura", e que, muito mais mansamente do que em outros casos, já que a estupidez nacional, que, genericamente, é abissalmente acrítica, quando se trata de "Cultura", ainda se consegue tornar mais acrítica. O texto em que se disparou contra esse cancro da vida pública portuguesa, Mega Ferreira, foi fatal ao "Braganza Mothers", já que era tão verista que apanhou imediatamente com o lápis azul da nova Censura por cima...
Mega Ferreira, tal como Graça Moura, é um "viegas", ou seja, um "aquilo" que os Portugueses não devem ser, e eu passo a explicar. No caso de Mega Ferreira, quando se pergunta, "quem é Mega Ferreira?...", imediatamente chovem cascatas sobre os poleiros que ocupou, mas nenhuma resposta sobre "como começou", porque estes "viegas", tal como Aristóteles profetizara, são fruto de geração espontânea, e tudo o resto é percurso, umas vezes ditado por causas naturais, outras, por milagres da fé, e algumas coisas cuja decência impede pôr aqui.
Faça um exercício: vire-se para o seu vizinho, e pergunte: "quem é Dias Loureiro?", e ele imediatamente lhe responderá todos os crimes que Dias Loureiro cometeu, embora nos fique sempre a dúvida primordial sobre a origem da "espécie".
Quanto ao próprio Francisco José Viegas, a resposta a "quem é Francisco José Viegas?..." é redundante: Francisco José Viegas é um "viegas", ou seja, tudo aquilo que os Portugueses nunca deverão ser.
Como Laura "Bouche" diz, o hiperviegas, por antonomásia, é Aníbal Cavaco Silva, que não veio do Pocinho, antes, "soube sair do Poço (de Boliqueime), mas o Poço nunca saiu dele..." (Laura dixit), e essa é, ou deveria ser, uma lição de moral para todos os Portugueses.
Futuramente, como ditam as palavras sábias de Passos Coelho, sejamos menos viegas, e, na "Cultura", por exemplo, produzamos mais Cultura, e menos secretários de estado.
Criemos mais obras de arte, e vamos menos à mesa dos outros, mamar subsídios. Estudemos mais, e penduremo-nos menos nas assessorias de gabinete.
Criemos mais obras de arte, e vamos menos à mesa dos outros, mamar subsídios. Estudemos mais, e penduremo-nos menos nas assessorias de gabinete.
Façamos, como a Islândia, e persigamos e levemos a tribunal os banqueiros e políticos que nos arrastaram para este drama nacional.
Preparemos uma resistência, como na Grécia, contra o neonazismo pós-estalinista de Angela Merkel, que nasceu, na Alemanha de "Leste", a conduzir carros poluentes, em forma de caixa de sapato, e quer agora dar lições de soberania aos herdeiros dos construtores da Acrópole.
Sejamos menos viegas, acordemos, agarremos neste gajos, e nós, que num século, cometemos regicídios, matámos dois Presidentes, limpámos o sarampo a dois primeiros ministros, e metralhámos algumas revoluções e golpes de estado, sejamos menos viegas, e agarremos nestes viegas todos e coloquemo-los perante o Tribunal da História, ou, como eu acabei de fazer, sejamos, não viegas, mas Portugueses, daqueles, de 900 anos, e, assim com eu agora fiz, com as palavras, que são a minha arma, que cada um agarre na sua, e preguemos-lhes, pelo menos, um valente tiro nos cornos. Basta um, que servirá de aviso, para evitar os restantes: vão ver que os viegas todos abandonarão, como os ratos, o barquito, num instante.
(Trio do já esteve mais longe,ah, pois já, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal" e em "The Braganza Mothers")
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas