Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Depois chegou um anjo estranho no desequilíbrio das asas com uma promessa que nem ele entendia, não fora ela tão humilde no seu vestido de linho e a noite um imenso céu estrelado.
Depois chegou um anjo estranho no desequilíbrio das asas com uma promessa que nem ele entendia, não fora ela tão humilde no seu vestido de linho e a noite um imenso céu estrelado.
Falou-lhe de uma terra para lá da sua em que o trabalho
dos homens é bem aventurado, doces os frutos todos permitidos no que a negação
das coisas tem sempre de errado.
Que deus é esse, perguntou num fio de voz límpido como as
gotas de orvalho na manhã fria. Gabriel disse, não sei, se acaso fora eu
soubesse, não estaria aqui junto de ti na dúvida de quem serei eu e tu também.
Seja o que for, respondeu ela, e na incerteza das
perguntas que fazemos, falar de amor é simplesmente inútil como saber do vento
porque sopra ou das baleias no seu canto de morte na areia das praias.
E como se tardassem a neve e os dias, ela disse vamos e
eles foram. Pelo caminho acenderam luzes nas esquinas e compraram um aviãozinho
de lata para que não se sentisse só, o menino.
Essa estranha luz que anuncia o Solstício...