sábado, 24 de maio de 2014

Correio da Lola: " O meu marido anda louco com ir votar no "Livre". Que acha que faça?..."




Querida Lola:

Dou aulas de Linguística, com o meu marido, na FCSH da UNL de Lisboa. Ele anda completamente louco, e diz que o "Partido Livre" vai eleger dez eurodeputados, já no domingo. O problema é que, à pala disso, já não cumpre os seus deveres conjugais, e faz-me a vida num inferno. Que acha que devo fazer?...

Viriata Soromenho Mata, Lisboa



Querida Viriata:

A bem dizer, eu nem lhe deveria estar a responder a esta questão, já que estamos em pleno período de reflexão eleitoral, mas como a Comissão Nacional de Eleições deixou passar tudo, a começar pelo rebotalho do Futebol, e a acabar na reunião dos amigos da Porteira de Leste, Angela Merkel, e eu já violei tanta coisa na minha vida, sobretudo, casados e pais de três filhos, deixe-se estar, e não se espante com ver elefantes a voar: já faltou menos. Sinceramente, acho que se o seu marido quer votar no "Livre", é completamente livre de o fazer... Como dizia Salazar, votar no "Livre" é dar de comer a um milhão de Portugueses!... Como somos 10 000 000, até é possível que ele tenha razão, e o "Livre" venha a eleger 10 deputados, um grupo sólido, e todos os Portugueses deixem de ter fome, embora estas eleições devam andar muito mais perto das alucinações do que das sondagens, como mostra o que vai acontecer ao Sr. Wilders, na Holanda, enfim, suspiros de um continente em decadência, que devia estar mais preocupado com hordas de bárbaros, às dezenas de milhar, a invadirem as suas costas marítimas, e a Intoxicação Social a continuar a falar de "refugiados": foi assim que Roma acabou, e voltará a acabar. Quanto ao voto do seu marido, estamos faladas. Pessoalmente, sempre desconfiei de um gajo que começou a entreter-nos com terremotos, quando, afinal, o seu sonho era arranjar um sólido poleiro anti-sísmico, no Parlamento Europeu. Como sabe, são todos iguais, e foram formados na escola do maior escroque e especialista nessas posições, o "Cherne", o ser mais livre que a Europa conheceu nos últimos anos. Não quero influenciar o sentido do seu voto, claro, mas vou declarar-lhe o meu, já que, como Braganza Mother, nós temos o nosso próprio candidato, aliás, candidata, a Isabel Branco Pires, que vai tentar levar a nossa voz até Bruxelas. Se leva, ou não, é indiferente, porque provocamos mais estragos aqui do que lá, e sempre que se provoca um estrago cá, ele acaba por alastrar até lá, como já escrevia Maquiavel. Domingo, portanto, esta puta de esquina e silicones, engolidora de nhanha, que aqui lhe está a responder, vai votar POUS, para tentar pôr as nossas amigas a devastarem aquele antro de canalhas, ladrões e traidores do Continente. Se me perguntar se o meu voto é político, não é, não, filha, é mesmo um voto do bota abaixo. Pensei muito bem, e, inicialmente, era para lhes desenhar um das Caldas no retângulo de papel, mas depois pensei, "será que eu os vou contemplar com um caralho, coisa de que tanto gosto, e eles ainda mais adoram?...", e então decidi chapar-lhes, em cima, com tudo o que eles detestam!... Para além disso, eu, traveca, e a Isabel, temos milhões de coisas em comuns e umas ligeiras divergências: eu tenho uma "surpresa" debaixo das saias, enquanto a Isabel tem... várias; para ela, o mundo é um paraíso de tânias vanessas e bilros e berloques. Para mim, é mais o sonho dos GNRs (mas sem gajas, que isso é uma parafilia!...) e dos Corpos de Intervenção, onde eu dou o corpo, e eles a Intervenção. O meu sonho, no fundo, é levar uma geral dos GOE, num armazém de caricas, para fazer vexar a bandeira nacional, no 10 de junho... Ai, lá estou eu a sonhar, vocês a pensarem nas Europeias, e eu, toda úmida, a pensar no bom material Português: é nisso que eu sou nacionalista, em dar, estender, a urna, ao garanhão lusitano, e com muito orgulho, nada daquelas lêndeas holandesas, finlandesas e desses países onde não há luz e só psicóticos e massacres nas escolas. Foder faz bem, filha, e até lhe digo mais, mas não conte a ninguém: eu e a Isabel, no fundo, até isso temos em comum, fardas, botas, uniformes, rapidinhas de vão de escada, só que eu sou mais de ser torturada, queimada com pontas de cigarro, enquanto a Isabel os prefere ver ajoelhados, toda de leopardo, a chamarem-lhe "minha deusa" e aquelas mentiras todas que esses cabrões vendem às mulheres. Eu sei que ela terá desgosto de saber que muitos dos seus policiais ativos, viravam depois, como todos os árbitros, heterossexuais passivos, mal chegavam ao MEU Conde Redondo, mas para quê tirá-la da ilusão dela, quando ela também não me tira da minha?... Portanto, querida, domingo, as putas do Braganza vão para o POUS, só para chatear, e só para arrematar esta conversa, que já vai longa... disse-me que o seu marido era de Linguística, na Nova?... Só se for na Nova dos sonhos do "Livre", já que em Linguística, na Nova, desde que o Mundo é Mundo, nunca houve homens, só fufas, e se algum homem lá tentou singrar, já só há memória de ter virado sapatão, que deve ser o seu caso, e está a enganar-me quando diz que é casada, mas eu estou-me zenitalmente borrifando para as suas mentiras, por que é véspera de terremoto no Parlamento Europeu. Junte-se mas é a nós, e borrife-se para o Sistema, pondo a sua cruzinha no POUS, tá?. Aliás, eu acho que a hora já nem é de votar, mas de arranjar quem comece a seguir o apelos dos "Mão-Morta"... Kisses, desta sua badalhoca, sempre às suas ordens.

One Response so far.

  1. Esse do "Livre" era como o Obama:uma invenção dos órgãos de intoxicação social: vaia acabar a fazer crónicas, ao lado da Ferreira Alves, no "Expresso": "O Cantinho do Meu Terramoto" :-)

 
 

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