domingo, 12 de outubro de 2014

quando a maré sobe o rio transborda

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Às vezes bate-me à porta, com o bico. A seguir grasna até eu aparecer. Os vizinhos não gostam dele, dizem que é enorme, que cheira a lodo, que o meio urbano lhe é hostil. Não vejo grande diferença entre possuir um pelicano ou um Labrador, a não ser pelo facto de os cães ladrarem toda a noite a implicarem uns com os outros e os pelicanos não.
Convido-o a entrar, ele abre as asas, dá três voltas ao quintal e conversamos um pouco, sentados na beira do poço. Ele conta-me que quando a maré sobe o rio transborda e os peixes abundam. Eu confesso-lhe que gosto deles grelhados na brasa temperados com um fiozinho de azeite e limão. E um lagostim, pergunto-lhe. Ao natural, responde-me.
Depois calamo-nos a observar por uns segundos os mosquitos que a chuva multiplicou, até que ele diga, vou-me embora, para a próxima trago-te uma perca do Nilo, está bem.
 
 

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