domingo, 3 de junho de 2018

um sapo não fuma

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


A rapariga queria ser sapo. Vestia-se de verde, treinava saltos em comprimento, coaxava ao entardecer e desenvolveu um estranho gosto por gafanhotos fritos. O bom-pai que era o seu, invocou a fada-madrinha para que conversasse com a rapariga e lhe mostrasse como era bonito e elegante um vestido cor-de-rosa.
As meninas não podem ser sapos, disse a fada. A rapariga, sem paciência para romances, respondeu, está bem, então quero ser aviadora. Não podes, disse a fada. E engenheira? Também não. E escultora? Não. 
Zangada, a rapariga replicou, quero ser sapo e fim de conversa. A fada-madrinha pestanejou três vezes e sarcasticamente disse, os sapos não fumam. Ah, não? disse a rapariga, então está bem, quero ser princesa.

2 Responses so far.

  1. Luis says:

    Manelinha, sem querer desmerecer, ouvi dizer que a tinham contratado para fazer a biografia da Joana Vasconcelos, mas só a santa sabe até onde podem ir os insidiosos rumores da calúnia :-)

  2. não me insulte o sapo :)
    acha que está parecido com a do crochet?

    a minha intenção era fazer a biografia dos cigarros, do açúcar e das bactérias que a partir de um dada altura passaram a bácterias e pelo meio escrever sobre o mito da boa mãe

    parece que não consegui :)

 
 

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