Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do Kaos
Não vinha com a intenção de
escrever um texto técnico, mas há um tempo para tudo, inclusive para o Tempo.
De aqui a 30 anos, passaremos
para a data mágica de 1143, altura em que um punhado de gente, com pouca terra,
e descendendo de Roberto, o Pio, Rei de França, veio conquistar umas fatias de
teritório, naquele no man’s land que
separava a Cruz do Crescente.
Gosto de História, mas só por
acidente sou historiador, e, perversamente, da Ciência.
A Idade Média Portuguesa é uma
pequena e simpática épica local, que se esgotou, no dia em que os fortes
cavaleiros descobriram que só lhes faltava cavalgar o Mar. A partir de então,
numa estranha sina, que só se poderia comparar com a dos Fenícios, deixámos de
ser um país, e passámos a ser um lugar de passagem.
O gene lusitano é estranho,
porque está permanentemente marcado pelos índices da Partida.
Somos, por essência, um lugar de
despovoamento, com os recém-chegados a sentirem, todos os dias, o “estranhamento”
das partes desertas. Talvez por isso, tenhamos dificuldades em criar tradições,
sobretudo, naquilo que a mim, enquanto intelectual, toca: cada um de nós é
sempre um pilar deserto, que inaugura e finda uma genealogia. Como estátuas da
Ilha da Páscoa, nós olhamos, solitariamente, em frente, aguardando que o Tempo,
e o Vento e o Mar, nos façam tombar de face.
O problema do discurso
intelectual é aquela necessidade, ou, se o quiserem, inevitabilidade, do
nefelibata, e da sua teia de ideias, estar vinculado ao corpo de um tempo e de
uma vizinhança, ou seja, a necessidade e o dever cívico de cuidar, pela elocução da
escrita, daqueles, outros, cuja voz é mais frágil, ou inexistente.
Numa
parceria, que derivou do enorme erro, -- The Great Portuguese Disaster --
e, mesmo, cataclismo histórico, que foi a reentrada da maior deformidade da III República,
Aníbal Cavaco Silva, no tabuleiro de um jogo que já antes tinha condenado ao
despedaçamento, avancei, com o “Kaos” naquilo que o futuro cunhará como uma
afortunada osmose entre o pensamento visual e a insurreição do texto.
Enquanto Cavaco assistia, e
alimentava, a destruição económica, financeira, agrícola, judicial, moral,
ética, cultural e, mesmo, física de um secular trajeto histórico, passaram-nos,
pela frente, os desastres sequentes do que foi o seu neosalazarismo, dos anos
80 e 90, já nas figuras de Milénio de Sócrates e de Passos Coelho. Se tivesse
havido um Presidente, nesta enorme sede vacante que é a fase crepuscular da III
República, nunca Sócrates teria destruído o que destruiu, nem Passos Coelho, um
produto de vaudeville, teriam podido
alcançar a suicida massa crítica que atingiram.
Enquanto o país se desfazia,
Cavaco macho e fêmea, inauguravam presépios atrás de presépio, com os lencinhos
do adeus, de Fátima, a dizer, sejam bem-vindos, no vosso horror continuado.
Acabámos
a ver o solzinho e a dívida externa, a dançar.
Enquanto a paródia se
desenvolvia, ambos satirizámos, com garbo e furor, por imagem e palavra, todo este festival
decadente.
Por inerência, o humor, a ironia
e o tremendo sarcasmo têm, sempre, por alvo aquilo que consideraríamos um ponto
singular no tecido social, ou seja, numa geometria de referenciais
convencionados, o alimento do rumor da imagem e da escrita seria sempre a
anomalia balizada e incarnada em alvo. No momento em que a plateia de valores
se dissolve e a anomalia se generaliza, há uma dramática confusão entre o alvo
e o atirador, ou seja, como em Matrix, já não é possível lutar contra uma
multidão de Mr. Smith, porque todos se converteram em Smith.
O salto seguinte, para o qual, em
vários emails pessoais, adverti os críticos e criadores da Blogosfera, nos
quais me incluo, era o risco de, nós mesmo, começarmos a incarnar Mr. Smith.
Num retorno à Poética, de
Aristóteles, e à sua catarse, cada vez mais atual, no presente momento de
deriva, o empenhamento no perfecionismo da forma visual ou panfletária, das
imagens do “Kaos”, ou das “farpas”, ou “breves” do “Arrebenta”, e, ainda mais,
na sua potenciação simbiótica, podia, pode, e cumpriu, durante algum tempo, o
tempo útil, eventualmente o tempo mítico, de servir de patamar catártico
intermédio, impedindo, por uma sublimação e aculturação sociais, que a violência
imediata, e no limite, mortal, se diluísse na gargalhada e no vernáculo, que a liberdade
da linguagem literária sempre permitiu.
A sociedade portuguesa, num
estado de adiantada putrefacção, correlato da decomposição do Ocidente e de
todo o sistema mundial de padrões ditado pelo Iluminismo, como Mauro Sampaio resumiu, numa recente e memorável intervenção televisiva, não passa,
presentemente, de um cenário de entrecruzamento de sórdidos interesses, regidos
por mafias, infiltrados da Maçonaria clássica, novos criminosos da Opus Dei, fundamentalistas, neofascistas e neoestalinistas, braços e agentes de todo o tipo de mafias, portuguesa, italiana, romena, russa,
búlgara, turca, chinesa, angolana, e de todos os subprodutos párias da fase
terminal do Capitalismo, na sua forma futebolística de circenses sine panem.
Curiosamente, uma comunidade
globalizada, não se conseguiu, termodinamicamente, equilibrar num ponto ótimo,
mercantilista, antes, muito para lá dos piores pesadelos marxistas, estagnou em
monopólios de extorsão locais, regidos por gente abaixo de qualquer sistema de
valores.
Este sistema, mantido por
constantes fontes de intoxicação social, impede-nos, pelo ruído de fundo, de
aceder a qualquer informação de qualidade, antes a substituindo por constantes versões
atenuadas, ou, cada vez mais assumidas, de mentira. Ao acaso, e por que o tema
me enoja profundamente, poderia tomar como referência o Estripador de
Cantanhede, que uma cultura abissalmente gangrenada viu, por cá, tratado em cordões
humanos de solidariedade (!), com mães chorosas, e padres a navegarem na
apologética do inconcebível, revistas cor-de-rosa a defenderem o indefensável,
para, subitamente, debaixo dos holofotes do pragmatismo anglo-saxónico, vermos
emergir a verdadeira face daquilo que nos representa, e envergonha, lá fora,
uma sociedade alicerçada na falsidade, no oportunismo, no anestético, oscilando
entre pulsões pedófilas e gerontófilas, para terminar em vinganças sangrentas
de um disforme mental, que, como milhares de portugueses, não suporta a sua
estrutura sexual, e envolve o nome de Portugal numa escabrosa história de estripadores e canibais, que vão beber sangue humano (!) num hotel de luxo de Nova Iorque.
À sua limitada maneira, tal Cavaco Silva, ou Teresa Guilherme, Renato Seabra é um epítome daquele não ser profundo, que, doentiamente, vai assassinando o que de melhor havia nos melhores de nós mesmos.
À sua limitada maneira, tal Cavaco Silva, ou Teresa Guilherme, Renato Seabra é um epítome daquele não ser profundo, que, doentiamente, vai assassinando o que de melhor havia nos melhores de nós mesmos.
Nas sociedades em crise, o Humor
sempre foi um espaço de distensão. Nas sociedades em agonia, o próprio espaço
do humor e da satirização é ocupado por peões do Sistema, que bem sabem o peso
crucial desses limiares na manutenção de lençóis sociológicos de não rotura, e
aqui chegamos ao ponto crucial, que foi a ocupação dessas fronteiras, reservadas
à purga do status quo, por figuras oscilando
entre o menor e o minúsculo, servidas em doses industriais, e no tempo mais
eficaz, para produzirem um efeito de aculturação e domesticação, que me
atreveria a designar por iliteracia do humor, onde a própria gargalhada foi
condicionada e restringida a fronteiras e temas minuciosamente estudados, de
modo a não provocarem um desmoronamento do edifício.
Um medina carreiramento, para começar pelo topo, até descer a vários
exemplos de base. Não sei enumerá-los, porque não os frequento, mas posso dar
os exemplos clássicos da mediocridade dos “Gatos Fedorentos” e do chiqueiro
dourado da Clara Ferreira Alves, entre tantos.
Ao contrário destes lugares
regiamente pagos, para fazerem a extorsão do riso e da sátira, o insuportável de figuras como o “Kaos” e o
“Arrebenta”, ficções de sucesso e de transmissão, foi o de nunca serem reintegráveis,
recicláveis, assimiláveis ou assalariáveis, pelo Sistema.
Apesar de sobressaltos de percurso, nunca houve qualquer intenção de capitalizar, tornar rentáveis, ou a
soldo, ou, pior ainda, constituir formas de ocupação, ou substituição, do Poder, ou, ainda
mais baixo -- o topo da base de tantos -- de pretender integrar as plataformas de
intoxicação social, através de uma capelinha dos reformados, só deus sabe,
nalguma coluna de algum pasquim do Sistema, ou num tempo de antena de uma
televisão dos grupos correntes de genocídio do pensamento e da expressão.
A História está recheada destes exemplos de não normalização, cujo custo foi sempre a de uma enorme penalização do eu humano do criador.
A História está recheada destes exemplos de não normalização, cujo custo foi sempre a de uma enorme penalização do eu humano do criador.
Entre “Kaos” e “Arrebenta”, parce que la rose est sans pourquoi, a
intenção foi sempre, e sistematicamente, a de talhar a mesma frase, o clássico, "olhai, porque o rei vai nu!...", e esperar que o público a repetisse, em uníssono e
cada vez mais alto.
Passamos aqui dos sistemas para
os meta sistemas, porque, nesta meia década de bombardeamento diário e
sistemático, o indivíduo, como Proteu, foi-se metamorfoseando. Um dos
derradeiros momentos de glória de profanação dos velhos alvos, foi real, pouco
presenciado, mas épico, quando a caríssima Priscila afrontou esse cancro reles
da III República, Maria de Lurdes Rodrigues, para lhe arrancar, perante uma
plateia estupefacta, que, para esse ogre da Sociologia, só existiam duas
profissões, o “Médico” e o “Engenheiro” (!). Talvez quem acabou de ler estas
linhas perceba agora a lógica sectária e fundamentalista com que a sociedade
portuguesa foi ultimamente tratada, entre esta ciência flácida, e outra, não
menos flácida, a Economia, onde um fracassado, que depois de uma ruína académica,
decidiu tornar todo um país numa experiência falhada de um momento histórico
crucial.
A questão é que ascendendo, ou seja, passando dos referenciais onde estas figuras são, ou foram cimeiras, para os meta referenciais, em que não passam de peões, como nos alerta o terrível texto de Luiz Carvalho -- que lhe dá a autoridade, por ter frequentado os meandros do “Expresso”, com todas as suas maravilhas e horrores -- há uma estratégia de genocídio adotada, e, desculpem-me a tecnicidade do léxico, essa estratégia obedece a uma topologia própria, simultaneamente animada de uma cinemática e de uma dinâmica idiossincráticas, cujo objetivo fulcral é a manutenção das estruturas, e, inclusivamente, das personagens, entendidas como eternas, e o seu cenário como o Fim da História.
A questão é que ascendendo, ou seja, passando dos referenciais onde estas figuras são, ou foram cimeiras, para os meta referenciais, em que não passam de peões, como nos alerta o terrível texto de Luiz Carvalho -- que lhe dá a autoridade, por ter frequentado os meandros do “Expresso”, com todas as suas maravilhas e horrores -- há uma estratégia de genocídio adotada, e, desculpem-me a tecnicidade do léxico, essa estratégia obedece a uma topologia própria, simultaneamente animada de uma cinemática e de uma dinâmica idiossincráticas, cujo objetivo fulcral é a manutenção das estruturas, e, inclusivamente, das personagens, entendidas como eternas, e o seu cenário como o Fim da História.
Neste sistema dinâmico, cujas
pontas estão nas mãos dos tais “muito poderosos”, a variedade social, S, ainda
que dinâmica, pretende-se “estruturalmente estável”, ou seja, se para cada área
limite, envolvente do tempo e do evento X se conseguir, permanentemente, encontrar
um X’, sequente, que assegure um homeomorfismo, h(x), de S sobre si mesma, que
transforme todas as trajetórias de X numa trajetória inclusa do tipo (M,X’).
Topologicamente, e de uma forma tendencialmente laplaciana, o campo dos
diferenciais, entendido como a envolvente global de todos os potenciais
identificáveis sobre a variedade social, S, deve, assim, reger-se pelo gradiente
grad V, assumindo-se que a função V é
monótona crescente. Ora, em forma de crítica, o laplacianismo implícito nesta
monotonia crescente deixa imediatamente supor uma meta estrutura monstruosa,
cuja entropia fosse deliberadamente potenciada, e determinista, embora,
anomalamente “estável”, porque, escatologicamente, os senhores sensores desta aberração
socio topológica sabem que, no final do percurso, existe uma singularidade
morfológica, que corresponderá ao fim do Fim, na forma de catástrofe, e estamos
aqui em pleno Thom, ou, mais simplificadamente, numa máquina de Zeeman, onde o
elástico subitamente se distenderá.
Em toda a História, estes momentos chamaram-se Guerra, e levaram a indetermináveis genocídios.
Em toda a História, estes momentos chamaram-se Guerra, e levaram a indetermináveis genocídios.
Estes monstros da sombra, imersos
no seu “Matrix”, estão a ousar uma coisa que Mandelbrot, ou qualquer teorizador
do Caos, desde Lorenz, ou, mesmo, do antepassado, Poincaré, sabem que não é
possível, e, se o colapso das bolsas, apesar de suportado por uma modelização
insuficiente de, digamos, por alto, um aparato de 36 sistemas simultâneos de
equações diferenciais, a tentarem simular, em tempo real, as oscilações de humor
dos valores das ações, não funciona, ou funciona pela glória e colapso de atratores
locais, o que as volta a remeter para o que sempre se temeu, o caráter aleatório das variações; se o
colapso das bolsas não lhes chega, que dizer, então, sobre a bateria de
simuladores diferenciais, que fornecesse um modelo adequado aos gradientes e ao
devir de uma população imprevisivelmente amordaçada pela ameaça de fome, ruína
e desespero de esperança?...
Nessa lógica, o custo da entropia, com evicção de uma morfologia de rotura levará, inevitavelmente, ao colapsar dos elementos mais frágeis, o que, socialmente, corresponderá a um genocídio regulado, ou orientado, em que cada um se tornará no canibal de cada qual, por alimentação de velhas categorias aristotélicas, que o Marxismo elidiu, e pelo qual falhou, já que ninguém defende com mais força senão o que é sua propriedade, e a colisão social está, neste momento, a ser sistematicamente alimentada por aquilo que chamaríamos um gradiente de inveja, por focalização desregulada em pseudo exemplos de evidenciação, elidindo os verdadeiros poderes de sombra, e lançando as bases numa chacina social, sob a forma de uma guerra civil consentida, entre o que nada tem, e aquele que um pouco mais detém, para mais, assimilada como justa e inevitável.
Nessa lógica, o custo da entropia, com evicção de uma morfologia de rotura levará, inevitavelmente, ao colapsar dos elementos mais frágeis, o que, socialmente, corresponderá a um genocídio regulado, ou orientado, em que cada um se tornará no canibal de cada qual, por alimentação de velhas categorias aristotélicas, que o Marxismo elidiu, e pelo qual falhou, já que ninguém defende com mais força senão o que é sua propriedade, e a colisão social está, neste momento, a ser sistematicamente alimentada por aquilo que chamaríamos um gradiente de inveja, por focalização desregulada em pseudo exemplos de evidenciação, elidindo os verdadeiros poderes de sombra, e lançando as bases numa chacina social, sob a forma de uma guerra civil consentida, entre o que nada tem, e aquele que um pouco mais detém, para mais, assimilada como justa e inevitável.
O sinal de que essa hora chegou foi o súbito e brutal dispensar dos agentes que contribuíram para a intoxicação social, atacando indiscriminadamente os veículos jornalísticos, a soldo, ou estrangulados pela impossibilidade de transmitir a verdade.
Num termo que faz furor na
Academia, a miscenização, de algum
modo entre a imagética do “Kaos”, ou o estilo próprio do “Arrebenta” -- que,
aqui, voluntariamente, e ironicamente, quer na forma, quer na extensão do
texto, contornei -- passaram a integrar o léxico, a gramática e mesmo a retórica
dos movimentos de insurreição, que invadiram as nossas ruas. Se, defronte de
Belém, foi divertido, subitamente ver, a emergir, nas televisões, as caras
físicas dos eternos insurretos do “Braganza Mothers”, o “Kaos”, a bater na sua panela, a "Kaotica", cheia de panfletos, como uma fúria florestal, a Isabel, como uma pantera, a tentar devorar
a câmara, o João, de estandarte na mão, enquanto o meu próprio autor se rebolava
de gozo, no meio da multidão, a ver um cartaz, gigante, com o SEU ataque do Cavaco a ser ferozmente esticado para os jardins de Belém, depois de já ter
mandado, na Rua da Junqueira, para a outra parte, a concubina do Relvas, uma
boca da servidão com metade da idade do seu cobridor, e completamente indignada
com aquela interpelação de plateia, meu deus, que glorioso é ver agora, assimiladas
pela luta da multidão, imagens, por toda a parte, concebidas “à la manière” do “Kaos”,
ou a Assembleia da República, os deputados, os Ministros e os comentadores a integrarem,
como o crescente vociferar da turba, tanta da linguagem vernácula do “Arrebenta”,
mas, agora, naquele tom fatal, que nunca quisemos, e por isso, nos retiramos
para o repouso de uma certa retaguarda.
Não podemos incorrer no risco de
fornecer ao inimigo mais armas, para este canibalismo que estiveram a preparar.
Deixamos, voluntária, e atempadamente, de ser catárticos, e de servir de
patamar de sublimação entre os focos do horror e a crescente vontade de os
exterminar.
A luta agora tem o nosso estilo,
mas os recursos dessa luta são, hoje, infinitamente mais vastos do que os
nossos, que sempre foram criação artística de imagem e afinamento do texto.
Que maior prazer do que ver os piratas informáticos a invadir esse coio de opressão que é o Patriarcado do Fundamentalismo Cristão, com uma imagem de estilo, a que só faltava a assinatura do “Kaos”, embora dele já não fosse?... Suponho que isso seja a Eternidade, se maior elogio não lhe pudesse fazer...
Que maior prazer do que ver os piratas informáticos a invadir esse coio de opressão que é o Patriarcado do Fundamentalismo Cristão, com uma imagem de estilo, a que só faltava a assinatura do “Kaos”, embora dele já não fosse?... Suponho que isso seja a Eternidade, se maior elogio não lhe pudesse fazer...
Todavia, há um tempo para reinar
e há um tempo para abdicar.
Os próximos meses serão cruciais,
mas a rua já absorveu a lição e a linguagem própria da insurreição. Como já
perceberam, para estes autores, e por mim falo, por esta linguagem que estão a
estranhar, estou compltamente... noutra. O “Arrebenta” é um divertimento de uma personalidade
bem mais vasta, que, neste momento, está entediada de escrever à… “Arrebenta”.
Acontece, e aconteceu, tanto a mim, como ao ser humano, que existe por detrás
do mítico “Kaos”. Imaginem o quanto me pode interessar uma cavalgadura, como Miguel Relvas, quando estou a olhar para um denário de Juba II, da Mauritânia, o afortunado esposo de Cleópatra Selene, filha de Cleópatra VII e de Marco António...
A hora é, agora, de reflexão, e de
silêncio, um silêncio terrível e gritante, que se está a multiplicar por todas
as vozes que não mais largarão as ruas.
Esta é uma pausa que durará até
que sintamos a vontade de reentrevir.
O “Kaos” já tomou a decisão de
repousar, e, com ele, o “Arrebenta” também aqui começa a hibernar, porque é
cessado o tempo preparatório das imagens e das palavras.
Neste momento, já passámos para o patamar do Mito. Talvez regressemos, mas a luta, agora, é integralmente vossa, porque é chegada a hora da Ação.
Neste momento, já passámos para o patamar do Mito. Talvez regressemos, mas a luta, agora, é integralmente vossa, porque é chegada a hora da Ação.
Amanhã, certamente, soarão
esplendores. :-)
(Quarteto dos esplendores, como “Gran
Finale” do “Kaos” e do “Arrebenta”, no “Arrebenta-SOL”, no “Democracia em Portugal”, no “Klandestino” e no eterno “The Braganza Mothers”)