Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
No tempo das trovoadas, não te abrigues junto das árvores
não, escuta o ribombar, fica atento ao relâmpago, multiplica, grita. É a estação primitiva dos medos, uma senhora à janela a tricotar, veio o raio levou-a. E a
rapariga na piscina a nadar, veio o raio queimou-a. Não interessa saber se as senhoras
fazem redes de emalhar e as raparigas à janela a nadar, não faz sentido, mas
sossega-nos saber que o nascimento, a maturidade e a dissipação são assim
coisas de uma vida.
Depois a minha mãe cantava-nos uma canção de água e
folhas e chuva quente e nós comíamos fatias de pão com queijo e geleia de
marmelo.