sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Teresa Guilherme como campo subliminar de treino do "Estado" Islâmico


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas




Dedicado a Laura "Bouche", como prenda atrasada do seu Lauragenário, e memória do seu estatuto ímpar de única grande bicha portuguesa que andou à porrada com a Teresa Guilherme por causa de um macho, e perdeu. Fosse hoje em dia, e mais uma vez perderia...




Há um estado larvar da Semiótica que diz que os símbolos de inteligibilidade universal deverão ser de imediato acesso aos próprios iliteratos, o que, naquela dinâmica própria destes fenómenos, implica que aqueles que não conseguirem chegar lá com o intelecto, ou com a sensorialidade dos olhos, deverão, pelo menos, estar permeáveis ao seu impacto subliminar.

Como esgoto, a "cultura" contemporânea portuguesa, estrangulada entre saramagos, joanas vasconcelos, cristianos ronaldos, marizas, gatos fedorentos e juliões sarnentos necessita, pelo princípio do "panem et circenses" de poder alcançar todos os círculos do seu dantesco onanismo, sendo que os patamares mais baixos, por um princípio trismesgístico, deverão obter, na devida proporção, um grau de satisfação idêntico ao dos superiores. Chama-se a isto o socialismo do paupérrimo. Acontece, que na realidade, este postulado é falacioso, posto que a qualidade do engano e a miséria do produto é comensurável, em todos os estratos, acontecendo não ser isso o que move esse texto, pelo que apenas fica na forma de pista.

Teresa Guilherme tem algo de extraordinário, ao ponto de ter conseguido introduzir, no sacrossanto tripé salazarista, do Fado, Futebol e Fátima, uma nova premissa, na forma pleonástica de si mesma, o que, implicando aristotelicamente que duas coisas não podem ocupar simultaneamente o mesmo lugar no espaço, ela imerge numa certa indefinição quântica dos novos "quarks" desta merda, que, caleidoscopicamente, permitem que enunciemos Fátima, Futebol e Teresa Guilherme; Fado, Futebol e Teresa Guilherme, ou ainda Fátima, Teresa Guilherme e Fado. Num tom de piada para físicos, Teresa Guilherme está dotada de um spin próprio, obviamente fracionário, que, à la limite, permite que a declinemos como uma nova trindade, eventualmente a que mais me agrada, já que odeio Fátima, Futebol e o Fado me inspira pouco, como Teresa Guilherme, Teresa Guilherme e Teresa Guilherme, e aqui chegamos à confluência sociológica da coisa, que é o que realmente me levou a delinear esta farpa.

Platonicamente, o discípulo de Sócrates  -- salvo seja... -- pretendia que toda a nossa vivência sensorial não fosse mais do que uma reminiscência das coisas perfeitas, arquetipicamente armazenadas na Caverna. A trilogia, Teresa, Teresa, Teresa e Teresa Guilherme, como uma espécie de fusão sincrética da abjeção fletida por Fátima, Futebol e Fado, conseguiu, e é isso que é extraordinário, já que enformou todo o Cavaquistão, enquanto tempo passado, presente e futuro, e conseguiu que toda a nossa Caverna Platónica confluísse na "Casa dos Segredos", ou seja, tudo o que depois dela vivenciemos nada mais é do uma pálida sombra de todos os esplendores que ali se reúnem, reuniram e reunirão.

Para mim, um cético absoluto, totalmente indiferente às vicissitudes e oscilações do tempo presente, não deixa de ser extraordinário que toda a estrutura milenar, elegantemente geométrica, do "Timeu" e dos seus poliedros axiomáticos tenha sido imprevistamente substituída por uma prateleira de lêndeas, as quais a Demiurga, Teresa Guilherme, conseguiu sucessivamente fazer passar do Informe à Forma, e da Forma ao Sentido, conferindo-lhes um verdadeiro estatuto de Universais, se não, mesmo, de Transcendentais.

Pela lenga lenga teológica cristã, seria pressuposto que a Criação fosse feita à imagem e semelhança do Criador, o que conferiria uma dimensão de excecionalidade ao pequeno palco de marionettes, no qual ela se especializou. Na realidade, a própria estrutura topológica da Teresa Guilherme apresenta algumas particularidades e pontos de estabilidade que a tornam notável. Ao contrário daqueles célebres concursos de misses, que caíram em desuso, por todas as gajas se terem hoje tornado reles e galdérias, e onde imperava a aritmética das medidas do peito, da cintura e da anca -- a centimetragem da mulher-objeto... -- Teresa Guilherme, a Mulher Demiurgo é socialista, ou seja, ela consegue ser igual em todos os seus números e termos. Por outras palavras, syrizou. Para reencontramos tal cânone, teríamos de recuar ao Período Saíta, e aos sacerdotes cubos da XXVI Dinastia, onde a Sabedoria assentava nesse cânone monolítico, de dimensões idênticas.

Tornando a coisa ainda mais epifânica e teológica, a Teresa Guilherme é como a Jerusalém Celeste, igual em comprimento, largura e altura, o que faz dela, para além de uma referência do Dogma, uma potencial referência da Física, que só pecou por ter nascido dois séculos depois de Napoleão.

Na verdade, esta indistinção entre dimensões, com as mamas em fusão topológica com os ombros, as tetas, enquanto cu metafórico, o umbigo semanticamente confuso com os buracos procriativos e as narinas, o colo do fémur a articular simultaneamente com as cervicais e com o cóccix, e o esterno feito numa espécie de garrafa de klein clavicular, entre dobras, pregas, atalhos dérmicos e confusões epidérmicas, enfim, ce bouillon Guilherme, essa sopa de pedra da anatomia disforme, que faz dela um Witkin vivo, ou sonâmbulo, numa peluda, depilada e de cerdas frisadas, na verdade, este ser perfeito do Intelligent Design estaria pronto para representar o metro padrão, muito melhor do que aquela barra de irídio-platina, que pretendia incarnar a décima milionésima parte do quadrante de um meridiano terrestre, coisa pouca, para ela, muito mais habituada a medir o mundo em jardas de picha de Matosinhos, Gaia e Trofa, e outros recantos afins do rebotalho nacional, onde ela se espelha e identifica, e muito mais perto da versão seguinte do mesmo comprimento, desde então, equivalente a 1 metro, percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo correspondente a 1/299 792 458 segundo, o qual, posteriormente adotado, se posicionou, porventura, muito mais próximo do tempo médio que ela leva a aviar as jardas anteriores,
mas

lá vamos,
posto que ainda estou a perorar aqui sobre a métrica e a quântica, em que ela poderia ser infinitamente mais útil, uma espécie de -- outra vez -- protótipo de irídio-platina de peso equivalente a um litro de água, sendo que para ela, quilograma ou newton são coisas totalmente indistintas, posto que Newton lhe agrada muito mais, por se assemelhar a um daqueles nelsons tatuados que, à falta dos Judocas da Universidade de Braga, ela costuma seriar, para ocupar o antro da sua teia, e aqui vamos começar a falar a sério, por que o grave da coisa não está na sua possibilidade, univolúmica, e indistinta, de poder ser padrão, mas no poder de ter padronizado uma espécie de vazio social, cultural e de relações, que contaminou, distorceu, perverteu e gangrenou todas as possibilidades de uma geração, já de si, fortemente fragilizada, pelas más influências de Cavacos, Lourdes Rodrigues, Cratos, Poiares Maduros, Carrilhos e anomalias afins. Reduzida, pela Crise, aos arredores e subúrbios literais ou figurados do nosso tempo, assim como uma prodigiosa máquina de gestão do Vazio permitiu a confeção de uma fatura nula, como Cristiano Ronaldo, seria necessária toda uma parafrenália de modos de sucesso abaixo, impedindo esta massa bruta de investir diretamente pela brutalidade e transformar as nossas ruas em Donetsks generalizados.

A verdade é que num país inibido, pelas suas próprias insuficiências, de criar Valentinos, Boss ou Armanis, o padrão Teresa Guilherme, do vigorético disforme, tatuado, com um ninho de cuco rapado no alto da cabeça, como forma envolvente do meio neurónio interno, vingou, e os sucedâneos desse novo platonismo alastraram, quer na forma, quer no comportamento, por tudo o que é beco, subúrbio ou vão de ginásio. Tudo isso é irrelevante, uma vez na posse da chave do processo que se deve medir a duas velocidades, a primeiro, como defende Prigogine, que a gaja, num tempo indefinível, os acabará por aviar a todos, e, se não os aviar no ato, os aviará mesmo, nem que seja só em potência; o segundo, de impacto social alargado, que o modelo de vazio fabricado no seu Antro dos Segredos, num outro tempo, acabará por alastrar a todo o desvitalizado tecido social desta ruína nacional, substituindo qualquer diversidade pela uniformidade guilhérmica. O guilhermismo formal, não fosse Marcuse um pulha idêntico ao pulha Carrilho, teria aqui, por fim, uma hipóstase do Homem Unidimensional, ou no vernáculo guilhérmico, o Suburbano Unidimensional.

De novo, tudo isto seria irrelevante, se não fosse neste cadinho instável que o chamado "Estado" Islâmico, uma espécie de claque pinto da costista alargada, veio recrutar toda a espécie de facínoras, assassinos e marginais da contemporaneidade, e aqui teremos de relevar de outra métrica, de modo a tornar inteligível o paradigma, em toda a sua mediocridade que envolve as chamadas barbas de três dias. Teresa Guilherme é a autora sinalizada daquele disfarce perfeito com que o fundamentalista de cinto bomba um dia inesperadamente se fará explodir entre nós.

Na mundividência, na qual me não incluo, dos ginásios, da promiscuidade e da vigorexia crónica, as pelagens do queixo -- tal como as tatuagens passaram a ser as novas epifanias dos triângulos auschwitzianos daqueles que Bilderberg exterminará, na hora de ser pressionado o botão do extermínio -- também, repito, as barbas de três dias passaram a integrar uma semântica elementar do duche, em que o macho mostra que está recetivo, para se tornar no vas indebitum da luxúria do duchado do lado, ou, abandonando o refúgio latino, o macho que ali está a dar músculo à fêmea que transporta dentro de si, está finalmente preparado para soltar a Sombra de Grey de si mesmo, e entregar o seu ponto G ao estímulo do macho de barba de três dias mais perto de si.

Evidentemente, explicar isto à tribo de anormais com que diariamente nos cruzamos, e para quem a Casa dos Segredos se tornou no Arquétipo do Sucesso seria tarefa tão inglória e votada ao fracasso, como tentar discutir Relatividade com a Clara Pinto Correia ou o João Galamba, mas também isto, para vosso descanso, é aqui totalmente irrelevante, já que podemos fazer uma époché sobre o conteúdo, e apenas nos ater aos contornos da forma: acontece que esta tribo, multiplicada por mil, dos retardados de subúrbio, aos quais juntamos a moda das barbas de profeta, de quem sente a insegurança da virilidade a tal ponto que tem de exibir permanentemente uma pintelheira no focinho, se tornou numa espécie de cavalo de tróia dos maiores riscos da contemporaneidade. Na verdade, o hiato epistemológico entre cada um desses trastes, teresa guilhermados, e as fuças dos assassinos do ISIS é tendencialmente nula, o que mostra que o padrão introduzido pela ninfomaníaca da TVI se converteu insidiosamente no modo mais perverso de podermos ter, entre nós, e já permanentemente infiltrados, potenciais terroristas, prontos para perpetrar um qualquer atentado, sendo a sua inversa igualmente verdadeira, ou seja, não ser preciso qualquer arranjo, para os podermos exportar diretamente, em massa, de Mem Martins, da Trofa ou de Caxinas, com a cabeça cheia de carros transformados, pastilhas, repetências, super-dragões e rastejamentos de Fátima, para as montanhas sírias.

A coisa poderia esgotar-se aqui, e ficar pelo humor, mas, uma vez que o Ocidente está em guerra, contra uma das formas mais profundas de barbárie com que nos confrontámos, desde o Nazismo, e como se torna necessário aprender a responder, à maneira israelita do olho por olho, dente por dente -- única linguagem que esse lixo humano compreende -- talvez lhes devêssemos enviar, por cada novo refém decapitado por um suburbano espanhol, português, ou inglês, a imagem da hidra decapitada, a própria Teresa Guilherme, em si mesma, de pescoço cortado pelo Carlos -- o tal que "roça o suor" numa das suínas que por lá anda --, ou, talvez, para ser ainda mais mediático, entregar-lhe o pescoço sapudo à fúria fundamentalista do Fábio Poças.

Há nisto, talvez, um pequeno senão: como já nada a satisfaz, ainda corríamos o risco de que se viesse toda, e em público, como adora, a ser degolada em pleno horário nobre...



(Quarteto da Decadência do Ocidente, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

One Response so far.

  1. Unknown says:

    Teresa tenho inveja de ti sabes porque consigo vencer com a minha cara podre a tua feiosura

 
 

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