“NÃO, NÃO, NÃO”
Mas, alegadamente, Ronaldo não desistiu. “Virei-me. Ele tentou tirar-me as cuecas. Virei-me de costas para ele e enrolei-me como uma bola. E pus a mão na vagina. Foi aí que ele me saltou em cima.” Ela afirma que disse “não, não, não, não”.
“Depois de me ter agredido, não me deixava ir embora. Não me deixava ir. Chamou-me ‘baby, baby’. E lançou-me um olhar, um olhar culpado. Quase como se sentisse culpa. Não me lembro bem, mas tenho quase a certeza de que disse ‘desculpa’ ou ‘magoaste-te?’. Nesta altura, ele está de joelhos. Diz aquilo dos 99 por cento.” Diz que ele insistiu que era “boa pessoa” exceto aquele “um por cento”.
Foi nesse momento, diz, que percebeu pela primeira vez o que lhe tinha acontecido. “Aconteceu tão depressa. Não sabia bem o que tinha acontecido. (…) Senti que estava como que a pairar. Era como se não estivesse ali. Como se estivesse fora do meu corpo. Não consigo descrevê-lo em palavras.” A seguir, declara, “pensei que tinha apanhado uma doença”.
“Pensei que ele tinha SIDA. Por isso, disse: ‘Tens de me dizer se apanhei uma doença. Apanhei uma doença?’
E ele disse: ‘Não, não. Sou atleta profissional e sou testado de três em três meses. Não conseguia jogar se tivesse uma doença’.”
Ascensão e queda de um das "fake news" de maior longevidade da Cauda da Europa