Do cimo da árvore, sentiu-se pasmado por não conseguir
ver as formigas cá em baixo.
Veio um peixe-voador, levou-o. Loris deixou-se ir e
apenas disse, vai devagar. Não foi.
O peixe mergulhou três vezes, tocou as cordilheiras oceânicas, volteou sobre as ondas, ziguezagueou por ente os mastros dos
veleiros, abandonou-se na ausência dos faróis. No índico as ilhas eram pontos
de interrogação e não pararam para descansar porque o peixe voava.
Por fim devolveu-o à árvore, aos ramos e à seiva. Loris,
deslumbrado, achou-se mais alto e a árvore mais baixa.
Mais um fragmento de luz, a caminho da lua cheia :-)
Tem sua cara, Luís :-)