domingo, 2 de novembro de 2014

em novembro, raras são as aráceas

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Não falávamos da morte, sequer. A avó enchia um termos com café quente, barrava manteiga em pão de trigo e recheava-o com fatias de queijo flamengo. Respigávamos pelos quintais as poucas flores do outono e íamos com ela nessa visitação intimista.
Não chorava, não se entristecia, era um ritual sereno, afetivo. E nós sentávamo-nos por ali, a ler poemas de saudade, a fazer caretas aos anjos.
Quando por fim ela perguntava, ainda se lembram do licor de folha de figueira que o avô fazia? Era o momento de regressar a casa.
 
 

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