terça-feira, 29 de setembro de 2015

Correia da Lola - "O meu Bruno deixou crescer a barba, e eu ando tão desconfiada..."


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas




Querida Lola:

O meu Bruno fez 18 anos e começou a deixar crescer a barba. Diz que só quer um fiozinho, e vai fazer depilação definitiva, para ficar só com aquele desenho, muito desenhado, na cara. O meu marido é contra e diz que há muitos invertidos que agora usam essa barba... Querida Lola, será que o meu filho é barbudo, barbado, ou um filho contra a natureza?...

Maria da Consolação, Praia da Consolação

Querida Consolação:

O seu marido, seja lá ele quem for, parece-me homem de horizontes largos. É verdade que toda a gente sabe que as barbas, hoje em dia, são altamente suspeitas. Não sei se costuma passar no Chiado, mas se lá fosse, como eu muitas vezes vou, à paisana, comprar à FNAC a "Lux", ficaria com uma panorâmica do desastre generalizado. Quem sobe, do lado de quem desce, fica com a impressão de que está a assistir a uma procissão das barbas, e, se reparar melhor, como todas aquelas barbas agitam a anca, ficará a perceber que estamos a assistir a uma autêntica procissão de barbas invertidas. Agora, vou explicar-lhe o sistema, como se a menina fosse muito loura, muito burra... Como se sabe, o fenómeno da feminilização dos machos, uma coisa que já vem desde Babilónia, mas só agora se implantou cá, graças à Teresa Guilherme... aliás, a Teresa Guilherme deve ser o último profeta, depois de Maomé... por que, quase tudo o que vivemos na contemporaneidade se lhe deve, a começar pelos homens, que, desde a Revolução Francesa, nasciam todos diferentes, e hoje já não é bem assim, pois que todos os homens nascem diferentes, e a Teresa Guilherme logo se encarrega de os fazer todos iguais. Nisto tudo, há mudanças de paradigma, voltando às suspeitas do dono da sua boca da servidão: antigamente, falava-se das bichas solitárias; hoje em dia, já não bichas solitárias, mas tão só bichas paritárias, acasaladas, cuja unidade mínima já não é o átomo rabeta, mas a molécula que pega de empurrão. A Joana Amaral Dias despiu-se, para dar liberdade à bicha de se manifestar, mas as bichas já se manifestaram tanto que seria um alívio poder agora voltar a um pouco de normalidade. Nesse casal, por exemplo, quantas vezes a criança, com o seu olhar ingénuo, que sobe o Chiado, se não perguntará quem é o macho e a fêmea, naquele acasalamento?... Eu sei que a querida não sabe, o seu marido talvez suspeite, mas eu vou dar-lhe um pouco da realidade, por muito dolorosa que lhe possa ser. Vou-lhe ensinar como as distingo, e pode seguir-me, se achar que eu tenho razão. A chave da coisa é então a seguinte: no casal de bichas, a fêmea é a que usa barba, para não ficar muito mulher, mas o macho, por imitação, também a usa, para a confortar e apoiar. Assim, logo que identifique a fêmea, ficará muito mais simples saber quem é o macho. Não se deve, contudo, confundir isso com o "ativo" e o "passivo", essas categorias, tão importantes no "Grindr", no "Badoo" e nos chats da SIC e da TVI, já que a fêmea, numa imitação do padrão hetero, é muitas vezes obrigada, no casal homo, a ser ativa, ou então, como no "X-Social", a serem ambos passivos, por solidariedade. Como deve saber, o microcosmos e a sociedade do Chiado são muito mais complexos do que isto, pelo que não basta ver a barba para saber quem leva mais no cu, e é aí que entra o chapéu, como também já deve ter visto. Se usar chapéu de palha, é por que quer levar no cu. Se usar chapéu de palha e barba, é por que é uma "fêmea" que quer levar no cu. Se usar barba e chapéu de palha no Chiado, é por que é uma romântica, que, no fundo, gostaria de levar no cu, ali mesmo, na Rua Nova do Almada, com gritos de Calçada da Glória. Se for, pela mão, com uma mulher com chapéu de palha, é por que a mulher também quer levar no cu, mas a bicha terá precedência, já que as mulheres são anteriores às bichas. Se tiver um bonezinho com pala, virado para trás, é por que quer levar no cu atrás; se tiver a pala para a frente, é por que está a disfarçar que quer levar no cu atrás, e, se a pala estiver para o lado, é por que tanto lhe faz, desde que leve no cu. Também há as que usam as calças enroladas do tornozelo até ao joelho, e são as inseguras, que têm medo de meter água quando estiverem a levar no cu. São as típicas barbies do Chiado, e geralmente, votam no "Livre" e no "Partido dos Animais". Se tiverem barba, chapéu de palha, calças apertadas e enroladas até ao joelho, é por que querem mesmo levar no cu, e distinguem-se das que têm barba, chapéu de palha e calças apertadas e enroladas até ao joelho, e uma gaja pela mão. Estas são as mais ortodoxas, e querem levar no cu, com a gaja a ver. São do Bloco de Esquerda, ou têm parafilias com os "migrantes", ou seja, levar no cu com o "refugiado" a ver, como o Manzarra. Se tiverem calças de chourição, apertadas entre a cintura e o joelhos, tatuagens, manga cavada, barba, chapéu de palha, ou boné, é por que querem levar no cu, mas a votarem Galamba. As da coligação são mais discretas, e poupam na tatuagem, ou só se tatuam nas partes íntimas, para imitar o Paulo Portas. Há muitas que também andam com um brasileiro, como a Miss "Fardas", mas levam mais no cu do que o Portas, e as discretas, como o preto do Paulo Rangel, que prefere morrer a que se saiba que anda acasalado com um caboverdiano, mas anda, pois anda, por isso tem aquele ar de moribundo apoplético. Piores do que estas todas, são as que não têm barba, não usam chapéu de palha, não são tatuadas, não têm calças apertadas, nem puxadas até ao joelho, nunca usaram bonezinho, também não têm a nuca rapada e o penachinho de cabelo no alto... mas... também querem levar no cu. Geralmente, são do PCP, do Marinho Pinto, ou do PNR. O superlativo disto é mesmo quando reúnem todo o anterior e... e... e... mais uma mochilinha, ou alcofa!... Nesse caso, não querem levar no cu, por que já acabaram de ter levado... São primas daquela espécie que toda a gente sabe que quer levar no cu, só por que vai a subir o Chiado, e se distinguem das que estão a disfarçar, só por que já vêm a descer, o que tanto pode dizer que estão a disfarçar, ou que já foram muito bem aviadas... No fim disto tudo, e por que há uma versão anterior disto tudo, em estrangeiro, aquelas que querem levar no cu dizendo, "oh, yeah", ou "beautiful", acho que já me perdi, dado que desta história toda só resulta que, como diria São Tomás de Aquino, levar no cu se tornou, no Portugal contemporâneo, um transcendental, visto que levar no cu toda a gente leva, ou que levar, e em toda a parte, ou onde muito bem calhar. Sei que esta resposta pouco a encaminha, no modo como deve acarinhar o seu filho, mas dou-lhe um conselho prático: se ele usar barba, é por que já é a fêmea assumida do namorado dele, e o seu marido terá mesmo razão, ou, quiçá, também poderá estar a usá-la, já que é um bruto macho que se solidarizou com a barba do macho fêmea, seu namorado. Vá em paz, querida, e viva e deixe viver, meu amor, já que também as barbas passarão.

3 Responses so far.

  1. Sob o manto do humor negro se expõem as mais profundas verdades. Creio que é a definição de muita da Literatura :-)

  2. Mesmo depois de casado a maneira de conseguir aliviar meu tesão continuou a ser, tal como nos meus tempos de solteiro em que nunca arranjava mulher para levar para a cama, quase exclusivamente a punheta. Apesar de Raquel minha esposa ser uma mulher muito apetecível e ter a vagina bem aberta, minha inexperiência em matéria de sexo que não seja feito à mão, leva-me a ejacular muito rapidamente e a broxar com frequência o que desde há muito constitui um factor de dissuasão para a levar a abrir-me a pernas. Por outro lado Raquel também não morre de amores pelo tamanho diminuto do meu caralho e bagos e como não lhe faltam pretendentes muito mais bem abonados do que eu para a servirem não perde nada em dispensar os serviços do meu pau.
    Bem ao menos como disse, resta-me o recurso à punheta. E á Internet já que outra das minhas taras é ser mirone. Sempre gostei de ver os outros fodendo e lembro-me de quantas fugas tive de fazer apressadamente por causa da minha mania de espreitar casais em locais impróprios enquanto esgalhava uma segóvia à mão. Graças á Net posso agora tocar descansado minhas punhetas vendo casais em acção. Não acho piada aos filmes de lésbicas nem aos de paneleiros, mas gosto de ver orgias em especial quando uma moça tem de dar para vários machos algo que nos locais discretos onde dantes os espiava nunca via. Aprecio muito os filmes porno de incesto, de sexo forçado, de humilhação masculina e dominação feminina pois neles revivo as cenas do meu casamento com Raquel e descobri também ter uma predilecção por filmes com travestis. Aquelas mulheres belíssimas, de corpos bem feitos, mamas grandes e empinadas, de voz gutural e grave, com um caralho e um par de tomates ao fundo da barriga, quase sempre muito mais maiores do que os meus apesar das formas e corpos deliciosos femininos e sensuais, excitam-me fortemente.
    Aos poucos um novo desejo começou nascendo em mim. O de usar trajes íntimos femininos enquanto numa de mirone me punheteava e dessa forma ficar um pouco mais parecido com essas mulheres de caralho pendente que tanto me entesavam. Devo dizer que sempre gostei muito de tocar punhetas cheirando a calcinha e o sutiã de minha esposa, em especial quando ela vem de mais um dos seus encontros adúlteros e traz a rata e o cu a cheirar ainda ao caralho que a comeu. Muitas vezes quando Raquel está de bom humor deixa-me mesmo punhetear com a piça metida dentro da sua calcinha ou do sutiã e muito bem me sabem tais punhetas. Comecei assim, a partir de um determinado momento, a passar a assistir aos vídeos porno vestido com uma das calcinhas de Raquel e com um sutiã enfiado no peito. Com uma das mãos afagava meu caralho, ora por dentro da calcinha, ora por fora, e com a outra mão introduzida por dentro do sutiã apalpava meus peitos imaginando ter ali um par de mamas direitinhas e tesas como as de minha mulher, das actrizes porno e dos travecos efeminados que com o seu caralho e o seu saco ao penduro eram ainda mais bonitas e sexis do que as mulheres de verdade como Raquel. E calcinhas e sutiãs, de todas as cores e tecidos, mas sempre muito ousados e provocantes, sumidinhos e justos realçando-lhe o contorno das suas preciosidades de que todos se servem menos eu, é o que minha mulher tem mais. E como aquela fantasia me levava a orgasmos alucinantes!
    Procurei sempre contudo não me vir nas calcinhas de Raquel para ela nunca notar as marcas do meu gozo. No entanto, inevitavelmente, havia sempre uma gota ou outra de esporra que acabava pingando na calcinha e que eu procurava remover da melhor maneira

 
 

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