sábado, 23 de abril de 2016

Que mundo teríamos nós, sem Shakespeare?...

6 Responses so far.

  1. um mundo

    sem noite de reis, sem alegres comadres, sem tempestade, sem teatro, sem sonetos, sem Lear, sem Cordélia, sem Hamlet

    sem graça? :)

  2. Inspirou-me muito, e fez de mim uma senhora: sem ele, nunca saberia que era uma alegre comadre dos chichis do Terminal. Ainda não havia os da Gare do Oriente, senão, teria sido uma alegre comadre dos chichis da Gare do Oriente, para juntar às melancólicas, as possuídas, as desesperadas e as que acham que não estão ali. Sem Shakespeare, não haveria hoje ninguém que pudesse dizer que eu fui uma alegre comadre de onde calhava, desde que desse. Fui jardineira, por muito que me custasse subir as escadinhas do Torel, para fazer concorrência com as outras, e assisti à partida de todos os comboios do Cais do Sodré. Sem "Much Ado about Nothing", nunca poderia ter gritado e fingido, mesmo quando a chouriça era pequena. Só "A Tempestade" explica a confusão que reinava nas plateias do "Olympia", quando o arrumador acendia as luzes e obrigava as veteranas a sentar. Eu nunca me sentei, ataquei sempre de pé, com as minhas varetas a sustentarem-me, quando fazer, ou não fazer, era a questão, e eu acabava sempre como a julieta daqueles romeus todos. Lady Macbeth era depois, quando as mulheres em casa descobriam. "Midsummer Night's Dream" sempre me guiou os longos serões de julho do "Animatographo", onde mamei, mesmo quando havia a comédia dos enganos, e me saía a aproximação, quando a fome era da lotaria. Assim foi no verão, como foi nos "winter tales" do inverno, trabalhos escusados do amor. E só shakespeare me ensinou que tudo está bem, quando acaba bem, sobretudo quando os rapazes da superesquadra de Alcântara me batiam À porta da mezzanine da Rua dos Lusíadas, a pedir uma chícara de chá, mas eu já sabia que a chícara era sempre um pretexto para me meterem todos a colher, e eu fazer, "Measure for Measure" sempre de cabeça, as contas aos tamanhos...

  3. ... aquilo é que eram noites de reis, agora, só chats, mentiras e vídeos :-\

  4. Eu sou uma bichona mais ibérica: celebro os 400 do Cervantes a fazer tudo o que é gordo e magro e me passa à mão :-)

  5. Sem a Amélia das Marmitas, pura e simplesmente, não teríamos mundo. Basta ver que Shakespeare e Cervantes já não espantam ninguém, mas a Amélia até pôs a Manuela a perguntar, mas afinal, o quê de quê, o quê, como coisa assim, pois é, os outros já eram imortais, a Amélia para lá caminha, e a grande diferença é que os outros deixaram obra feita, e a Amélia deixou obra por fazer :-)

  6. Foi por causa do enorme luto da Amélia das Marmitas que todas as limpadoras de chichis ficaram negras.

    A Amélia foi o big bang das pretas da limpeza

 
 

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