quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Diário da "mulher-alibi""



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Pacheco Pereira, um dos rastejantes da nossa cena política, pilar do sistema, e exemplo de como se pode subir rápido (da Gare Maoísta à Gare Neo-Liberal-Conservadora, em bilhete de primeira, se faz favor), resolveu ganhar dinheiro a publicar os textos do "Abrupto", uma espécie de sótão poeirento e desactualizado do imaginário de uma tia velha desactivada, e com barbas, ainda por cima.

Esse é o papel da "Mulher-Alibi", figura da Sociologia, indispensável para o funcionamento do Sistema: ela espumeja, ela finge que se indigna, ela ataca, ela recua, ela geme e freme, ela varia de alvos, mas, no fim, alinha sempre pela mão de quem lhe paga, e que realmente sempre serviu. É no seu discurso e na sua atmosférica variação fisionómica, que se faz o grosso da catarse do tecido social, "que bem que falou", "gosto muito de ouvi-lo", "sabe sempre dizer quando as coisas estão bem, e quando estão mal"... 

Uma das características da mulher-alibi é a ubiquidade: ela tem o dom de estar sempre em todo o lado e em todo o instante em que se possa levantar alguma fervura.

Obviamente, Pacheco Perereira não é a Marcela-quer-morcela, a Mãe das Mães-Alibi, ou a "Desesperada", por antonomásia, com dons de mentira e retórica maquiavelicamente sofisticados. Berços diferentes: uma, filha do Ministro da Propaganda do Antigo Regime, a outra... não. Mas, no fim, o teclado termina sempre na mesma cadência, embora, pelos entremeios, se tenham esvaziado todas as tensões do público, que, realmente, poderiam conduzir a qualquer mudança.

Elas são as gestoras do Pântano, e o Pântano continua a pagar-lhes regiamente pelo seu papel. 
 
 

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