Quem quer leia este artigo poderá ser cristão, muçulmano, budista, hinduísta, jainista, mórmon, judeu, xintoísta, taoista, zoroastoanista, ateu ou agnóstico, seguir qualquer outra confissão ou religião ou negá-las todas. Trata-se de história universalmente comprovada e globalmente aceite. Trata-se dum princípio debatido em religião, psicologia, filosofia, etc. universalmente conhecido salvo pelos portugueses, segundo o demonstram, que assim mais uma vez justificam a sua auto-estima.
O exemplo tomado é tirado dos livros cristãos por em Portugal serem os mais divulgados, mas de acordo com o que fica atrás poderia ter qualquer outra fonte. Mudariam as palavras, talvez, de acordo com a cultura e o seu modo de expressão (e o tradutor), mas o sentido manter-se-ia invariável. A existência daquele a quem as palavras são atribuídas, Jesus, é também mundialmente reconhecida, foi um personagem daquelas que são hoje as três maiores religiões que nasceram no Próximo-Oriente e o segundo maior profeta islâmico após Mohamed – Isa (arábico). Isa é mencionado vinte e cinco vezes pelo seu nome no Corão, ou seja, com mais frequência que o primeiro profeta do islão, o próprio Mohamed. O Corão considera-o textualmente de concepção virginal por decreto de Allah.
A sua existência comprovada, avancemos em direcção do assunto do título.
Segundo sabemos, Jesus passou uma boa parte da sua vida pregando e muitos dos seus sermões foram transcritos. Alguns os mais conhecidos foram os seus ensinamentos na Galileia. Entre eles há um que 2.000 anos passados parece hoje dirigir-se especialmente aos portugueses em estilo parabólico para facilitar a compreensão ao atrasado povo judeu. Será que passados esses 2.000 anos os portugueses não estão tão atrasados como os judeus de então, pois que ainda nem as parábolas compreendem? O título postumamente atribuído a esse sermão é Os Falsos Profetas.
Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis.
Que de mais eloquente – mas simultaneamente simples como todas as parábolas – se pode aplicar aos políticos portugueses.
Que impedirá à carneiragem dócil de, por simples analogia com a parábola, dar-se conta de como os lobos vorazes dos políticos os papam como uma criança um rebuçado. Ou de julgar as árvores pelos seus frutos? Se aceitar a lógica de que árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos, como acreditar e aceitar que um criminoso cadastrado – uma árvore má – possa dirigir um país para o bem da sua população – obter bons frutos?
Ainda não compreenderam que a conclusão da parábola, Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo é a única solução que têm como alternativa. Que têm que correr com o mal à pedrada como se fazia e em alguns casos ainda faz no Próximo-Oriente.
Os portugueses não simplesmente estúpidos. Não compreendendo o que há 2.000 já se compreendia, são cegos mentais completamente tapados. Porém, há 2.000 anos já isso não era novidade, pois que pela história conhecemos que Jesus se limitou a compilar e pregar ensinamentos que no seu tempo já eram velhíssimos, alguns já de milhares de anos antes dele. Se os portugueses não têm capacidade mental para abranger tais simplicidades tão antigas, só podem ser considerados intelectualmente como abaixo de esterco da humanidade.
Os governos nacionais são formados por «gente menor», como ouvimos ao saudoso Prof. Hermano José Saraiva, mas parece que raros são os que o reconhecem. Gente reles e medíocre que se ofende quando se lhe apontam as suas malvadas acções de traidores do povo – da nação – e jogam com a palavra ética. Eles, os falsários e vigaristas que profanam a ética!
Há porém, outras causas da inércia nacional. Alguns se recordarão da época dos padres-operários e de como eles lutaram pelos direitos dos trabalhadores e alimentaram o espírito de revolta para uma justiça social mais justa (agora em avançada destruição em Portugal), principalmente na América do Sul. O papa João Paulo II não foi exactamente um padre-operário, mas desde os seus tempos de seminário que defendeu os Direitos Humanos contra os opressores e continuou a fazê-lo em Roma, nas suas visitas aos estados oprimidos e até à sua morte. Jesus também pregou no mesmo sentido, o que lhe valeu a morte. Não foi cobarde como os portugueses. Nem foi o único, mas é o exemplo mais conhecido de revolta contra a opressão.
Contrariamente a este princípio, a igreja nacional, chefiada por um cardeal cobarde, que por demais é um dos pouos patriarcas católicos, afasta-se completamente do caminho so Jesus que devia imitar, do infelizmente defunto papa e até do seu predecessor no patriarcado. A bondade que impregna Sua Eminência não deveria ofuscar a sua obrigação de imitar aquele donde deveria tomar todos os exemplos e ser o dono da sua mente e desejos. Sabemos que tal procedimento não foi o adoptado pela Igreja durante perto de um milénio, mas isso não justifica e condena o seu procedimento actual em muitos países, sobretudo após a reforma desse mau procedimento pelos dois últimos papas.
O D. Januário Torgal Ferreira é um bispo cujas palavras nem sempre têm merecido elogios. Porém, não se concebe que quando os merecem efusivamente, como quando se refere à corrupção, venha um representante da cobardíssima Conferência Episcopal afirmar que esta se alinha com a corrupção que ele ataca. Admite e aprova, declarando que é apenas a sua opinião pessoal. Ou seja, a Conferência Episcopal não considera que haja corrupção, nem roubo, nem abuso, nem injustiça, nem fosso social, nem nada no país contra que o D. Januário brama. Não estamos no Séc. XVIII (e nem que estivéssemos), pelo que esta Conferência Episcopal e este cardeal, príncipe de Igreja, estão a apoiar todos esses males descarregados em cima do povo enquanto murmuram palavras de misericórdia.
O mesmo se passa do lado da ignóbil jornaleiragem sobre este assunto, tal como com outros. Fazem longas reportagens em que tecem elevados elogios à solidariedade nacional aquando de qualquer angariação de dádivas destinadas aos que se encontram numa miséria profunda. Nessas reportagens e noticiários, esquecem-se de mencionar que aqueles que têm direito humano mínimo a alimentação e habitação estão na realidade a viver de esmolas enquanto o país se transforma num albergue de pedintes e outros têm que roubar para sobreviver. A manipulação da objectividade destas reportagens tenta impregnar a ideia de que as esmolas substituem vantajosamente a justiça social.
Tudo isto enquanto outros ainda se arrogam inconcebíveis privilégios, entre os quais a suprema prerrogativa e direito a não contribuírem para a desgraça nacional que provocaram, a não se submeterem aos cortes que aplicaram aos mais pobres, a aumentar os seus ganhos, etc. Uma sofisticada pouca vergonha que nem um rebanho de carneiros malcheirosos aguentava, que iam todos de abalada juntar-se às cabras montesas. Só portugueses.
O único método de redução da dívida externa limita-se estritamente a reduzir tudo [é uma lista demasiado longa para detalhar e bem conhecida de todos] á população sem diminuir ou sequer tocar nas despesas de abuso e de luxo dos governantes e dirigentes pagos pelo estado. Cortar nas reformas astronomicamente absurdas dos milhares de políticos no activo com pensões de reforma; a começar pelo Cavaco, o Relvas, a cadela-mor do parlamento, o governo e as câmaras municipais albergam uma inacreditável proporção de reformados, gente que suga o estado. Acabar com assessores e consultores de políticos e deputados e pôr estes a trabalhar. Acabar com todas as redes de parasitismo e clentelismo, as despesas com os ninhos de parasitas políticos de instituições e outras parcerias publico-privadas, as creches de emprego para filhos dos ladrões e sanguessugas, assim como um número infindável de outras despesas que apenas servem para enriquecer políticos malvados. Nada disto é feito, os roubos continuam de vento em poupa e a dívida é paga exclusivamente pelos que menos têm cortando os seus direitos e atirando com eles para a valeta da miséria, enquanto os ladrões se arrogam e conservam os privilégios de não contribuírem para a crise de que são autores e de roubarem impunemente. Milhares de milhões de euros roubados mensalmente. É um governo de ladrões e malvados que os portugueses mais do que cornos merecem por não os enforcarem e os aceitarem. Nada disto existe em qualquer país minimamente democrático. Que morram os cobardes.
No meio desta desgraça, filha duma desgraça mental ainda mais profunda, há um número que parece crescente (em estupidez também, como é evidente), que acredita piamente que o fim da miséria esteja próximo. Assim como na frase da parábola Pelos frutos, pois, os conhecereis, deveriam tirar duas conclusões. Uma é que pelo fruto das medidas governamentais em que os já parcos meios de recuperação foram destruídos conjuntamente com tudo o que era social e sem possibilidade de desvalorização da moeda, nem isso pode acontecer. A miséria está instalada e é para durar pelo menos gerações. A sangria e o desemprego continuarão a aumentar. A outra conclusão é tão evidente como a anterior: pelo fruto das obras dos políticos deveriam conhecer os autores. Porém, para os portugueses serem capazes de tirar qualquer dessas conclusões seria necessário que tivessem capacidade de reflexão e de análise e que soubessem distinguir a realidade do logro, e não é isso que se constata nos espertalhões com tão elevada auto-estima.
A miséria mental é tanto mais notável quando nas sondagens – ainda que estas não tenham mais que um valor relativo – se destaca o número daqueles que julgam que nenhum outro governo faria melhor. A pergunta objectiva seria se outro governo poderia fazer pior. Claro que seguindo os mesmos métodos nenhum governo poderia evitar uma grande queda, todavia sem provocar uma calamidade nacional, mas há outros. Por exemplo, aquele que tem sido afincadamente escondido, tanto pela coelheira governamental como pela jornaleiragem desinformadora: o caminho tomado pela Islândia para o domínio da corja política pelo povo seguido pela elaboração duma nova constituição pelo parlamento com a colaboração directa da população pela internet.
Também lá julgaram e tentaram fazer condenar o primeiro-ministro. O resultado do julgamento foi o mesmo que seria cá. O tribunal chegou à conclusão de que ele tinha efectivamente contribuído para o buraco financeiro do país, mas que a sua contribuição não fora senão uma pequena parcela que se inscrevera na cauda duma continuidade de maus governos em que ele tinha herdado esse buraco dos anteriores. Seria impossível que em tão pouco tempo e um só governo pudesse ter feito tal obra. Foi esta a conclusão oficial do tribunal islandâs que nos escondem. Manipulam as notícias ou ocultam-nos sempre os conhecimentos que podem ajudar-nos a compreender a cloaca em que jornaleiros e políticos nos guardam para que estes nos possam dominar facilmente.
Com este antecedente na Islândia, o governo coelhal não tentou, não tenta, nem vai tentar que o Sócrates seja julgado por isso. Iria remexer muita coisa e acabaria por recair em cima do verdadeiro coveiro nacional, o Cavaco, e fecharia duma vez para sempre comua ao Coelho, impedindo-o de continuar a afirmar que foi o governo anterior que levou o país à beira da banca rota. Assim, pode continuar com as suas desculpas sujas de sabujo e incriminações mal dirigidas.
Concluindo a parábola e seguindo os usos da região da sua origem não resta dúvida que correr com a corja à pedrada será o único sistema, dada a certeza de que pelo seu próprio pé não vão sair. Ou enforquem-nos nos pelourinhos, que foi para isso que foram construídos. Mas cuidado, que substituir uma corja por outra igual de nada serve, além de que mais cedo ou mais tarde ela voltará e continuarão a revezar-se indefinidamente sem que nada mude. A solução final, como o Hitler lhe chamaria, só pode ser a repetição do que o povo fez acontecer na Islândia. Em Portugal, isso inclui e impões a separação radical e completa dos políticos dos meios financeiros que dominam a política nacional e preovocam o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, nalguns casos já desde o Séc. XIX (vídeo da RTP que inclui casos da corrupção cavaqueira).
O exemplo tomado é tirado dos livros cristãos por em Portugal serem os mais divulgados, mas de acordo com o que fica atrás poderia ter qualquer outra fonte. Mudariam as palavras, talvez, de acordo com a cultura e o seu modo de expressão (e o tradutor), mas o sentido manter-se-ia invariável. A existência daquele a quem as palavras são atribuídas, Jesus, é também mundialmente reconhecida, foi um personagem daquelas que são hoje as três maiores religiões que nasceram no Próximo-Oriente e o segundo maior profeta islâmico após Mohamed – Isa (arábico). Isa é mencionado vinte e cinco vezes pelo seu nome no Corão, ou seja, com mais frequência que o primeiro profeta do islão, o próprio Mohamed. O Corão considera-o textualmente de concepção virginal por decreto de Allah.
A sua existência comprovada, avancemos em direcção do assunto do título.
Segundo sabemos, Jesus passou uma boa parte da sua vida pregando e muitos dos seus sermões foram transcritos. Alguns os mais conhecidos foram os seus ensinamentos na Galileia. Entre eles há um que 2.000 anos passados parece hoje dirigir-se especialmente aos portugueses em estilo parabólico para facilitar a compreensão ao atrasado povo judeu. Será que passados esses 2.000 anos os portugueses não estão tão atrasados como os judeus de então, pois que ainda nem as parábolas compreendem? O título postumamente atribuído a esse sermão é Os Falsos Profetas.
Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis.
Que de mais eloquente – mas simultaneamente simples como todas as parábolas – se pode aplicar aos políticos portugueses.
Que impedirá à carneiragem dócil de, por simples analogia com a parábola, dar-se conta de como os lobos vorazes dos políticos os papam como uma criança um rebuçado. Ou de julgar as árvores pelos seus frutos? Se aceitar a lógica de que árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos, como acreditar e aceitar que um criminoso cadastrado – uma árvore má – possa dirigir um país para o bem da sua população – obter bons frutos?
Ainda não compreenderam que a conclusão da parábola, Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo é a única solução que têm como alternativa. Que têm que correr com o mal à pedrada como se fazia e em alguns casos ainda faz no Próximo-Oriente.
Os portugueses não simplesmente estúpidos. Não compreendendo o que há 2.000 já se compreendia, são cegos mentais completamente tapados. Porém, há 2.000 anos já isso não era novidade, pois que pela história conhecemos que Jesus se limitou a compilar e pregar ensinamentos que no seu tempo já eram velhíssimos, alguns já de milhares de anos antes dele. Se os portugueses não têm capacidade mental para abranger tais simplicidades tão antigas, só podem ser considerados intelectualmente como abaixo de esterco da humanidade.
Os governos nacionais são formados por «gente menor», como ouvimos ao saudoso Prof. Hermano José Saraiva, mas parece que raros são os que o reconhecem. Gente reles e medíocre que se ofende quando se lhe apontam as suas malvadas acções de traidores do povo – da nação – e jogam com a palavra ética. Eles, os falsários e vigaristas que profanam a ética!
Há porém, outras causas da inércia nacional. Alguns se recordarão da época dos padres-operários e de como eles lutaram pelos direitos dos trabalhadores e alimentaram o espírito de revolta para uma justiça social mais justa (agora em avançada destruição em Portugal), principalmente na América do Sul. O papa João Paulo II não foi exactamente um padre-operário, mas desde os seus tempos de seminário que defendeu os Direitos Humanos contra os opressores e continuou a fazê-lo em Roma, nas suas visitas aos estados oprimidos e até à sua morte. Jesus também pregou no mesmo sentido, o que lhe valeu a morte. Não foi cobarde como os portugueses. Nem foi o único, mas é o exemplo mais conhecido de revolta contra a opressão.
Contrariamente a este princípio, a igreja nacional, chefiada por um cardeal cobarde, que por demais é um dos pouos patriarcas católicos, afasta-se completamente do caminho so Jesus que devia imitar, do infelizmente defunto papa e até do seu predecessor no patriarcado. A bondade que impregna Sua Eminência não deveria ofuscar a sua obrigação de imitar aquele donde deveria tomar todos os exemplos e ser o dono da sua mente e desejos. Sabemos que tal procedimento não foi o adoptado pela Igreja durante perto de um milénio, mas isso não justifica e condena o seu procedimento actual em muitos países, sobretudo após a reforma desse mau procedimento pelos dois últimos papas.
O D. Januário Torgal Ferreira é um bispo cujas palavras nem sempre têm merecido elogios. Porém, não se concebe que quando os merecem efusivamente, como quando se refere à corrupção, venha um representante da cobardíssima Conferência Episcopal afirmar que esta se alinha com a corrupção que ele ataca. Admite e aprova, declarando que é apenas a sua opinião pessoal. Ou seja, a Conferência Episcopal não considera que haja corrupção, nem roubo, nem abuso, nem injustiça, nem fosso social, nem nada no país contra que o D. Januário brama. Não estamos no Séc. XVIII (e nem que estivéssemos), pelo que esta Conferência Episcopal e este cardeal, príncipe de Igreja, estão a apoiar todos esses males descarregados em cima do povo enquanto murmuram palavras de misericórdia.
O mesmo se passa do lado da ignóbil jornaleiragem sobre este assunto, tal como com outros. Fazem longas reportagens em que tecem elevados elogios à solidariedade nacional aquando de qualquer angariação de dádivas destinadas aos que se encontram numa miséria profunda. Nessas reportagens e noticiários, esquecem-se de mencionar que aqueles que têm direito humano mínimo a alimentação e habitação estão na realidade a viver de esmolas enquanto o país se transforma num albergue de pedintes e outros têm que roubar para sobreviver. A manipulação da objectividade destas reportagens tenta impregnar a ideia de que as esmolas substituem vantajosamente a justiça social.
Tudo isto enquanto outros ainda se arrogam inconcebíveis privilégios, entre os quais a suprema prerrogativa e direito a não contribuírem para a desgraça nacional que provocaram, a não se submeterem aos cortes que aplicaram aos mais pobres, a aumentar os seus ganhos, etc. Uma sofisticada pouca vergonha que nem um rebanho de carneiros malcheirosos aguentava, que iam todos de abalada juntar-se às cabras montesas. Só portugueses.
O único método de redução da dívida externa limita-se estritamente a reduzir tudo [é uma lista demasiado longa para detalhar e bem conhecida de todos] á população sem diminuir ou sequer tocar nas despesas de abuso e de luxo dos governantes e dirigentes pagos pelo estado. Cortar nas reformas astronomicamente absurdas dos milhares de políticos no activo com pensões de reforma; a começar pelo Cavaco, o Relvas, a cadela-mor do parlamento, o governo e as câmaras municipais albergam uma inacreditável proporção de reformados, gente que suga o estado. Acabar com assessores e consultores de políticos e deputados e pôr estes a trabalhar. Acabar com todas as redes de parasitismo e clentelismo, as despesas com os ninhos de parasitas políticos de instituições e outras parcerias publico-privadas, as creches de emprego para filhos dos ladrões e sanguessugas, assim como um número infindável de outras despesas que apenas servem para enriquecer políticos malvados. Nada disto é feito, os roubos continuam de vento em poupa e a dívida é paga exclusivamente pelos que menos têm cortando os seus direitos e atirando com eles para a valeta da miséria, enquanto os ladrões se arrogam e conservam os privilégios de não contribuírem para a crise de que são autores e de roubarem impunemente. Milhares de milhões de euros roubados mensalmente. É um governo de ladrões e malvados que os portugueses mais do que cornos merecem por não os enforcarem e os aceitarem. Nada disto existe em qualquer país minimamente democrático. Que morram os cobardes.
No meio desta desgraça, filha duma desgraça mental ainda mais profunda, há um número que parece crescente (em estupidez também, como é evidente), que acredita piamente que o fim da miséria esteja próximo. Assim como na frase da parábola Pelos frutos, pois, os conhecereis, deveriam tirar duas conclusões. Uma é que pelo fruto das medidas governamentais em que os já parcos meios de recuperação foram destruídos conjuntamente com tudo o que era social e sem possibilidade de desvalorização da moeda, nem isso pode acontecer. A miséria está instalada e é para durar pelo menos gerações. A sangria e o desemprego continuarão a aumentar. A outra conclusão é tão evidente como a anterior: pelo fruto das obras dos políticos deveriam conhecer os autores. Porém, para os portugueses serem capazes de tirar qualquer dessas conclusões seria necessário que tivessem capacidade de reflexão e de análise e que soubessem distinguir a realidade do logro, e não é isso que se constata nos espertalhões com tão elevada auto-estima.
A miséria mental é tanto mais notável quando nas sondagens – ainda que estas não tenham mais que um valor relativo – se destaca o número daqueles que julgam que nenhum outro governo faria melhor. A pergunta objectiva seria se outro governo poderia fazer pior. Claro que seguindo os mesmos métodos nenhum governo poderia evitar uma grande queda, todavia sem provocar uma calamidade nacional, mas há outros. Por exemplo, aquele que tem sido afincadamente escondido, tanto pela coelheira governamental como pela jornaleiragem desinformadora: o caminho tomado pela Islândia para o domínio da corja política pelo povo seguido pela elaboração duma nova constituição pelo parlamento com a colaboração directa da população pela internet.
Também lá julgaram e tentaram fazer condenar o primeiro-ministro. O resultado do julgamento foi o mesmo que seria cá. O tribunal chegou à conclusão de que ele tinha efectivamente contribuído para o buraco financeiro do país, mas que a sua contribuição não fora senão uma pequena parcela que se inscrevera na cauda duma continuidade de maus governos em que ele tinha herdado esse buraco dos anteriores. Seria impossível que em tão pouco tempo e um só governo pudesse ter feito tal obra. Foi esta a conclusão oficial do tribunal islandâs que nos escondem. Manipulam as notícias ou ocultam-nos sempre os conhecimentos que podem ajudar-nos a compreender a cloaca em que jornaleiros e políticos nos guardam para que estes nos possam dominar facilmente.
Com este antecedente na Islândia, o governo coelhal não tentou, não tenta, nem vai tentar que o Sócrates seja julgado por isso. Iria remexer muita coisa e acabaria por recair em cima do verdadeiro coveiro nacional, o Cavaco, e fecharia duma vez para sempre comua ao Coelho, impedindo-o de continuar a afirmar que foi o governo anterior que levou o país à beira da banca rota. Assim, pode continuar com as suas desculpas sujas de sabujo e incriminações mal dirigidas.
Concluindo a parábola e seguindo os usos da região da sua origem não resta dúvida que correr com a corja à pedrada será o único sistema, dada a certeza de que pelo seu próprio pé não vão sair. Ou enforquem-nos nos pelourinhos, que foi para isso que foram construídos. Mas cuidado, que substituir uma corja por outra igual de nada serve, além de que mais cedo ou mais tarde ela voltará e continuarão a revezar-se indefinidamente sem que nada mude. A solução final, como o Hitler lhe chamaria, só pode ser a repetição do que o povo fez acontecer na Islândia. Em Portugal, isso inclui e impões a separação radical e completa dos políticos dos meios financeiros que dominam a política nacional e preovocam o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, nalguns casos já desde o Séc. XIX (vídeo da RTP que inclui casos da corrupção cavaqueira).