sábado, 8 de setembro de 2012

Manoel de Oliveira: mais uma vez, o alerta tem de vir "de fora", para um povo iliterato e mergulhado na sua permanente autocontemplação

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Manoel de Oliveira, um grave problema de obsolescência estética, e um rosto do impasse cinematográfico português. Não, Carlos Boyero, o dilema não está entre "obra prima" ou "insuportabilidade": ele é idiossincrático, e assenta numa síndrome de autocontemplação, e autossuficiência, portuguesa, que impede a sua massa conterrânea, pasmada, de exercer o juízo crítico radical, ou, por palavras correntes, "como não se entende, é porque ele deve ser... bom". Decididamente... já não é, e há muito tempo.

"Celebro que el maestro me aclare el argumento de su película ya que a mí me resulta imposible entender nada de lo que me está hablando. Pero si normalmente su lenguaje para no contar nada se distingue por el estatismo, aquí ha superado todos sus límites. Ojalá que Oliveira viva 100 años más si ese es su deseo, aunque mi alivio será inmenso el día que ya no tenga la obligación profesional de ver sus películas en los festivales, los únicos escenarios que ofrecen admirado cobijo a su insoportable cine."
 
 

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