quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Correio da Lola - "Também já há carne de cavalo no Conde Redondo?..."

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Dedicado à Claudia Girelli, com o atraso todo do aniversário (tenho muitos homens para mamar, querida...)



Querida Lola:




Cá em casa andamos muito preocupados, com a crise da carne de cavalo. Pensámos que isso estivesse a minar a dieta do Conde Redondo, e achei que só a querida nos poderia informar sobre se é verdade...


Raquel Rocheta, Rochedo do Pedófilo



Querida Raquel:



Ia-lhe dar a resposta mais curta da minha vida, e vou dar: no Conde Redondo, nós não temos problemas de carne de cavalo, antes tivéssemos, filha... O nosso problema é que, quando eles aparecem, naqueles carros transformados, vidros fumados, que baixam, para vir lá de dentro um cheiro a charros e a machos, eu penso logo: "cá vem cavalão, lá vou em acabar nas urgências de Santa Marta, como antigamente, com a "marquise" toda arrombada..." Engano de alma, ledo e cego, que a realidade não deixa durar muito: 10 minutos passados, já tenho o machão, que não era carne de cavalo, ou ajoelhado, numa de carne de cera, à Ratzinger, ou numa de carne de porco, de gatas, do género, "enterra-o todo, que eu eu quero ser comido bem à porca -- mais outro tipo de carne --, por ti...", Ora, por amor da beata Aura Miguel, eu vim para esta vida, para ser comida como uma cadela -- outra carne que eu adoraria deglutir -- não andar a fazer o papel da vaca invertida, que tem de comer o pseudocavalão. É evidente que, com toda esta corrupção do Futebol Internacional, cada vez mais os árbitros vêm desativados, flácidos, e com as nalgas prontas para o autogolo. Não há clítoris que aguente, filha, uma mulher envereda pela passividade, em teoria, mas há sempre uma encíclica do faz de conta, que nos obriga a montá-los, e eu sou bem mais vaca do que cavalona, por mais que isso me custe. Vai ao Chiado, quer um homem?... Impossível: ali, só carne de canguru, com as aquelas paneleiras todas, rua acima, rua abaixo, com os pulsos quebrados em forma de tarso de marsupial. O Desemprego, amorosa, também não ajuda, já que são muitos a chegar agora perto de nós, com pedido de foda parcelada (!). Ora, isso é como chouriço às rodelas; uma foda não se dá em parcelas: ou se dá, ou não se dá, e, às vezes, o rendimento social de inserção, apesar de nós termos cortado drasticamente os preços, às vezes, nem para 10 segundos de mete e tira dá. Já pensei em lançar o Passe Lola 123, mas ainda iam pensar que eu estava a relançar o Carlos Cruz, que é uma coisa efémera, já que, brevemente, vai voltar a fugir do país, como bom adulto, heterossexual e "ativo" (!). O nível de frustração é muito grande, querida, de parte a parte, e tem provocado clivagens, coisas muito graves, que até os sindicato das travecas já meteram, há muita, muita, carne de cabra, e até de cabrona, pelas esquinas, daquelas capazes de lixarem uma colega, só por causa do salve-se quem puder em que isto tudo entrou, com o começo da era Franquelim Alves, mas o pior de tudo, ainda, é a concorrência do Conde Redondo Alto, onde a Karocha se instalou, uma desavergonhada, que não poupa quem anda a dar o couro pela esquina, minha linda. Para ela, o sonho era uma vida inteira de perna aberta -- o sonho de todas nós, aliás --, e a verdade é que, no meio do chique, do chique, do chique, nos anda roubar os polícias todos, pelos menos, aqueles que ainda são capazes de comer uma "mulher"... Aí, com a Karocha, a carne é mas é de víbora, e da pior, até chego a pensar que ela nos manda só as fardas passivas, para ver se nós desanimamos, e abandonamos a zona. Querida, isto não é uma mensagem subliminar, é uma declaração de guerra: ou a menina arranja carne de cavalo, aliás, de cavalão, para todas, e não só para si, ou nós pomos a boca no trombone, e a Escócia -- saias já eles usam, e, como nós, também têm "uma surpresa debaixo das saias" -- separa-se mesmo das terras da ingrata da sua mãe!... Kisses, para ambas, que nos amamos muito, como todas as víboras e cascavéis do Ramo de Windsor, do Conde Redondo.



 
 

Blogger news

Powered By Blogger

Blog Archive