domingo, 1 de setembro de 2013

primeiro equinócio de setembro

Se eu tivesse ainda o meu balde azul com uma lista amarela, aquele que eu perdi algures entre a infância e o aparar de um lápis, trazia-o comigo. Era tão simples: o sal, uma alga castanha, um burrié. Por uma qualquer circunstância difícil de explicar, o balde não entornaria, o caminho seria curto e ele gostaria de uma cidade onde as rádulas são bem mais vorazes do que a sua.
Atiro para dentro de um saco a escova de dentes e a torradeira, fecho as portadas de agosto, entrego o pássaro ao vizinho, saio da concha.
À medida que ganho velocidade na estrada batida, o mar do lado de lá, vejo-o ainda, os braços flexíveis, a cabeça firme, os olhos curiosos.
E dança na crista das ondas.

3 Responses so far.

  1. .

    .

    . e nós . íssimos de felizes e tão contentes . dançamos aqui .

    .

    . seja bem regressada . querida nelita .

    .

    .

  2. Lá vamos para setembro, a cavalo na cauda do verão: um resto de boas férias

    :-)

  3. Unknown says:

    Há o bom polvo e o mau polvo: só frequentamos o bom :-)

 
 

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