Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Querida Lola:
Todos nós temos referências, sei lá, há pessoas que são como faróis da nossa vida. Eu, que tenho um marido alcoólico, desempregado, e que me bate todos os dias... sempre, sei lá, sempre vi no casal do Carrilho e da Bárbara um modelo para toda a felicidade que eu própria desejaria ter. Até o meu sétimo filho, coitadinho, que tem trissomia-21... lhe pus o nome de Dinis, em honra, em homenagem, ao casal perfeito da minha vida. Estou tão triste. Acho que hoje é o dia mais triste da minha vida, acho mesmo, juro...
Maria da Piedade Poiares, Linhó
Querida Maria da Piedade:
Compreendo a sua dor, todos nós temos os nossos ídolos, na vida. O meu, durante muito tempo, foi a Senhora de Mota Amaral, já que tínhamos em comum ser virgens de mulheres, embora, agora, me excite muito mais com o Cristiano Ronaldo, que deve ser o único garanhão do Mundo que nunca tem namoradas, mas só ex namoradas... Vá-se lá perceber o que vai na cabeça dos homens. Contudo, deixe-me que lhe diga que essa sua mundividência do Linhó é um bocadinho, sei lá, limitada, por que, se, para si o Manuel Maria e a Bárbara eram o casal perfeito, está a deixar de fora e de lado casais ainda mais perfeitos, como José Sócrates e Fernanda Câncio, e a esposa austríaca do Figueiras, para já não falar na perfeição que deve sair do casamento, aos 71 anos, do José Cid -- o Elton John português --, com a Gabriela Carrascalão, que vai receber belos beijos daquela linda boca, que mamou todos os seminaristas do Alentejo e arredores... As mulheres adoram estas coisas, imaginar que encontraram o homem da vida delas, já muito depois de eles terem encontrado o homem da vida... deles. Aqui, na esquina, como pode imaginar, o assunto tem interesse zero, já que ele prefere favelados do Rio de Janeiro, a gajas transformistas, como eu, e está no seu direito. Quanto à Bárbara, tenho imensa pena dela, por que é uma rapariga séria, com carreira feita, não é como aquelas porcas, que nascem do nada, e caem, de repente, no estrelato, só por que a mãe, nos belos tempos em que o aborto clandestino ainda era mais clandestino do que agora, usava os recursos do Hospital de Santa Maria, para os fazer à bela sociedade que tínhamos, e temos, tal como o Carlos Cruz usava as películas da RTP, para filmar as suas aventuras de "adulto, heterossexual e ativo", com órfãozitos da Casa Pia, a troco de chupa-chupas, daqueles doces, mesmo de chupar, não do célbre pau com bolas... Compreendo perfeitamente que ela não tenha querido ter o mesmo destino da outra: uma coisa é uma pessoa casar-se por interesse, que pode ser mútuo, como neste caso, onde a peneira de um tapava o sol do outro, e viceversamente, a outra é correr o risco de cair nas mãos de um sádico homicida, como a outra desgraçada, a primeira, que ia bater à porta da nossa amiga Teresa, aos gritos, a esvair-se da consciência, por sucessivas tentativas de estrangulamento, e com as costas todas marcadas pelos cigarros que ele apagava nela. Havia, e há, um Marcuse nele, tirado o talento, mas as mulheres do Carrilho não são forçadas a ser marcuseadas, não é?... Há limites para o sofrimento de uma mulher, e até ele acha que esse episódio é para esquecer, melhor, para não ser relembrado, tanto que já a apagou, aliás, as duas, das sua miserável página da "Wikipédia". A criatura, caso não saiba, é horrorosa, consegue estar um patamar abaixo do Proença de Carvalho e do Pinto da Costa, o que é difícil, como muito bem contava a ex telefonista da FCSH, da UNL, que, de cada vez que el ia ao PBX, timha de desinfetar o telefone com álcool, "não fosse apanhar alguma coisa, nunca se sabe...", mulheres à antiga, previdentes, sérias, limpas e honradas, que já não assistirão à agregação do João, filho do outro Constâncio, em Estética, coisa da qual ele percebe tanto como o Carrilho percebia de Filosofia, embora, como saiba, estas coisas não são assuntos de percebimento, mas de decisão maçónica: o avental manda, a criatura metamorfoseia-se, e o país atrasa. Já há umas más línguas, aí, a dizer que ele está a tentar uma ressureição, como o Sócrates, de quem o Mário Soares, que já está naquela fase terminal da Amália -- coitadinho, para o ano lá nos irá deixar... --, disse ser "um brilhante aluno de engenharia", e já publica teses de mestrado, esquecido do episódio da Madame Miriam, e do suicídio do patrão de Sciences Po, e depois de vencida a síndrome do Inglês Técnico... Isto, em Política, é como aquelas pessoas que sobrevivem aos cancros generalizados: entramos do domínio da realidade diretamente no da ficção e do delírio, sem transição, mas é por isso que somos a Cauda da Europa, porque tudo é reciclável, é só uma questão de tempo, olhe, por exemplo, estava a lembrar-me de outro casal exemplar, os McCann, onde ele fazia de pipeta, e ela de recetora de perna aberta. Tiveram azar, porque, na noite do ritual satânico, a Kate estava enfrascada, e sempre pensou que era a brincar, mas não era, gritou, "the fucking bastards has taken her", coisa de que ela já estava avisadíssima, porque fazia parte do contrato, e desatou aos gritos, deitando tudo a perder. Um homem que poderia ser hoje o Secretário da Saúde Britânico, continua como simples médico de província, por causa dos gritos de uma histérica mal fodida. A verdade é que estas coisas das seitas são mesmo para levar a sério. Agora, numa fase em que Portugal está falido, por causa do BPN, do Saloio de Boliqueime, resolveram ir abrir uma investigação, só porque uma seita belga tinha dado ordens para arranjar uma menina loura e de olhos azuis, para satisfazer a lubricidade de uma pessoa que possivelmente já está morta, já que o Rei dos Belgas adora rapazinhos, e detesta menininhas peçonhentas, como qualquer monarca normal: No meio disto tudo, sinta-se feliz: ao menos, no seu casamento, alguma coisa a pode deixar feliz, e identificada com esse casal de escroques, é que, tal como ele, o seu marido lhe dá porrada todos os dias: aproveite, que não é para todas. Kisses na xoxa.
Movimento que se lixe a Carrilha
Manuel Maria Carrilho, um dos pontos mais baixos e absolutos do VIL, na contemporaneidade portuguesa
Levar na cona para obter favores, neste país, sempre foi exemplar. A única coisa má aqui é que achamos que esta nem na cona levou. Teve azar :-)
A esta hora, já a porca da Carrilha anda à procura, nos seus ficheiros de perseguição pessoal, de PIDE, de que serão os possíveis leitores do TAL currículo que ele não quer ver exposto. É a vida, minha cabrona. Olha, emigra, e vai dar conselhos de estado ao José Eduardo dos Santos :-)
O casamento de Manuel, de dia, Maria, de noite, Carrilho com a Bocarra Guimarães, é como aquele Shkaespeare em 90 minutos: é um resumo da História de Portugal, em dez segundos... de beatas apagadas nas costa. Ela deixou de gostar, pronto, acabou. Agora, deve vir um segundo resgate. terceiro, no caso dele, mas acho que já nem o Papa Francisquinho lhe dá beatificação. Ainda se suicida no Metro da Baixa, em hora de ponta, só para ver se alguma vez consegue ter público. Só se for para vomitar
Quando duas putas se casam, só pode acabar em arruaça.
Acabou ;-)))))
Às vezes, eu próprio fico sem perceber se estes textos devem ser arrumados na gaveta da sátira, se da tragédia, mas acho que toda a história da Literatura sempre padeceu dessa dúvida