domingo, 28 de setembro de 2014

canção de outono

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


No tempo das trovoadas, não te abrigues junto das árvores não, escuta o ribombar, fica atento ao relâmpago, multiplica, grita. É a estação primitiva dos medos, uma senhora à janela a tricotar, veio o raio levou-a. E a rapariga na piscina a nadar, veio o raio queimou-a. Não interessa saber se as senhoras fazem redes de emalhar e as raparigas à janela a nadar, não faz sentido, mas sossega-nos saber que o nascimento, a maturidade e a dissipação são assim coisas de uma vida.
Depois a minha mãe cantava-nos uma canção de água e folhas e chuva quente e nós comíamos fatias de pão com queijo e geleia de marmelo.
 
 

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