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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Elogio dos Homens de Bigode"




Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Eu gosto de homens de bigode:
1) Porque o bigode faz cócegas;
2) Porque o bigode, de acordo com uma célebre foto que circula aí pela Net, parece que tem a ver alguma coisa com antigas trepadeiras das Trompas de Falópio, salvo-seja...;
3) Porque no tempo do meu papá, um homem de bigode era um homem que precisava de ter aquele sinal bem viril, ali à vista, não fossem pensar que se tratava de mais algum Cláudio Ramos....
Posto isto, eu gosto muito de Fernando Ruas, acho que ele tem bom ar, um misto do à-vontade de Albarran com aquele sinistro comentador da Bola, irmão da Bruxa Ferreira Leite. Pensando bem, ele até poderia ser uma espécie de António Sala falhado, e, por isso, em vez de ter ido para o Mundo do Espectáculo, antes se dedicou ao Mundo dos Compadrios.
Convenhamos que o Ruas tem um furito de aspecto mais acima do que o anterior, um tal -- falha-se-me o nome -- que tinha na cabeça um telhado cheio de líquenes centenários, como aquelas modernas casinhas lusitanas do imaginário da Agustina Bessa-Luís e do Pacheco Pereira.
O meu aspirador, por acaso, até tem um aplique de ponta que se parece com um bigode, mas creio que a coincidência cessa aí.
Vem tudo isto, porque teve o bigodudo uma frase lapidar: a de que todos os fiscais não sei das quantas deviam ser... lapidados, e apanhar com pedras nos cornos, de cada vez que aparecessem em público.
Pessoalmente, acho mal. Até estou de acordo com que se apedreje um Ministro, um Deputado, um assessor, um economista daqueles célebres fóruns periódicos da salvação do Mundo Português. Agora, apedrejar a arraia-miúda, gente que vai ali só para ganhar o seu..., eu acho mal. Aliás, acho malérrimo, porque se começamos a apedrejar os fiscais, um belo dia também vamos ter de apedrejar os autarcas corruptos, e todos aqueles que recebem o mesmo par de luvas recebido pelos fiscais, e ainda acabávamos, numa dura manhã, a apedrejar a Fátima Felgueiras, o que eu também acho mal, porque numa senhora não se toca nem com uma flor, quanto mais com um paralelipípedo de calçada; e acabávamos a apedrejar o Valentim Loureiro, o que eu acho terrível, porque o homem está realmente inocente, e o Estado (nós) brevemente até irá ter de o indemnizar; e "last and the least", poderíamos ter de chegar ao extremo de apedrejar o Isaltino de Morais, de cada vez que. em Oeiras, uma obra é aceleradamente licenciada, através da oferta de mais um andar à filha do dito cujo.
Depois, nós não nos podemos esquecer de que este é um blogue profundamente cristão: apedrejar um fiscal, de acordo com a última versão do Código Penal e o Novo Testamento, é pior do que atirar calhaus à Maria Madalena.
Quem nunca pagou luvas a ninguém que apedreje o primeiro fiscal, e, mais grave do que tudo, tendo sido a Pecadora, como reza o "Código da Vinci", uma voluptuosa amante do Senhor Santo Cristo, apedrejar um fiscal, é como correr à pedrada, salvo seja, com o Menino Jesus da nossa porta.
Haja piedade.

Oremos.
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

o afinador de pianos

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Twilight Swim de Maggie Taylor


Era uma vez uma velha senhora que morava numa casa grande junto ao marA casa tinha dois andares, sete portas, vinte janelas, cinco varandas e seis torreões. Rodeada por um estranho e desorganizado jardim onde cresciam plantas de nomes exóticos tais como metrosidero, pitosporum e tamarix, possuía junto ao portão de entrada um enorme pinheiro e uma placa onde se podia ler, Boa Esperança. Era o nome da casa.
Quando tinha seis anos e toda a gente dizia, que linda menina mora nesta casa, o mar ficava a quinhentos metros de distância e pelas largas janelas sempre abertas entrava o cheiro a maresia e as gaivotas mais ousadas pousavam nos torreões. Aos dezoito anos, acrescentaram, que linda rapariga mora naquela casa e o mar tinha subido vinte metros. Aos quarenta anos era uma mulher bonita e as pessoas já não diziam nada. O mar tinha subido outros cinquenta metros e no presente, estava ali mesmo a uns escassos cem metros das escadas que conduziam aos rochedos.
Na casa existia um piano de cauda tão antigo como a própria casa e nele três gerações aprenderam a tocar. Os dedos da velha senhora já não tinham a agilidade de outrora e como os filhos e os netos apenas regressavam nas férias de Verão, o piano também se sentia um pouco enferrujado e solitário com algumas notas fora do tom.
Na verdade tratava-se de um piano especial, temperamental, louco. Nas noites de lua cheia e maré vaza ouvia-se pela casa o som das suas notas em escalas trabalhadas, em exercícios rítmicos, em suaves melodias que subindo de tom terminavam na madrugada em apaixonadas sonatas.
A velha senhora dizia, este piano está a ficar desafinado, deve ser do sal do mar e das correntes de ar, talvez fosse bom fechar a janela.
Mas quando fechavam a janela da sala, o piano aparecia na sala de jantar e se nessa noite fechavam a janela da sala de jantar, o piano aparecia na copa ou no quarto de hóspedes. Por fim desistiram de lhe fechar as janelas e ele permaneceu quieto e desafinado na sua própria sala. A velha senhora decidiu deixá-lo em paz e chamar um afinador de pianos.
Na manhã seguinte chegou um jovem e belo afinador de pianos e com a sua voz de afinador afinada, saudou-a, bom dia minha senhora, eu sou o afinador de pianos.
Ela sentou-se junto dele e do seu velho piano e começaram a conversar e ela contou-lhe que há muitos, muitos anos, conhecera um afinador de pianos, tão jovem e tão belo como ele. E o rapaz disse-lhe, talvez fosse o meu avô. Talvez, respondeu ela e recordou-se daquelas outras mãos sensíveis, dos diapasões e de como se temperam pianos e corações.
Naquela noite estalou uma violenta tempestade, a casa oscilou e pelas janelas abertas entraram o vento e a chuva forte. O piano, afinado, vibrou uma escala em dó maior e arrancou imediatamente para uma sonata. Eliminada a distância entre a casa e as ondas, navega agora no mar alto um grande navio com dois andares, sete portas, vinte vigias, cinco convés e seis chaminés. Junto à proa pode ler-se o seu nome, Boa Esperança.
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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cyberstalking em França: detida a obcecada que, desde setembro, importunava o ministro Emmanuel Macron, com mensagens e imagens eróticas

As autoridades confiscaram o computador e o telemóvel dela e detiveram-na pelo "envio repetido de mensagens maliciosas com vista a perturbar a tranquilidade de outrem".

Segundo fonte judicial citada pelo jornal francês, a jovem enviava mensagens em que declarava a sua paixão pelo ministro e, em algumas, juntava imagens de caráter erótico.

As autoridades não acreditam estar perante alguém perigoso, mas admitem que a jovem venha a ser observada por um psiquiatra, para perceber se a obsessão pelo ministro é uma situação passageira ou um sintoma mais grave. Diz o jornal que, de acordo com a lei, a jovem incorre numa pena até um ano de prisão e multa de 15 mil euros.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "O Blogue da Fernanda Canse-o"



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Pois pesquisámos, e ele existe mesmo.
Chama-se "Glória Fácil", cof, cof, cof, obviamente não dispõe de caixa de comentários, não fosse aquilo descambar rapidamente para um espaço do deus-me-livre, jesus-credo, cruzes-canhoto, e até tem algumas hiperligações perfeitamente triviais, excepto uma para... vejam lá se adivinham... sim... não... sim.... não... frio... sim... não.... morno... não.... não... não...
Bem já vi que não vão lá sozinhos: pois, tem um "link" para a "Disfunção Eréctil".

Deus meu, os homens são os horríveis mentirosos, de sempre, e... no que estas mulheres ainda continuam a acreditar... em pleno séc. XXI...
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Prelúdio I - "O Dilema de Maddie"




Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Hoje, no meio do estardalhaço que foi este blogue, visitado por fundamentalistas de todos os géneros, e gente que procurava barrigadas de riso, no meio daquela Retoma, em forma de punheta microscópica, que apenas o Vigarista de Vilar de Maçada e o Vigarista do Banco de Portugal vêem, faltava uma palavrinha para a Maddie.
A Maddie, em apenas um mês, tornou-se num fenómeno mediático e do Cálculo Combinatório. Do ponto de vista do primeiro, é difícil analisá-lo, porque a Aldeia Global está demente; do segundo, é mais fácil, porque só contempla 4 cenários: ou a Maddie e os pais estão numa muito boa; ou a Maddie está numa muito boa, e os pais, porque não sabem, estão numa muito má; ou a Maddie e os pais estão, ambos, numa péssima; ou só a Maddie é que está muito, muito, mal.
Se a Maddie fosse um rapazinho, ou estivesse de cabelo cortado, a fingir de rapazinho, dizia imediatamente que começassem as buscas AQUI, mas acho que... não.
Quanto a mim, adoro a pista por cá lançada, do Golfo Pérsico, o Bahrein, onde se situou o Paraíso do Mundo, um palácio com mil janelas veladas e cheiro a jasmim, nas costas ardentes do Mar Vermelho, um príncipe a cheirar a incenso e mirra, esperando apenas que ela tenha os 11 anos do casamento do Islão.
À pala disso, os pais lançaram um dos maiores negócios do séc. XXI, Papas, um leilão muito acima de quaisquer Van Goghs e Monets, jactos privados, uma permanente volta ao mundo, a terra inteira a acreditar numa coisa que está, isso asseguro eu, bués mal contada....

A realidade é que não me meto mais no caso. Espero que a miúda esteja bem e que os pais acabem como merecem, talvez ela só se tenha cansado de ver o "daddie" fazer de mulher dos outros, e a "mammie" nos braços de tantos homens. Cansou-me, e sumiu, naquele, como dizia Álvaro de Campos: "morrer é só deixar de ser visto..."
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Maria de Lurdes Rodrigues, sabes que, num estado civilizado, serias imediatamente acusada de homicídio (in)voluntário e afastada das tuas funções?..."



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Dedicado a Manuela Estanqueiro, executada por acto administrativo, cometido sob a tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, ser monstruoso que 10 000 000 de Portugueses, com o seu silêncio, permitem que continue a ocupar a Pasta da Educação

Não, não era isto que me trazia aqui, mas um luto é um imponderável da escrita, e eu sou um homem da Escrita, vivo num Mundo onde as palavras têm um peso lapidar e definitivo, e onde cada sílaba contém um som que é som, e salvação, e morte, e é por isso, que, nesta noite particular, e a acreditar no que AQUI, e noutros lugares, é contado, decidi sentar-me ao teclado, para renovar, em cada um dos nosso leitores o sentimento de abominação e repugnância que o nome de Lurdes Rodrigues deve, doravante, e para todo o sempre, despertar, em todos nós.
Maria de Lurdes Rodrigues, você, e o escroque que a acompanha, Valter Lemosreconduziram hoje, no cargo de Directora da Região de Educação Norte um puro excremento humano, chamado Margarida Moreira. Toda a gente sabe que vocês não prestam, que foram escolhidos no rebotalho das licenciaturas portuguesas, Ele, Valter, numa Câmara onde não punha os pés, você, Lurdes, numa coisa chamada Sociologia, que o Salazar proibira, antes do 25 de Abril, talvez por já imaginar que produziria monstros do seu género, gente para quem as oscilações das sociedades são equivalentes a temperaturas numéricas, sístoles e diástoles de sistemas históricos, grandes curvas tridimensionais de modelos de variabilidade reduzida, e hipotética. Deixe-me, por isso, traduzi-la em três nomes, que são três constantes e três estigmas e três vectores de leitura que eu quero que, através da minha escrita, doravante, consigo se associem, à história decadente destes tempos de Era Final.
Quero aqui chamar-lhe, Lurdes, agrestemente, VÉRMINA; quero, aqui, adjectivá-la de ESCÓRIA HUMANA; quero, a partir de aqui, que, para sempre, lhe associem o epíteto de ASSASSINA, repito: VÉRMINA, ESCÓRIA HUMANA e ASSASSINA.
Releia bem, por que sou EU, a escrevê-lo, e isso tem um peso muito para lá do mais fantástico poder de qualquer arremesso, não um simples rosnar de dentes de Fernando Charrua, ou do invisual que você demitiu do cargo, a chamarem "filho da puta" à anedota política que preside ao vergonhoso Governo de Portugal.
Não, Lurdes, são palavras minhas; sou eu, Português, escritor, e, por azar, contemporâneo de um dos seres mais vis que já atravessou o panorama político do meu tempo vital, a condenar-te à pior execração, até ao Fundo mais Profundo da Eternidade.
Quero, Maria de Lurdes Rodrigues, que a Roda da Fortuna te possa conduzir às penas mais dolorosas, que nem Dante ousou prever no seu Inferno.
Quero que sejas, Lurdes, maldita, sob o nosso olhar, e para todo o sempre...
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "As "Licenciaturas" de Sócrates, deitadas no divã de Freud"







Para mim, com uma Quarta Classe das antigas, puta nas horas vagas, e mulher-a-dias do Regime a tempo inteiro, foi com enorme orgulho que recebi, no I.S.P.A., uma Pós-Graduação em Psicanálise (4 dias, de 2 horas intensivas, que bem me saíram do corpo e da carteira...).

Fiquei a saber que, para Freud, os anos mais importantes da nossa vida eram os 5 primeiros, sobre os quais -- azar -- logo tombava uma cortina de sombras, que durava a vida inteira, exceptuados os sobressaltos e as recaídas no Inconsciente.

Estou agora a terminar uma tese de doutoramento, em que defendo que, bem mais importantes do que esses 5 anos da Infância são os 5 anos da Licenciatura. Esse, sim, é o tempo da verdadeira angústia.
É, pois, com a Dor de Sócrates que eu sofro: aquela Pós-Graduação de 4 dias fez-me saber o que pode ser o sentimento de inferioridade de um cavalheiro que quer galgar a todo o custo, e sabe não ser detentor de um canudo.
Há, em José Sócrates, um pouco de Harry Potter. Ele sabe mexer a varinha -- ou o varão -- e as coisas aparecem todas feitas. "Consta-se de que", mal seja apeado involuntariamente do Governo, já se está a preparar para a Beatificação. O "Expresso" de hoje avança com o seu primeiro milagre: o de ter criado, do Nada, um Reitor.

Isso é uma coisa lindíssima, e acho que nem a Sãozinha, nem a Santa da Ladeira, nem a Irmã Lúcia, no tempo das suas melhores "performances", conseguiram tais feitos...

Nomear um Reitor é algo de bem mais profundo do que pôr um paralítico a andar, um cego a ver, ou o Mega Ferreira à frente do Centro Cultural de Belém.
Resta a matriz psicanalítica da coisa, e essa é o centro deste texto: até agora, nunca tinha percebido a raiva desmesurada contra certas classes da Sociedade Portuguesa, justamente, aquelas onde se congregam mais licenciados, Médicos, Juristas e Professores.

Era, afinal, um problema psicanalítico, não o dos 5 primeiros anos de vida, mas o dos intermináveis 5 anos da sua "Licenciatura", em irremediável forma de Quasímodo.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lua cheia de fevereiro

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domingo, 21 de fevereiro de 2016

opalas

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Para ser preciosa, compro um casaco de xadrez azul com muitos bolsos e neles guardo as que se formam na fissura de uma rocha, feitas de água, fogo, luz. E a cada hora solto uma, o universo, o fundo do mar, o ocaso, as estalactites de uma gruta, o olho da criação.
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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Umberto Eco (1932-2016)

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"Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "10 de junho - l'Affaire Makropoulos"



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Curiosamente, na Margem Sul, "Desert Land", o Sahel Português, onde, com uma corcova Armani, o Vigarista de Vilar de Maçada foi vergonhosamente apupado, e naquele apupo esteve, como raras vezes, neste Estado/Nação, conluiada e aplaudidora, uma plateia inteira de 10 000 000 de prejudicados, o Chefe Supremo das Forças Armadas enfiou-se num navio militar, naquela postura do remoer bovino dos maxilares, que tão bem lhe conhecemos.
Gostava de lá ter visto Mário Lino, Paulo Pedroso, 
listado (?) como candidato por Setúbal, Ferro Rodrigues, apoiante, e Comissão de Honra da execrável candidatura, a Candidatura Sénior (?) do Solnado -- verifique... eu nem sempre estou drunfado... -- de António Costa.
Consta, Cavaco, que você é um homem inseguro, que só se desloca(va) em viaturas blindadas e que tem as mãos sempre transpiradas, de terror de ser surpreendido na sua fragilidade.
Sabe que é grave termos um Comandante Supremo das Forças Armadas com essas características, não sabe?...
Decerto não ignora que as mudanças mais dramáticas de Regime, acontecidas nos últimos 100 anos, foram justamente protagonizadas pelas Forças Armadas, sempre com a mesma expectativa: terminar com um pântano, e permitir uma nova aurora.
Tinham, em comum, ter começado num pântano, e terem, ambas, acabado noutro pântano...
Cessam aqui as semelhanças, e o pântano de que aqui falamos não é nenhuma metáfora da Ota: não, a Ota é apenas um pântano dentro de um outro Pântano Global, suponho que um desenvolvimento do tecido neoplágico, de cuja amostra, em bons tempos, o Engenheiro -- escrevo engenheiro por extenso, para distinguir... -- Guterres se livrou.
Gosto muito de o ouvir dizer que "não se resigna", mas isso dos resignamentos são soluços de sacristia, e choros de esposa arrependida, aos pés da colcha do marido traído, ou merdunças vocalizadas, como, para,
penso de que,
nós podermos continuar entretidos: Sr. Presidente da República, Chefe Supremo das Forças Armadas, nós somos e estamos cada vez menos sensíveis ao entretimento, porque as contas, o atraso e o desemprego caem-nos diariamente em casa, somos obrigados a franquear as fronteiras invisíveis da União Europeia, para, como nos tempos finais do Antigo Regime, irmos buscar trabalho em outras paragens, onde somos tratados com a indignidade de um povo que não é aceite como par, na Integração Europeia, um povo a quem os Italianos, por definição, uns dos maiores acumuladores de anedotas de trapaças do Mundo, chama "gli portoghesi", como sinónimo de ALDRABÕES.
Aldrabões, cidadão Cavaco Silva, são os responsáveis pela porcaria estagnada a que chegámos, hoje, 10 de Junho, 33 Anos depois de 1974 e 81 anos depois de 1926, a mesma porcaria estagnada de sempre.
Vai resignar, ou começar, um por um, a pô-los a resignarem?...
Volto às Forças Armadas, porque gostei muito de quando falou delas, e da necessidade de reforma e de investimento, da revalorização e da colocação ao serviço da Cousa Pública do manancial intelectual e humano de que dispõem.
Como sou inteligente, suponho que esse golpe de ombros não se vá, mais uma vez, destinar aos soluços das apetências de redesenhamento das fronteiras externas da Pobre América, que, por acaso, em nada coincidem com os nossos interesses.
Você sabe onde fica o Kossovo?... Eu sabia-o, até que o decidi ignorar, desde que percebi que a par das Bósnias Muçulmanas, que -- se calhar não sabe desta, mas eu vou-lha chapar debaixo dos maxilares!... -- dessa Bósnia Muçulmana que foi motivo para que o Grande Oriente Francês lançasse um apelo através das Lojas da Europa Inteira, para se impedisse que se constituísse um estado islâmico nos Balcãs, e eles, vocês, aqueles homens quadrados, de cabeça e interior de cabeça rapada, que vão lá fora fazer umas horas, a preço de assessor ministerial -- daqueles que vão ao cu ao titular da Pasta -- para depois poderem casar com umas gajas com ar de padeira, a padeira tradicional, de bigode e rata cabeluda, celulite banha de Mac Donald's, à espera de emprenhar, ou já emprenhadas, porque, se morrer em combate, a coisa que se lhes debate nas entranhas já terá a reforma do pai -- herói, morto em combate, a jogar às cartas em cima de torpedos obsoletos, com marcas de Made in U.R.S.S., ou -- deus me livre, sabia também disto?... -- com o selo, disfarçado, deus me livre, de Made in Portugal.
Quer que vamos defender as rotas do Tráfico do Ópio, no Afeganistão, contra os talibans, e as suas mulheres de burka -- que estão exactamente na mesma -- que as tinham interrompido, com grande desgosto dos consumidores de East Upper Side, dos Néons de Los Angeles e das festas caras de Beverlly Hills, onde o Lobby Judaico enforma, deforma e transforma todo o Cinema de Propaganda que engolimos, diariamente, como um dejecto, que, pior do que a Droga, nos mutila irreversivelmente o raciocínio?...
Eu não vou.
Quer que vamos para o Iraque, que Portugal e os canalhas dos seus aliados circunstanciais, armaram até aos dentes, e agora explodiu num frenesi de Fundamentalismo, adorável fundamentalismo, uma Aldeia Global, movida, como na Idade Média, pelo esterco de Três Monoteísmos, em redor de véus, de "chárias", de penitências, de pecados, de bater-com-a-testa-no-chão, de um pobre gajo, pendurado, e sem tomar banho durante três dias, numa Cruz, que, aposto, voltaria para trás se soubesse o chavascal em que lançou Gaia, a Vingança de Gaia, esta Terra Obsoleta e Martirizada?...
Eu não vou.
Sr. Presidente da República, quer agora agir como Chefe Supremo das Forças Armadas?...
Então faça o seguinte: nós já não temos fronteiras, temos uma simples linha virtual, encimada pela nossa bandeira de conveniência, que é, diariamente, franqueada por tudo o que consumimos, roupa, comida, carros, gasolina, droga, programas de televisão, música, vícios, corpos que cá se vêm prostituir, e etc. e tal.
Desse modo, devemos, de uma vez por todas, assumir que o inimigo já não é externo mas INTERNO.
Não faça como nas revoluções militares anteriores, em que se ocuparam as sedes do Poder Político: Deixe-se de heranças entre avozinhas e de litígios de patamares de prédios arruinados e de tutelas de criancinhas deficientes, que ocupam diariamente os telejornais, e antes ponha as Forças Armadas a ocupar as sedes do Poder Judicial, transforme os infindáveis caracóis, e os compadrios, em Tribunais Marciais, e ponha em cima da mesa, com prazo de resolução, de um mês, todas as questões fulcrais que transformaram isto no Lodaçal da Europa.
Imponha Tribunais Marciais e resolva, em 30 dias, isto, e isto, e isto, e isto, e isto, e isto, e isto e isto, e isto, e isto, e isto, e isto, eisto, e isto e mais isto.
Depois, se sobrar alguma coisa atribua-lhes pelouros, sim, ah, sim e medalhas, muitas medalhas, Grã-Cruzes, a estes valerosos militares, finalmente cumpridores da sua missão de Defender a Pátria, e o Estado de Direito.

Obrigado. Agradeço eu e 10 000 000 de vítimas da podridão a que V.ª Ex.ª preside.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Pensamento da Madrugada"



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Para que o topo das pirâmides apareça como topo, é necessário que as camadas abaixo sejam nitidamente inferiores, em socalcos que se estendem até à base.
Se há sítio onde o topo das pirâmides é ocupado por medíocres é a chamada Cultura Portuguesa.
Daí para baixo, não é difícil imaginar.

Por isso, Portugal se parece hoje tanto com um infinito Egipto.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Diário da "mulher-alibi""



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Pacheco Pereira, um dos rastejantes da nossa cena política, pilar do sistema, e exemplo de como se pode subir rápido (da Gare Maoísta à Gare Neo-Liberal-Conservadora, em bilhete de primeira, se faz favor), resolveu ganhar dinheiro a publicar os textos do "Abrupto", uma espécie de sótão poeirento e desactualizado do imaginário de uma tia velha desactivada, e com barbas, ainda por cima.

Esse é o papel da "Mulher-Alibi", figura da Sociologia, indispensável para o funcionamento do Sistema: ela espumeja, ela finge que se indigna, ela ataca, ela recua, ela geme e freme, ela varia de alvos, mas, no fim, alinha sempre pela mão de quem lhe paga, e que realmente sempre serviu. É no seu discurso e na sua atmosférica variação fisionómica, que se faz o grosso da catarse do tecido social, "que bem que falou", "gosto muito de ouvi-lo", "sabe sempre dizer quando as coisas estão bem, e quando estão mal"... 

Uma das características da mulher-alibi é a ubiquidade: ela tem o dom de estar sempre em todo o lado e em todo o instante em que se possa levantar alguma fervura.

Obviamente, Pacheco Perereira não é a Marcela-quer-morcela, a Mãe das Mães-Alibi, ou a "Desesperada", por antonomásia, com dons de mentira e retórica maquiavelicamente sofisticados. Berços diferentes: uma, filha do Ministro da Propaganda do Antigo Regime, a outra... não. Mas, no fim, o teclado termina sempre na mesma cadência, embora, pelos entremeios, se tenham esvaziado todas as tensões do público, que, realmente, poderiam conduzir a qualquer mudança.

Elas são as gestoras do Pântano, e o Pântano continua a pagar-lhes regiamente pelo seu papel. 
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "A Amália e o "Diário da República"



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Lembro-me eu, ainda não estava naquela fase de desligar sistematicamente a televisão, e "The Voice" ainda estava viva, de assistir a uma coisa chamada "Lançamento dos Poemas da Amália".
Ora eu pus logo os corninhos em pé, porque coisa escrita pelo punho daquela mulher, ou era para fazer cair o Carmo e a Trindade, ou era feita por mão alheia, porque ela já mal se tinha de pé, quanto mais escrever uma linha direita que fosse...
Depois, aparecia ela, toda recostada numa cadeira, já bem regada, para aguentar a cena, e uma franga qualquer -- adorava ter escrito o nome dela num papel, porque são estes pequenos protagonistas secundários que realmente escrevem a História -- uma franga que cantava as virtudes daquelas Rimas do Gargalo.
Achei logo que andava por ali abutre a tentar sacar papel, à pala daquele cadáver adiado, que o álcool tão bem conservava, e a confirmação veio logo a seguir, quando a entrevistadora se virou para a Gloriosa, e lhe perguntou, "então, Dona Amália, o que tem a dizer sobre os seus poemas?...", e a outra, olhar vidrado, vira-se para ela, ainda a tentar manter-se direita, e lança-lhe, com aquela fulminante voz de carrascão: "QUAIS POEMAS!!??..."
Coitada, nem a desgraçada sabia o que estava a fazer ali, nem o que lhe estavam a cozinhar nas costas.
Enfins, de outroras, ainda os dinossauros não estavam todos em museus.

Perguntar-me-ão o que é que isto tem a ver com o Choque Tecnológico, o Período Quaternário, e a Primeira-Ministra de voz agastada e cristalina. Pois a verdade é que quando a vi ontem, a anunciar que o "Diário da República" deixava de ser papel para ser um amontoado de megabites, pensei logo na Amália: naqueles dias em que o incauto cidadão quiser ir confirmar as nomeações-sombra, os valores das remunerações, e o teor das cláusulas, em caso de despedimento compulsivo dos amiguinhos, lá irá a maldosa mão da Sonsa Primeira-Ministra arrancar a tomada da parede, provocando um apagão informático e luminoso, para poder soltar, logo a seguir, aquele seu característico guincho de bichona pastosa: "QUAIS NOMEAÇÕES!!!???..."
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): "Testámos o Simplex"



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Eu, que sou muito mauzinho, resolvi testar hoje a coisa, e fui, mais a Rebarbado d'Abreu para o telefone, gozar o prato, toca de ligar para um daqueles organismos públicos com nomes idiotas, cheios de amigos dos partidos, e atende uma gaja do lado de lá, meio arrogante, não percebi se era a amante de algum chefe de gabinete, se era só um tom de pré-excedentária, eu, espera aí, filha, que já levas a dose, viro-me para ela, e ponho aquela minha vózinha de Branca de Neve, da fase em que andava a ser aleitada, ao mesmo tempo, pelos Sete Anões, e digo-lhe assim:
-- Olhe, é que eu tenho cá em casa uma irmã cega...
E ela:
-- Cega?...
E eu:
-- Sim, cega, mesmo daquelas cegas dos olhos, e que para além disso, ainda tem um defeito horrível, que é estar o dia inteiro metida em casa, a ler o "Diário da República", de uma ponta à outra... Só que ouvimos mesmo agora na televisão o Senhor Primeiro-Ministro dizer que vai deixar de haver edição em papel, e a minha irmã já está cheia de comprimidos, e nós queríamos saber o que fazer, porque ela, se não ler todos os dias o "Diário da República"... (e fiz ali uma pausa estratégica) se não ler todos os dias o "Diário da República"... ela... mata-se!...
(silêncio)
A outra suponho que tenha ficado aterrorizada. E eu:
-- A senhora está-me a ouvir?...
E a outra:
-- Estou, estou... Acha que ela se mata mesmo?...
E eu:
-- Ai, mata, mata, que eu já a conheço há muitos anos...
-- Então, espere só um bocadinho...
(Tempo de bichanar. Bichanou para trás, e bichanou para diante, e bichanou para o lado)
-- Olhe, é assim, o meu chefe ainda não veio da hora do almoço, mas tenho aqui uma colega que diz que, nesse caso...
E eu:
-- Sim?...
-- ... nesse caso... só se for com um monitor com picos...
E eu:
-- Ai, muito obrigado pela sugestão, vou já à loja ver o que encontro, dentro do género.

É evidente que escorregámos os dois pelas paredes a rir: "um monitor com picos!...", às tantas, até fabricado pela Opel, puta que pariu a galinha, pensámos numa solução muito melhor, e que vai ser assim -- Senhor Engenheiro, apanhe esta bola, que nós não duramos sempre!... -- Para os invisuais, o "Diário da República" irá passar a estar disponível em formato mp3, de livre e fácil... "download", assim nos ajudem as bandas largas que para aí vegetam.
Quanto às vozes necessárias à leitura, proceda do seguinte modo: é evidente que todos nós gostaríamos de ouvir a sua voz aflautada, arrogante e pastosa, permanentemente a descambar para o delico-broche, mas é evidente que os seus múltiplos afazeres demagógicos e governativos o impedem de tal, pelo que os textos da Primeira Série deverão ser monocordicamente lidos pelo Eng. Guterres -- pessoa que até acho que foi o último Primeiro-Ministro decente e humano de Portugal -- coisa que, nem por isso, lhe retira o mérito de ter um excelente timbre e uma boa colocação de voz, e, sobretudo, um inegável engenho de picareta falante, muito próximo da retórica do “Diário da República”. Depois, sempre que haja uma daquelas torcidelas para-jurídicas mal-justificadas, a voz do Engenheiro será substituída pelos gargarejos de “Miss Fardas”, ora uma oitava acima, ora uma oitava abaixo, bem mais empolgada, e com um toquezinho hitleriano, para o amblíope sentir que ali há mesmo marosca; por fim, quando houver uma daquelas vergonhosas enfiadelas à pressão de assessor, amigalhaço, compadre ou amante, ou escandalosa remuneração, aparecerá a inconfundível voz e ritmo de Odete Santos, a ler o texto, com um descarado sotaque rasca de crítica, a dar a entender que vem ali porcaria da grossa; e quanto ao resto, todas aquelas conhecidas medidas diárias, e inúteis, para manterem o ceguinho bem entretido, serão cantadas, em voz de soprano lírico-spinto, pela defunta Natália de Andrade, mas já remasterizada e completamente dolby-soroundada, como pede qualquer bom choque tecnológico português.

Bem haja.
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Grandes êxitos do "The Braganza Mothers I" (2006/07): Correio da Lola - "Como acontecem estas coisas em Portugal, um país do terceiro mundo?..."


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Querida Lola: Por que é que sendo Portugal um país com características do Terceiro Mundo, as casas têm preços tão altos, se podem comprar jogadores de Futebol por milhões, há carros tão bons na rua e os bancos têm lucros tão estranhos?...

(Leitor devidamente identificado, da Mexilhoeira Grande)



Querido Leitor:

Sendo Portugal uma das principais rotas da Droga, do Branqueamento e dos tráficos que lhe estão anexos, desenvolveu-se uma coisa parecida com o Acto Único, da Tributação das Finanças: convém que as coisas todas tenham custo muito elevados, para que numa só operação se branqueie o máximo de capital. Nunca ouviu dizer que as casas mais caras estão sempre vendidas, já em planta? E como os colchões hoje em dia são mais pequenos e não se pode guardar lá o dinheiro todo, é natural que ele acabe nos cofres dos bancos, de onde segue directamente para o duvidoso circuito da Multiplicação dos Pães.

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