A estrela andava
por ali desnorteada, confusa e não fora ela uma estrela, teria desistido de
encontrar o rapaz. Era esta a sua demanda, o seu desígnio, procurar um menino,
pequeno, tristonho, chorão. Eram às centenas e a estrela perdeu o norte. E o
sul e o oeste e o este. Sem os pontos cardeais estarreceu, desestrelou-se.
O rapaz, grande,
alegre e sorridente tinha um casaco novo com asas cor de carmim e nessa noite,
que eles não sabiam, de Natal, encontraram-se. A estrela estremeceu e
perguntou-lhe, és tu o menino? Ele inclinou-se ligeiramente para a frente, olhou
a estrela e assobiou.
Então o rapaz bateu as asas, levantou voo e a estrela seguiu-o a rebrilhar.
Festas Felizes!