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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

António Costa rejeita bordéis, mas aposta nas "safe house", como a RTP, a TAP ou o BPN :-)

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Dinheiros sujos, da reeleição de Putin, poderão pagar regresso de Mourinho a Inglaterra

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Miguel Relvas, em risco de sofrer um "acidente", mostra imensa piedade pelos mais desfavorecidos :-)

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BPN: Ministério das Finanças alerta para o desvio orçamental que o aumento da dose de comprimidos do Sr. Aníbal irá provocar

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"Ó, Sr. Reitor, por amor da santa, não mostre mais nada!..."

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Agência France Press divulga primeiras fotografias da fronteira síria, em março

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Passos Coelho confessa que a presente auteridade começou com a destruição do aparelho produtivo e a pilhagem dos Fundos Estruturais, pelo Cavaquismo


Foram 10 anos de felicidade, em que ocupámos o pelotão da frente, e vivemos num oásis. Agora, só temos duas hipóteses: ou pedimos ao senhor Aníbal, de Boliqueime, que nasça duas vezes, para repetir o que fez, ou vamos tentar pagar, ou fingir que pagamos, pelo menos, durante mais um mês, ou dois, até isto estoirar. Pode ser?...

Imagem do Kaos

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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Miguel Sousa Tavares acha que também foi censurado, e defende rápida demissão do Diretor da RTP, para lá enfiar a Clara Ferreira Alves

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tiago Santos: obra da Mafia Russa, da Mafia Búlgara, da Turca, da Chinesa, do Pinto da Costa, ou um mero "carinho" de José Eduardo dos Santos?...

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Homem de Boliqueime tinha cara de saloio, cérebro atrasado 50 anos, e, quando falava, soltava muitos perdigotos

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Merkel: não fosse ela tão frígida e a cerveja tão gelada, faria lembrar os tempos da Alemanha de Leste, em que as tropas se vinham para cima dela...

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Ciberdrogas, como permanentes painéis de futebol, a falar de Cristiano Ronaldo nu, pelado, desnudo, en poil & naked, são uma praga e um risco

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A Crise Acaba no Fim do Ano!

Ah! Ah! Ah!
Como eles nos gozam!

Não há ninguém que lhes atafulhe as cloacas que têm por cima dos queixos com a matéria de cloaca?

[Clique no título do post para ler a continuação]


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Secretas avisam Vítor Gaspar de que corre risco de vida, mal comece a investigar contas dos municípios...

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Sócrates procura desesperadamente colegas de curso, mas não os encontra...

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Troika enfia hoje mais dinheiro no buraco sem fundo com algumas reservas sobre os motoristas da Senhora Bosca de Mota Amaral e de Francisco José Viegas

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Últimos neanderthais já deveriam estar extintos, mas foram prolongados, para que Maria Cavaco Silva não conhecesse a palavra "solidão"...

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Os Carneiros Pagam a Crise Provocada Por Políticos e Agiotas

Quantas vezes ouvimos o primeiro-ministro e outros ministros da oligarquia governamental – excepto o da economia (porque será?) – e até o coveiro de Portugal afirmarem que os sacrifícios decorrentes da aplicação do plano capitalista que dá o nosso dinheiro aos bancos é para todos. Será mesmo? Será o que se está a passar ou estaremos a ser mais uma vez vítimas do roubo descarado das máfias políticas?

Os portugueses estão habituados ao fanatismo partidário, pelo que sempre desconfiam com razão, mas mal, pois que excepcionalmente se escapam a cair como parolos nas artimanhas das oligarquias políticas. Acreditam mesmo que o dito Movimento para a Democracia Directa, iniciado por um pequeno punhado de gente honesta, não esteja comido pelo partidarismo sectário que se aproveitou desse movimento como o lobo na história do capuchinho vermelho. É verdade que ainda lá continua uma parte de democratas honestos, mas a malvadez dos outros destruiu a louvável obra dos seus fundadores. Que miséria! E há quem se que os políticos procederem de forma tão semelhante.

Esta artigo é uma sequência lógica de outros anteriores que nos avisavam sobre o que este presente viria a ser. Sobre a fonte de todos os problemas do país. Dada a desconfiança e simultânea incredulidade, muitos têm acusado estes artigos como partidaristas, tanto como atacam as más acções dum governo como as de outro de suposta – mas não verdadeira – ideologia diferente. Afinal, o que interessa não é a ideologia dum qualquer partido, mas o que ele faz pela nação ou contra ela, e neste país há muito que só se vê destruição. Os discursos dos mafiosos não passam da mais barata e ordinária banha da cobra, que convencem a maioria numa conjuntura criada com a imprescindível ajuda da jornaleiragem dominada por um conglomerado financeiro selvagem que filtra, modifica e fabrica as notícias para que estas defendam os sus interesses, aos quais as corjas oligárquicas se associaram.

Ter feito compreender a população que não necessitava mais de trabalhar por ter aderido à UE foi um crime. Deram-se-lhe os fundos de coesão que não foram directamente para os bolsos da máfia cavaquista (mais tarde também para outras máfias) em lugar de as usarem para preparar o seu futuro, agora, evitando a miséria que se vive. Simultaneamente, destruiu-se todo o tecido que de algum modo desse lucros ao país ou pudesse ser exportado. Se confrontarmos um gráfico dos montantes dos fundos de coesão recebidos da UE ao dos montantes do empréstimos contraídos pelo país, até um cego consegue ver e compreender que são simetricamente opostos, completando-se e provendo ao país a mesma liquidez que lhe permite continuar com a vida de meio-luxo sem trabalhar nem produzir. Estes gráficos juntos formam um par inseparável. Qualquer um deles apresentado sem o outro serve unicamente para iludir e ludibriar a quem os veja viúvos.

Se todos os governos seguiram esta mesma linha, como defender um contra outro, neste assunto específico que compreende ainda a falta de restruturação dos meios produtivos, sem isenção de partidarismo? Todos induziram os portugueses a endividar-se e a dar o seu já pouco dinheiro aos bancos. Todos permitiram aos bancos assaltarem a população e extorquirem-lhes o que pouco tinham, até perseguindo-os com ofertas aliciantes para lhes sacarem ainda mais. Todos os governos o fizeram ou o permitiram, pelo que todos são culpados sem excepção, embora tudo tivesse começado pelo Cavaco, o carrasco do povo e o seu coveiro. Donde se vê a estupidez crassa e espírito suicida de quem o elegeu por duas vezes. O Arrebenta, que conhece bem este processo e tão magistral e fielmente o documenta, parece recear fazer esta última afirmação.

O ditado «cada povo tem o governo que merece» exprime aqui todo o seu significado. Se este povo continuar a julgar-se inteligente e esperto e que ninguém o engana, jamais se libertará do jugo daqueles que vivem precisamente para o enganar e roubar e que jamais quererão deixar de o dominar. Há dois caminhos para aprender: ser ensinado ou aprender pelos seus próprios erros. Para o segundo modo, porém, é imprescindível que se compreendam e admitam os erros. O orgulho que por cá se encobre com o epíteto de auto-estima tem como único resultado cegar as pessoas, impedindo-as de progredir por não saberem como ao não compreenderem os seus erros e como são atrasados e tansos. Como almejar progredir quando já se tem a si mesmo como melhor que todos?

Analisemos a desgraça para onde o país está a ser levado e se tivermos cabeça, sabedoria, compreensão e espírito democrático, ajamos em lugar de apoiarmos greves desnecessárias, estúpidas ou abusadoras, como as recentes dos ferroviários, já melhor pagos que toda a população em geral e que nos emmerdam (galicismo comum) a vida. Não têm razão de ser e há outros modos de luta mais eficientes e que envolvem toda a população e não apenas um sector marginal como este.

As mentes nacionais têm sido estreitamente controladas pelo que se lhes conta e dá a conhecer ou pela banha da cobra da corrupção política, por uma jornaleiragem imunda e indigna duma profissão que foi nobre, mas que, com algumas excepções, deviam ser passados a fio de espada. Ajudar a atirar um povo para a miséria, dizendo e revelando, modificando ou inventando tudo o que ajude a pôr e a manter uma grilheta mental de que as máfias oligárquicas têm a chave.

Que nos tentou impingir o criminoso do Coelho durante as eleições e obteve êxito junto duma maioria de retardados mentais? Porque o que era necessário, não era substituir um qualquer governo. NÃO era substituir a merda por excremento, mas controlar quem no-la tem dado para que não se continuasse na mesma dança macabra que, evidentemente, continuou. Se não se fez absolutamente nada para acabar com ela, que se esperava? Porque se queixam, então agora, se votaram e elegeram os mesmos? Porque dum partido ou doutro, são iguais: ladrões impunes. Não têm o que escolheram? Se até elegeram um cadastrado… Que gente piegas!

Que nos tentou, pois, impingir esse vigarista durante as eleições para sacar votos aos retardados mentais que se julgam espertos e com maturidade política? Será tão difícil de compreender que mudar governo só muda as moscas. Quanto mais querem sofrer os masoquistas até aprenderem?



Vale realmente a pena o esforço de guardar algumas provas. Há listas de promessas muito mais longas.

Vejamos como são fieis ao que afirmaram e emagrecem o estado.


O Vigarista, ladrão e ordinário do Relvas seguiu na mesma linha.



A lavagem cerebral é o método mundialmente seguido por todos os políticos, até em países democráticos. Porém, com as populações com maior maturidade política, é mais sofisticado e nem raramente pega. Um exemplo que o demonstra é a banha da cobra dos políticos suíços para convencerem o povo a aderir à UE, que de poucos em poucos anos o vai tranquilamente rejeitando sistematicamente em todos os referendos que se vão repetindo. Perderia a voz, o direito a se pronunciar sobre a adopção das directivas europeias que o governo poderia aplicar sem os consultar, como foi tentado na Islândia. As oligarquias não consultam os seus cidadão, dissidindo mesmo contra a vontade do povo que não é soberano.

Como se enriquece roubando um povo que se mantém numa profunda miséria. A distribuição da riqueza e dos sacrifícios da crise que eles criaram e que a mundial apenas a agrava.

Há mortes que vêm por bem quando salvam outras vidas.


O governo de coligação do Manel Barroso nomeou-a provedora da Stª Casa da Misericórdia de Lisboa e ela não perdeu a oportunidade de matar tantos pobres quanto pode. Veja-se aqui o que se passou na altura. Vários artigos foram escritos sobre como esta malvada que assassinou tantos pobres, uma oportunista que saltitava de partido para partido consoante onde se encontrasse a bola. A sua morte, infelizmente, eliminou um dos maiores inimigos dos pobres.

Serão realmente para todos?



Cada um rouba à sua maneira, é a liberdade – deles, que nós «não temos voto na matéria» e só podemos falar para desabafar.

Como se enriquece roubando o povo e metendo-o numa profunda miséria. A distribuição da riqueza e dos sacrifícios da crise que provocaram e de que são os responsáveis directos, que a nossa nada tem a ver com a outra, que apenas a agrava.


«Os sacrifícios são para repartir por todos. Todos devem contribuir.»

Quantas vezes ouvimos isto? Quantas vezes nos mentiram para nos fazerem uma lavagem cerebral, para acreditarmos a miséria que nos impõem sem reclamar? É o que temos ouvido até à exaustão. O mais elementar truque de marketing e de hipnotismo que sempre resulta em espíritos fracos. É o que se passa também com o «piegas», com «no interesse de Portugal», etc., mas para as máfias oligárquicas o interesse de Portugal não é os portugueses, é as oligarquias.

Haverá ainda quem acredita nessa burla? Vejamos as provas reais de que os sacrifícios são realmente a repartir por todos e de que todos devem e estão a contribuir, mesmo como o desemprego a aumentar.

Para começar, os empregados duma série de empresas do estado foram logo de início excluídas da obrigatoriedade de comparticipação na miséria. Não são nacionais! Numa lista quase sem fim incluem-se os deputados, os políticos, o banco de Portugal, a TAP, a ANACOM, a Telecom, etc.

Em Portugal há mais de 3.000 gestores. Os ganhos totais rondam os M€ 261. Se os 3.000 gestores tivessem um limite de € 5.000/mês custar-nos-iam M€ 210 (@ 14 meses/ano). Poupar-se-ia mais de M€ 51. Porquê e para quê, se o Zé Povinho paga?

O presidente ganha, não 21 salários mínimos, mas 21 salários médios. Mais que o vice- presidente dos EUA e quase tanto como a Angela Merkel.


Presidente dos EUA ±€ 292.000 ($400.000)
    Presidente da TAP ±€ 625.000 (>dobro, 58 salários médios;
Vice-Presidente doa EUA ±€ 152.000 ($208.000)
    Um simples vogal da TAP ±€ 483.600 (>triplo).


Um biltre bem conhecido. Só para recordar aos esquecidos. Enquanto tantos estão a perder as suas casas, a este estamos a oferecer vários prédios por ano.

Quinta da Fonte Santa, Caneças.
Porque não? Mas não da nossa carteira.
Isento de contribuir para a crise, nós pagamos a parte deles. E as do outros, de todos eles.

As despesas das empresas públicas não são controladas para aproveitamento das máfias oligárquicas. Faz parte do branqueamento da corrupção.

Os ordenados de empresas públicas não são limitados para as máfias oligárquicas poderem continuar a enriquecer com o nosso dinheiro de miséria. É parte do branqueamento da corrupção.

Os deputados do PS e do PSD demoliram uma petição popular para controlar os ganhos dos gestores públicos. Acabaria essa parte do branqueamento da corrupção: eles perdiam um modo de roubo. Foi em Fevereiro de 2011, em que o PSD ladrava contra pela porca comua do Macedo ordinário, mas que votou em peso a favor. Quase exactamente um ano depois votou a favor, mas introduziu várias excepções.
Sabem porquê? Os jornais não disseram, temos que pensar por nós mesmos.


A existência de privilégios e regalia de políticos, magistrados e juízes atestam a inexistência de democracia e são as características das oligarquias, sobretudo quando eles tampouco merecem uma pequena parte do que açambarcam. A corrupção nos juízes e magistrados é das maiores no país e a maior da UE: recebem mais que todos para se desinteressarem de investigar os políticos que lho dão para os calarem. É um verdadeiro «toma lá, dá cá». Têm as maiores pensões, mas sob proposta do PC, os f. da p. do parlamento aprovaram por unanimidade a sua isenção de qualquer contribuição para a crise. «Os sacrifícios são para repartir por todos. Todos devem contribuir.» É evidente. Paga, povo carneiro, sangra! Dizem-se representantes do povo; não queremos essa representação, queremos que os mandatários obedeçam aos seus mandantes. Os subsídios cortados à população continuam a ser usufruídos pela corja política, agora mascarados por outro nome.

De acordo com o costumeiro conluio, as televisões falaram bem baixinho sobre a isenção na justiça. Na nova nomenclatura dos subsídios à corja política nem tocaram.


As taxas moderadoras provam a igualdade ou desigualdade democrática. É o que a oligarquia governamental diz ao povo de basbaques porque sabe que eles em tudo que lhes impingem acreditam sem pensar nem contar. Os pobres nem contar sabem, por isso que a jornaleirada pedante substitui contar por contabilizar. Aprecie-se atentamente, no quadro seguinte, a justa repartição da riqueza (ou da miséria). Como, sub-repticiamente se tira aos que menos têm para dar aos que mais têm, verdadeira justiça social e auxílio aos mais necessitados, com que o Coelho tem a bocarra cheia em cada vez que se digna vigarizar-nos.


Os pobres miseráveis crêem piamente nos seus algozes. Por isso que estão a fazer conta com uma pequena melhoria já a partir do fim deste ano. Embuste que a oligarquia lhes atira constantemente à cara para os manter tranquilos, por receio que o povo se agite e eles serem corridos. Pobres pacóvios que nem imaginam o que os espera. Por muito que a corja governamental afirme que Portugal não é a Grécia, a realidade é bem diferente da sua banha e fácil de conceber.

A corrupção política não é inferior à da Grécia. A Grécia também destruiu o seu tecido produtivo e a Alemanha ainda lhe deve uma pesada indemnização de guerra pelo que lhe destruíram, acordada após a rendição incondicional da Alemanha no tratado final, em Yalta, após a guerra. Mesmo assim, vemos como os tratam. A Grécia foi a região intelectualmente mais desenvolvidos de toda a antiguidade, oriental ou clássica, simultaneamente o berço da democracia e da oligarquia, representados por Atenas e Esparta, respectivamente, e o único povo que os romanos não tratavam como bárbaros. Os bárbaros germanos conquistaram Roma no Séc. V.

A crise grega, ainda que igual à portuguesa, teve início antes, pelo que se pode analisar esse passado recente e saber o que nos espera. A origem é absolutamente comparável, apenas o montante da dívida da Grécia sendo superior. Vimos que o resultado das medidas tomadas na Grécia – iguais às tomadas pelo oligarquia nacional, que optou pela miséria da população em lugar do desenvolvimento produtivo – resultou no aumento da dívida nacional grega. Sem desenvolvimento da produção não pode haver recuperação. Como esperar um resultado diferente para Portugal, copiando essas medidas? por demais, tendo-se os portugueses tornado mandriões e com uma produção muito inferior à da média europeia, também devido ao roubo e mau uso dos fundos de coesão já do tempo do Cavaco, como chegar a outra conclusão? Isto não explica a corja, é só bla-blá-blá e carradas de banha. Porquê? Sabem que os parolos imaturos tudo engolem. A gordura da banha fá-los engordar e adoecer, mas disso ninguém parece dar-se conta nem importar-se.

As bases do desenvolvimento e também da democracia, são a instrução, a saúde, a justiça, a segurança social, as comunicações, o trabalho e a eliminação da burocracia. Tudo que está a ser destruído ou desprezado. As restantes medidas de que nos falam é simples impostura e demagogia propagandista.

Alguns governantes na UE juntaram-se para que ela promova o desenvolvimento e diminua a austeridade. O Coelho não fez parte. Reflicta-se.

Este governo, ao seguir passo a passo as pegadas da Grécia, em lugar de fomentar o desenvolvimento do país para aumento de lucros, destrói a sociedade e faz pagar os que menos têm, conservando quase tudo aos mais ricos. Sem desenvolvimento das fontes de sustento e de exportação, qualquer um, por mais ignorante que seja em economia, mas que não ouça a banha da cobra da coelheira governamental adivinha o que o espera. A noite de miséria que se aproxima vai ser negra, longa e profunda. Muitos daqueles que reflectem um pouco crêem mesmo que será para sempre (ver sondagem). O futuro longínquo sobre este caso é dificilmente preconizável porque será influenciado por acontecimentos exteriores. Dada a inerente personalidade de carneiro do povo, incapaz de tomar conta dos políticos e dominá-los, o vaticínio expresso na sondagem pode bem concretizar-se, mas menos de dez anos de profunda miséria certamente não será. Se assim é, é apenas por o povo ser dócil e ir para onde a vara o toque, porque na Islândia isso não aconteceu nem jamais aconteceria.

Nos próximos tempos o desemprego vai disparar como um tiro, mostrando as consequências funestas de que todos da coelheira e jornaleiros em conluio escondem. Famílias inteiras sem trabalho nem fonte de sustento de vida. A miséria, a fome e o roubo para sobreviver. A doença devido ao massacre nesse campo. As manifestações infrutíferas por o povo não ter vontade firme e a cacetada duma polícia incapaz e sem treino apropriado vão-se suceder.


Imagens da Internet e do jornal O Diabo.


Este e outros artigos também nos blogs do autor (1 e 2).
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Aguiar Branco vai à América, saber a posição do "Yes we can", em caso de o Poder cair na rua em Portugal

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Comprimidos do Professor Lobo Antunes fazem Cavaco Silva voltar ao "pelotão da frente", ao "oásis", e ao "raramente tenho dúvidas e nunca me engano"

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O fim da humanidade, através da hepatite

A humanidade pode acabar a qualquer momento. Por culpa da hepatite. A hepatite A é confundida com outras viroses e as hepatites B e C são assintomáticas. Uma pandemia global de hepatites, inclusive alguma não indentificada [D, E, F, G...] e adeus, humanidade. Vai ser bom para o planeta.
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. bangkok .

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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Desemprego júnior, ou pluriemprego senior?

Imagem do Kaos




Há muito tempo que é claro, para toda a gente, que o ministro Miguel Relvas já devia estar preso, aliás, eu até vou recuar um pouco, e refazer a frase: é claro, para toda a gente, que Miguel Relvas, antes de ter tomado posse como ministro, já deveria estar, há muito, preso. A segunda evidência é menos evidente, porque deriva diretamente da pergunta, "então se deviam estar há muito presos, por que vão para ministros?...", e aqui entramos num nível pré tautológico, que se resume na seguinte frase: como ninguém, no seu estado mínimo de decência, ingressa, hoje em dia, naquela plataforma de desclassificação a que se chama "Política", todos para lá vão, atrás de uma compreensível avidez, que é a da imunidade, que o estatuto lhes garante, e é, em política, o equivalente àqueles padres nossos e avés marias que se têm de rezar, em caso de penitências graves, e os casos sucedem-se: Portas não é ministro, por decência, mas tão só porque sabe que, de um dia ou outro, apesar de não ter sido ele a empochar o dinheiro dos submarinos, mas Durão Barroso, que já devia estar preso há muito tempo, sempre que o queiram encurralar, lhe podem desenterrar o Processo do Parque, para o manter calado, já que ele dirigiu a "troupe", que, nas gloriosas eras do "Independente", fez cair o primeiro Cavaquistão.

Chegados que estamos ao segundo Cavaquistão, cuja cabeça de lista, Cavaco Silva, já devia estar presa há muito tempo, mas não está, para andar num penoso arrastar por Belém, é natural que todos estejam entalados pelo rabo, uns mais literal, outros, mais metaforicamente, do que os primeiros, como "Nosferata" Nobre Guedes, que já devia estar presa há muito tempo, mas não está, porque o seu ex cônjuge integra o atual governo, para não "ir dentro", por causa do Processo dos Submarinos, cujo dinheiro Durão Barroso, que já devia estar preso há muito tempo, empochou, enquanto ele ficava com a fama, como com a do disparate da Catherine Deneuve, que era o Ministro da Saúde de Durão Barroso, que já devia estar preso há muito tempo, mas não está, e é, por essas e por outras, que os cadastrados vão emergindo, em lugares cada vez mais altos, e com um perfil cada vez mais inimputável, como Leonor Beleza, que já devia ter sido presa há muito tempo, ou Lurdes Rodrigues, que só agora se tornou claro que já devia estar presa há muito tempo, ou o exilado de Paris, cujas faces ocultas já o deveriam ter mandado preso há muito tempo, ou o Dias Loureiro, que, apesar de já dever estar preso há muito tempo, ainda conseguiu ir a Conselheiro de Estado, por ordem do Vacão de Boliqueime, que já devia ter nascido duas vezes, ou já estar preso há muito tempo, desde a época em que o Duarte Lima, que já devia estar preso há muito tempo, lhe dirigia as bancadas parlamentares das maiorias absolutas que destruíram Portugal -- e, aqui, faço uma pausa, para respirarem... -- que, finalmente, mas só de fora -- os Brasileiros -- vão conseguir condenar quem já devia estar preso há muito tempo.

Miguel Relvas, um fácies típico dos gangs de Chicago dos anos 20, com um olhar permanentemente alucinado pelo ódio e pela "vendetta", coisa que, como é voz corrente, desde os célebres jantares dos grupos de benemerência que compravam empresas falidas e, depois, as não pagavam, facto que já o deveria ter posto preso, há muito tempo, Miguel Relvas, um rosto de Lombroso, foi encarregado por aquele desgraçado de Massamá, que já devia ter sido avisado, há muito tempo, da escória que o rodeia, foi encarregado, dizia eu, de organizar uma merdunça qualquer, com um daqueles nomes cheios de esperança, tipo, Jornadas para o Enterro da Juventude, com a promessa de que ia solucionar ter a geração mais qualificada, de sempre, desta vergonha de país, estar quase toda desempregada..., a empregada, quando toda a gente sabe que colocar um assunto desses nas mãos de um gajo que já devia estar preso há muito tempo, é idêntico ao Hugo Marçal, que nasceu do chão, quando se tratou de arranjar um "advogado" para defender os acusados do "Casa Pia", coisa escusada, já que, como no caso do Rui Pedro, nunca nada aconteceu, só uns boatos e rumores de adolescentes, com o esfíncter anal todo rebentado, ou de pretinhos, que ainda hoje relembram, com um doce sorriso, as bocas sapudas de Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, que os mamavam, embora fosse tudo mentira, porque Portugal é como Bollywood: para os papéis difíceis, há sempre sósias e duplos, que alombam com as duras tarefas, e, se Carlos Cruz fosse pedófilo, também o Carlos Mota o era, e se Carlos Mota fosse pedófilo, também o Eurico de Melo e o Jaime Gama o seriam, e, como não o podem ser, o Afonso Dias ficou inocente, por mais chiliques que a Dona Filomena tenha, que ainda não percebeu que os advogados, apesar de serem como o dinheiro, e não deverem ter cheiro, por vezes, devido aos pântanos que frequentam, às vezes ganham-lhes o fedor, como esse Ricardo Sá Fernandes, da estirpe dos zés que não faziam falta nenhuma, mas estão sempre na linha da frente do branqueamento, uma espécie de sanitários móveis, que fazem, de vara em vara, o mesmo papel de lixiviamento, desempenhado pelo tristemente célebre Tribunal da Relação.

O assunto, todavia, não é este, já que comecei com o Miguel Relvas, que já devia estar preso há muito tempo, mas não está, e foi encarregado de entreter uma geração à rasca, que precisa de ser entretida, não lhe vá passar um solavanco de antónio arroio pelos cornos, e o arrede do Governo, antes de ele fazer os fretes todos que anda a fazer a Angola, para onde quer que enigrem, e depressa, que a legislatura é curta, as gerações motoras do País.

Acontece que o desemprego jovem é uma ficção, já que não existe enquanto tal, mas apenas como derivado de um status quo bem mais enraízado, que é o do pluriemprego senior.

Eu sei que estão a pensar no desgraçado do Catroga, que tem de andar a viver de pintelhos, e que, de cada vez que se quer reformar, é empurrado para um conselho qualquer, uma comissão, ou coisa afim, onde vai ganhar muitas dezenas de salários de jovens que nada deles verão, e continuará a ocupar, como uma sombra, os espaços que deveriam, há muito, se os tivessem prendido a tempo, estar hoje a ser moldados pelas gerações mais qualificadas.
Também não falo do Sr. Aníbal, porque as suas célebres reformas estão ao nível de miserabilismo mental que sempre incarnou: a pobreza de um gasolineiro, que juntou alguns tostões, e agora é vexado, por um país inteiro que se remorde na inveja e cobiça dos bens alheios. Por acaso, apetece-me falar da situação de um só, um só, sim, mas há muitos mais como ele, gente boa, que acumula por acumular, como um tal de Paulo Teixeira Pinto, de que já devem ter ouvido falar, que arruinou o Millennium-BCP, à sombra da "Obra", um gang de criminosos ajoelhados, que se intitula Opus Dei, e que começou logo bem, como poderão ver na "Wikipédia", porque andou a fazer o mesmo curso, de Direito, em dois lugares, ao mesmo tempo (!) -- chama-se válvula de segurança, sinal de que alguém ficou sem vaga pelo meio... -- para depois ocupar o lugar de dois professores, simultaneamente, nas duas universidade... Já então a "Obra" achava que era pouco, e elevou-o ao lugar de Secretário geral da Universidade Livre de Lisboa, certamente, não por pertencer à Opus Dei, mas por ser o mais habilitado para cavalgar tudo e todos. A partir de aí, nunca mais parou: entre advogado e consultor jurídico, foi acumulando com as maiorias absolutas de Cavaco Silva -- um gajo que arruinou Portugal, e que deveria estar preso, desde que foi primeiro ministro, durante dez anos de política de terra queimada, em que destruiu agricultura, pescas, siderurgia, indústria do têxtil e do vidro, e tornou Portugal num casebre de importações e amigalhaços da função pública, ao som de la ferias e de violinos de chopin -- lugares de secretário e porta voz do crime de um governo gerido, na sombra, pelas vinganças da "Obra". A "Obra", como se sabe, vive de vampirismo bancário, e o Sr. Aníbal, que devia estar preso, libertou então os balcões nacionalizados, para que emergisse essa maravilha peninsular, chamada Banco Comercial Português, um antro do crime organizado, com Jardim Gonçalves, que já devia estar preso há muitos anos, e que ele, no meio de muitas acumulações, frequentou. Como nestes camarotes de filhos da puta há sempre uns que são mais filhos da puta do que outros, e nenhum conseguiu que o outro fosse imediatamente preso, enredaram-se no canibalismo, e o Teixeira Pinto, uma alma boa, cheia de poesia, virou-se para as "literaturas", assestando o extraordinário património, já então extorquido, para acumular a "Ática", a "Guimarães" (que publica os cagalhões da Agustina), desbundar para a "Babel", cavalgando para a Presidência dos Editores e Livreiros, sempre em acumulações, porque a besta é acima de todas as potencialidades de 10 000 000 de ignorantes. O resto, eu vou copiar literalmente da "Wikipédia", para que os desempregados júniores percebam o que pode gerar o eucaliptismo sénior de um gajo que já devia estar preso há muito: "Presidente do Conselho Fiscal do Novafórum e da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, e vice-presidente da Assembleia-Geral do TagusPark, membro do Conselho Geral do Grupo Lena, consultor jurídico na Abreu Advogados, membro do Conselho de Orientação Estratégica da Universidade Católica Portuguesa e dos Conselhos Consultivos da Universidade de Lisboa e do Plano Tecnológico.

Apoiante da Monarquia, integra o Conselho Privado de D. Duarte Pio de Bragança e preside à Causa Real. Anteriormente foi também presidente Assembleia-Geral da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

Publicou livros de âmbito jurídico (Do Direito ao Império em D. Sebastião, em 1985, e Compêndio de Direito Económico e Financeiro, como co-autor, em 1991), de índole política (Um dever chamado futuro, em 2001, e Querer Crer, em 2002), e um livro de poesia (LXXXI - Poema Teorema, em 2008[1]). É comendador da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém. É defensor da liberalização das drogas", única coisa que deve ter em comum com a Geração à Rasca, já que, no restante, com um perfil destes, é um dos cabecilhas da acumulação de cargos e empregos, e da destruição do lugar para os outros, e dos mais esperançosos horizontes de fileiras, atrás de fileiras, de gente que quereria ter podido fazer alguma coisa, nesta terra, sem "ter de emigrar", mas não pode, porque o país está cheio de casos como o atrás descrito, e deste até devemos ter pena, porque foi reformado (!) milionariamente, por estar com Parkinson (!)
Não queria acabar este longo texto sem uma nota positiva: nem todos os que vão para ministros deviam estar presos. Há aqueles, como Vítor Gaspar, que, depois de décadas de andarem a ensinar modelos monetaristas falhados, a alunos que se riem de tais disparates, resolvem levar o país inteiro a exame, para chumbar, e ter de repetir 900 anos de curso. Melhor ainda, há aqueles palhaços que precisam de público, que não teriam noutras circunstâncias, como o anormal da "Economia", a quem encarregaram de arranjar trabalho para os "filhos de alguém", já que os "tachos" das crias também estavam a começar a ser afetados pelo endemismo do desemprego dos licenciados, pondo-os a ser "gestores de carreira de desempregados" (!), que é o mesmo que dar lições de natação, no Deserto do Sahara, com a diferença de que o instrutor recebe, para ensinar a nadar, onde não há água, e o instruído fica a olhar para a linha do horizonte, a tentar ver miragens de navios, até morrer, e ser despejado numa viela escura de um parque de Bruxelas.
De facto, e terminando com o humor, esta gente devia estar, há muito, presa, mas o que agora me inquieta é que me dá ideia de que já passámos essa linha da justiça justiçada pelas mãos da Justiça normal, e que entrámos naquele limite da justiça feita pelas próprias mãos.
O leitor, por exemplo, que teve paciência de chegar aqui, não se está a ver a pôr mais 300 000 000 € nas mãos do banco do Dias Loureiro, que já devia estar há muito preso, para ele passar para as mãos do Mira Amaral, que já devia estar, há muito, fuzilado?... Eu, por acaso, já decidi que não vou pôr, nem deixar que isso suceda, nem me apetece ser súbdito da Isabel dos Santos. Por tudo isso, só tenho uma pequena dúvida, de caráter histórico: o Sidónio foi, no seu tempo, resolvido como foi, mas como irá agora alguém tratar, cem anos passados, não do Sidónio, mas do nosso miserável Possidónio?...
(Trio do "aux armes citoyens", no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", e em "The Braganza Mothers")  

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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"The Braganza Mothers", no dia em que se torna cada vez mais claro que Cavaco Silva já entrou em fase terminal

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Isabel dos Santos: a angústia da mulata, antes de estrangular Portugal



Via email:

"Nos próximos dias, a procuradora italiana Livia Locci, do Tribunal de Turim, na Itália, deverá decidir sobre o mérito de uma queixa apresentada pela primogénita do Presidente angolano, Isabel dos Santos, por difamação contra três jornalistas italianos.

Na sua qualidade de cidadã, Isabel dos Santos goza e deve fazer uso, o tempo todo, do direito universal à honra e ao bom nome onde quer que esteja ou se sinta injuriada. Esse direito também cabe a todos os cidadãos angolanos que, por força das circunstâncias, são governados pelo seu pai há 32 anos.

O presente texto aborda tão somente os argumentos apresentados por Isabel dos Santos, à justiça italiana, que dizem respeito aos cidadão angolanos e podem ser lesivos para o país e para a honra dos angolanos.

Os Factos

A 15 de Julho de 2007, o jornal italiano La Stampa publicou uma investigação da jornalista Giulia Vola, com o título La Dea Nera degli Intrighe (A Deusa Negra da Intriga) em que refere Isabel dos Santos como administradora de um grande império de negócios, incluindo petróleos, diamantes e banca. Para a jornalista, o património sob gestão de Isabel dos Santos, resulta de actos de corrupção e favoritismo devidos ao facto do seu pai, José Eduardo dos Santos, ser Presidente de Angola. A jornalista, a certo ponto, alega que a queixosa é testa de ferro dos negócios do próprio Presidente, um homem conhecido pela sua falta de capacidade em distinguir entre o bem público e o interesse privado. O seu artigo também faz referência ao suposto conluio entre a classe política e militar angolana e figuras internacionais de reputação duvidosa, entre as quais o mafioso siciliano Victor Palazzolo, um prófugo da justiça italiana. Segundo o jornal, os negócios de Victor Palazzolo, que também usa o nome de Robert Von Palace-Kobaltschenko, ter-se-ão cruzado também com os de Isabel e de generais-empresários, entre outros, no sector dos diamantes.

Ofendida, a 2 de Outubro de 2007, Isabel dos Santos compareceu no consulado italiano, em Luanda, para formalmente apresentar queixa contra a jornalista Giulia Vola, o director do jornal La Stampa, Giulio Anselmi, e o director da Wall Street Italia, Luca Ciarrocca, que também publicou o artigo.

A queixosa apresenta, a seu favor, vários argumentos, alguns dos quais são ora reproduzidos pela sua importância para a opinião pública nacional:

• Sobre a denúncia de ser administradora de um império: “Eu sou a filha do Presidente José Eduardo dos Santos e não administro qualquer património e muito menos um “império” financeiro do Presidente, ‘império’ que simplesmente não existe.

• Sobre a afirmação contida no texto, segundo a qual o seu pai é um ditador: “O meu pai não é um “ditador” (…), mas como é universalmente reconhecido, por um lado, Angola é uma república parlamentar e, por outro, o meu pai José Eduardo dos Santos é o Presidente legitimamente eleito em 1979 e em 1992; em particular, é durante a presidência do meu pai que Angola se transformou numa democracia multipartidária.”

• E, finalmente afirma: “Não é verdade que a subscritora se tem ocupado do petróleo e ’com a supervisão do seu pai’ e que ‘dos cofres do estado desaparecem milhões de dólares que deveriam ter sido usados para “alimentos, medicina e infraestruturas.’: na realidade, em Angola, o comércio do petróleo tem passado por procedimentos públicos, transparentes e controlados, sem qualquer envolvimento directo do Presidente da República e muito menos da subscritora.”

As Mentiras

Sobre os argumentos apresentados em sua defesa, Isabel dos Santos envolve também a honra do país, ao afirmar que o texto “tem um conteúdo altamente difamatório e lesivo à minha honra e à minha reputação, assim como para a reputação da minha família e da instituição Angola.” Por essa razão, a sua queixa é extensiva à honra dos angolanos, que também procura defender contra falsidades.

No entanto, as afirmações de Isabel dos Santos, sob juramento da verdade, merecem algumas respostas sob pena da sociedade angolana parecer abandonada à falsidade dos seus dirigentes e dos seus filhos.

1) Taxativamente a queixosa afirma ser apenas “a filha do Presidente” e de não exercer administração de qualquer património.

a) Na reunião da Assembleia-Geral da UNITEL, a 4 de Fevereiro de 2006, Isabel dos Santos foi reconduzida ao cargo de administradora da principal operadora de telefonia celular. A UNITEL é uma empresa privada de capitais mistos, com a participação do Estado, que detêm 25 porcento das quotas através da Sonangol. Até à presente data, Isabel dos Santos mantém-se como administradora da empresa. Dirigiu a reunião o presidente da Assembleia-Geral da UNITEL, General Leopoldino Fragoso do Nascimento, que na altura era o chefe de Comunicações do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. O General mantém-se como presidente da Assembleia-Geral da UNITEL, é consultor principal da Casa Militar do Presidente da República e, até recentemente, tinha como Presidente do Conselho (PCA) de Administração da UNITEL, o ex-PCA da Sonangol e actual ministro da Coordenação Económica, Manuel Vicente.

Como foi Isabel dos Santos parar ao Conselho de Administração da UNITEL e onde encontrou capital para ser accionista de uma das principais empresas privadas angolanas? A resposta a esta questão certamente poderá ajudar a filha do Chefe do Estado a limpar o seu nome com brio.

b) Desde 2005, Isabel dos Santos é administradora do Banco Bic, no qual detém 25 porcento do capital social, conforme documentos legais datados de 7 de Junho de 2006. O seu nome tem constado regularmente no portal do banco e noutros documentos da empresa, na sua qualidade de administradora.

c) A associação de Isabel dos Santos ao negócio dos diamantes, em Angola, é bem conhecida. Em parceria com a sua mãe, Tatiana Cergueevna Regan, Isabel dos Santos constitui a 2 de Abril de 1997, em Gibraltar, a empresa Tais Limited, na qual detinha 75 porcento das acções, cabendo o resto à sua mãe. Por sua vez, a 11 de Outubro de 1999, o governo angolano, chefiado pelo seu pai, promulgou um acordo com a sua empresa, a Trans Africa Investment Services (Tais), o Group Goldeberg e Leviev Wellox, para a criação de uma empresa mista de comercialização de diamantes, a Angola Selling Corporation (Ascorp), (Conselho de Ministros (2003:1438-9); a 5 de Outubro de 2004, Isabel dos Santos transferiu a totalidade das suas acções para o nome da mãe e, por essa altura, a Tais já havia mudado de denominação para Iaxonh). A aprovação do consórcio revelou conflito de interesses, nepotismo e indícios de crime de suborno “passível de destituição do cargo” (Art. 127º, 1, 2 da Constituição). Para mais informações sobre a participação de Isabel dos Santos na Ascorp e as implicações legais, consulte: Marques, Rafael, Diamantes de Sangue, Tinta-da-China: Lisboa, 2011:32-3.

d) O sector dos petróleos em Angola tem sido o mais opaco e o mais controlado pelo Presidente da República, para serviço dos seus desígnios pessoais. A aprovação final de qualquer contrato petrolífero, por concurso público ou não, cabe sempre ao Presidente da República. O Decreto n.º 48/06, do Conselho de Ministros, sobre os Procedimentos de Concursos Públicos no Sector dos Petróleos, estabelece que a aprovação final dos concursos públicos cabe ao Governo, ou seja exclusivamente ao Presidente da República, como chefe do Executivo (Art. 14º, c). Como exemplo, um ano antes de Isabel dos Santos ter apresentado queixa, o seu pai promulgou, a 27 de Outubro de 2006, a autorização conferida à Sonangol para associar-se, entre outras empresas, à Prodoil, para a realização de operações petrolíferas no Bloco 1/06 (Decreto n.º 82/06). A Prodoil é uma empresa criada a 9 de Novembro de 2001 pela Marsanto, e com participação simbólica da Prodiaman e Arlindo Fernando da Costa. A Marsanto é uma empresa criada a 17 de Dezembro de 1996, pelos sobrinhos do Presidente Edson dos Santos Sousa e Esmeralda dos Santos Sousa, filhos da sua irmã Marta dos Santos, assim como o consorte desta José Pacavira Narciso. Por sua vez, este cunhado de José Eduardo dos Santos é o PCA da Prodoil desde 2001.

Na realidade, não é possível em breve resposta demonstrar, como ao longo do seu consulado de 32 anos, quer por intervenção directa quer indirecta, José Eduardo dos Santos tem usado as suas funções para construir um império incalculável de negócios para a sua família.

Sobre o regime político em vigor em Angola, as declarações de Isabel dos Santos colidem com a verdade e reflectem o contrário da vontade do povo angolano sobre a eleição do Presidente da República.

2) De 1992 a 2010, vigorou, no país, um sistema de governo semi-presidencial, consagrado na Lei Constitucional. É simplesmente falsa a afirmação de Isabel dos Santos sobre a existência de um sistema de governo parlamentar em Angola por altura da apresentação da sua queixa.

a) José Eduardo dos Santos nunca foi eleito Presidente da República, muito menos com legitimidade democrática. A Lei 71/76 de 11 de Novembro, de Alteração à Lei Constitucional estabelecia que “em caso de morte, renúncia ou impedimento permanente do Presidente da República, o Comité Central designará de entre os seus membros quem exerça provisoriamente o cargo de Presidente da República” (Art. 33º). Vigorava o sistema de partido único em que o MPLA se auto-legitimava como o único representante do povo angolano (Art. 2º da Lei Constitucional de 1975). Por sua vez, em 1992, o candidato José Eduardo dos Santos viu-se obrigado a disputar a segunda volta das eleições presidenciais com Jonas Savimbi, por falta de votos suficientes para ser declarado Presidente na primeira ronda eleitoral. A segunda volta nunca se realizou. Sobre o assunto, o pai de Isabel dos Santos pediu um parecer ao Tribunal Supremo que, por sua vez declarou, em Acórdão (Processo 12 Constitucional) de 22 de Julho de 2005:

“Não houve finalização da eleição presidencial e por isso não houve tomada de posse. Logo, não são de contar mandatos Presidenciais, porquanto não os houve. O que há é a continuação do mandato do Presidente da República fixado pelo artigo 5.º da Lei n.º 23/92. Deste modo, nada impede também que o Presidente da República, em exercício de funções, se candidate ao próximo pleito eleitoral.”

Logo, é falsa a afirmação de que alguma vez José Eduardo dos Santos foi legitimamente eleito Presidente da República de Angola. Um indivíduo que não tem mandato legítimo e se impõe contra a vontade de todo um povo é um ditador, por mais habilidoso que seja.

No que toca à contradição e à mentira, bem se pode dizer tal pai, tal filha."
Para confirmar aqui



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