domingo, 6 de janeiro de 2013

os reis

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Sem a pressa dos caminhos, perderam-se em astros planetas nebulosas satélites asteróides e luas.
A estrela era um brilho permanente na pupila dos seus olhos e tantos foram os poemas que lhes desenharam na palma da mão a linha da vida do amor e da morte, descontando tudo isso eram reis e sempre seriam.
O fino pescoço da princesa, pulsos de caule frágil, cílios de canavial à beira da água, oscilou ou tremeu ou soluçou desfeito o equívoco dos tempos e ela disse, perdoem-me a tristeza dos dias.
E pegou nos picos mais altos das montanhas, no cume das cordilheiras, recortou-os com uma tesoura de esfoliar desejos e refez-lhes as perdidas coroas.
A terra era um amontoado de detritos humanos e os meninos choravam ao colo dos lobos mansos que lhes lambiam as feridas.
Quando a manhã chegou aceitaram a beleza e a inevitabilidade da luz, crentes no maravilhoso. 

 
 

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