Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Sem a pressa dos caminhos, perderam-se em astros planetas
nebulosas satélites asteróides e luas.
A estrela era um brilho permanente na pupila dos seus
olhos e tantos foram os poemas que lhes desenharam na palma da mão a linha da
vida do amor e da morte, descontando tudo isso eram reis e sempre seriam.
O fino pescoço da princesa, pulsos de caule frágil, cílios
de canavial à beira da água, oscilou ou tremeu ou soluçou desfeito o equívoco
dos tempos e ela disse, perdoem-me a tristeza dos dias.
E pegou nos picos mais altos das montanhas, no cume das
cordilheiras, recortou-os com uma tesoura de esfoliar desejos e refez-lhes as
perdidas coroas.
A terra era um amontoado de detritos humanos e os meninos
choravam ao colo dos lobos mansos que lhes lambiam as feridas.
Quando a manhã chegou aceitaram a beleza e a
inevitabilidade da luz, crentes no maravilhoso.