Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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É com profundo pesar que recebo a notícia da demissão de Miguel Relvas, por razões que são simples, e estão muito limitadas pelo meu inconsolável romantismo: ao contrário das figuras pardas que enformam a comissão de gestão angolana, que rege o enclave de Cabinda Norte (Portugal), e que não me conseguem despertar o menor sorriso, caso do facínora Carlos Moedas, do boca torta do Miguel Macedo ou do sinistro Nuno Crato, o Relvas era uma anedota, e uma referência.
Num país sem humor, haver um palhaço de que nos pudéssemos rir diariamente, era saudável, ao contrário da sensação que nos percorre, de cada vez que o Gaspar vem comunicar, com voz de boneco de corda, as últimas diretivas da seita para que trabalha, a Goldman Sachs, destinadas a mergulhar os níveis de vida dos nossos concidadãos em padrões piores do que os do Salazarismo.
É péssimo que a licenciatura de Relvas venha a ser anulada, porque isso vai pôr em causa o Reitor da Lusófona, Fernando Santos, corrido da FCT da UNL por uma longuíssima série de semestres de faltas -- tal o "Professor" Cavaco, quando o escroque João de Deus Pinheiro o salvou do processo disciplinar que tinha no lombo, na Nova -- e, é isso que me toca ainda mais profundamente, pode vir a pôr em causa as provas de agregação de equivalências por orgasmos, das Vice Reitora, Clara Pinto-Correia, conhecida pela sua ascensão horizontal, ao contrário de Cristo, que subiu aos Céus, de pé, e de braços abertos.
Desde Aristóteles que estas coisas se chamam "catarse", ou seja, uma forma engenhosa de descomprimir panelas de pressão forçadas muito para além das resistências das suas paredes, só que, como os tempos mudaram, e estávamos, e estamos, em riscos de uma intervenção militar, para recompor a ordem constitucional, esta pequenina catarse não vai servir de nada, porque os seus verdadeiros motivos são nulos: o Relvas sair, ou não sair, é totalmente indiferente, porque, de facto, já não estava lá, o que estava lá era um governo de tal forma decomposto e desacreditado que até permitia ter Relvas no seu seio. Muito mais me preocupam os dividendos que Nuno Crato, uma sinistra figura pós (?) maoísta, com licenciatura típica, possa vir a tirar deste enxovalho público, do seu colega, já que um Nuno Crato, fortalecido pelo linchamento do idiota Relvas, pode ser prejudicial para o país inteiro, posto que o Relvas ter licenciatura, ou não, era-me totalmente indiferente. Já não me é indiferente o destino que o pernicioso Crato tenha para multidões de licenciados deste país, e para jovens em busca de formação, meramente regido por critério de economicismo, que, na lógica de Bilderberg, nos querem voltar a fazer afundar numa nova Idade Média.
Numa frase, tudo o que fortaleça o Crato é muito mau para Portugal.
O resto ameaça ser pior, porque a tal ideia da "remodelação", que se pressupunha vir depois do chumbo do Constitucional, mas que, ao ter começado hoje, deixa pouco espaço para remodelações maiores, tirados os rumores da Opus Dei, através de Paulo Macedo, se ir deslocar da Saúde para a Economia, de onde sairá a anomalia Santos Pereira, e outras baixaria afins. Ou seja, uma vez chumbadas as contas no Constitucional, as tais contas que evitaram pegar o touro pelos cornos, esse touro, que se chama encarar o BPN, os "offshores" e as parcerias público privadas, que deveriam já, há muito, ter conduzido à prisão de Aníbal de Boliqueime e de muitos dos facínoras políticos que estiveram em campo, nas últimas décadas, pouco fica para fazer, exceto o essencial.
Mais sucintamente, se fosse séria, essa tal remodelação deveria incluir Cavaco Silva, Passos Coelho e afins, ou seja, limpar o Regime, e isso, obviamente, só à força, não com paninhos quentes: tudo o resto é andar a entreter os ingénuos.
Não vamos assistir a nada disto: como o Professor Marcelo, o oráculo das banalidades, já anunciou, parece que querem ir buscar o cadáver do Fernando Nogueira, enfiado até ao pescoço nos interesses de Angola, para substituir o Relvas. Em linguagem cinematográfica, vão trocar um canastrão por outro, mantendo o enredo do filme sem qualquer alteração.
Nisto tudo, uma palavra de carinho para Paulo Portas, que Laura "Bouche", através dos oráculos da "Sheila", já antevê no Palácio de Belém. Terá uma vantagem: pela primeira vez, na História de Portugal, não vamos ter de gramar com a galeria de aberrações da "Primeira Dama", e talvez tenhamos acesso a paisagens renovada de escort-boys, ou atletas em pelota.
Outras remodelações, mais modestas, valem-se de truques velhos como o Mundo, como o célebre "golpe da barriga". Quem se atreverá, no meio da ruína da Agricultura, a pôr na rua a prenhe Assunção Cristas, que, depois de cuspir cá para fora o seu pequeno neanderthal, ainda terá direito a licença pós parto, e seis meses de repouso pagos, como mérito de ter despejado para o Mundo mais um foco de poluição humana?... Com um pouco de sorte, continuará Ministra, depois de todo o Governo ter caído.
Ah, o filho vai-se chamar Coreia Cristas, em honra da guerra próxima.
(Quarteto ad majorem angola gloriam, no empancado "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")
Cheira a podre por todo o lado
Portugal inteiro está lavado em lágrimas :-)