e de repente já não somos da mesma natureza
nem do complexo da Criação nem da essência dos seres
talvez sejamos gesso de presa ou pássaros de sépia e cal
consolidados na grafia de uma exímia dureza
sofridos e banidos despidos de haveres
abreviados na índole e no corpo um ajuntamento de deveres
procedentes de uma rebeldia que sendo teimosia não resiste ilesa
de tudo o que fomos hoje somos atos e desacatos átonos
na tonia proclítica que precede a metáfora
e subentende a fatalidade em peça
Deus Ser dos Seres preveniu na Sua mestria
que o escopo um dia como desígnio chegaria
quem sabe para que não aconteça
quem sabe
nós aqui a gostar deste poema seu
Quem sabe, só cheguei agora do Conde Redondo, uns trabalham de dia, outros de noite, pensei que a Manuela tinha virado traveca, graças à Santa era o Paulo mesmo :-)
Bem vindos são sempre os grandes poemas, que as grandes fotografias evocam e inspiram :-)