domingo, 9 de junho de 2013

. pássaros de gesso .




e de repente já não somos da mesma natureza
nem do complexo da Criação nem da essência dos seres
talvez sejamos gesso de presa ou pássaros de sépia e cal
consolidados na grafia de uma exímia dureza
sofridos e banidos despidos de haveres
abreviados na índole e no corpo um ajuntamento de deveres
procedentes de uma rebeldia que sendo teimosia não resiste ilesa
de tudo o que fomos hoje somos atos e desacatos átonos
na tonia proclítica que precede a metáfora
e subentende a fatalidade em peça
Deus Ser dos Seres preveniu na Sua mestria
que o escopo um dia como desígnio chegaria
quem sabe para que não aconteça

3 Responses so far.

  1. quem sabe

    nós aqui a gostar deste poema seu

  2. Unknown says:

    Quem sabe, só cheguei agora do Conde Redondo, uns trabalham de dia, outros de noite, pensei que a Manuela tinha virado traveca, graças à Santa era o Paulo mesmo :-)

  3. Bem vindos são sempre os grandes poemas, que as grandes fotografias evocam e inspiram :-)

 
 

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