sexta-feira, 9 de agosto de 2013

História escatológica de um governo que se tinha borrado todo, pelas pernas abaixo, na forma de "swaps" e "bloggers" de merda (Em homenagem ao nonagésimo aniversário do nascimento de Mário Cesariny de Vasconcellos)


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do Kaos, e dedicado a um dos "nòbeles" portugueses, Mário Cesariny de Vasconcellos, que hoje faria 90 anos, e à grande pintora e poetisa, Manuela BaPtista, que me relembrou a data




Uma das mais célebres "horizontales" portuguesas, Clara Ferreira Alves, escreveu, faz uns anitos, um texto, miserável, irado e ressentido, no qual definia Blogues e Blogosfera, e venho aqui recordá-lo: "A blogosfera é um saco de gatos que mistura o óptimo com o rasca e acabou por tornar-se um prolongamento do magistério da opinião nos jornais. Num qualquer blogger existe e vegeta um colunista ambicioso ou desempregado ou um mero espírito ocioso e rancoroso. Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, agora publicam-se as ejaculações. Mas, sem querer estar aqui a analisar a blogosfera e as suas implicações, nem a evidente vantagem dessa existência e da qualidade e liberdade que revela por vezes, destituindo do seu posto informativo os jornais e televisões aprisionados em formatos e vícios, o resíduo principal de tudo isto é que os jornais mudaram, e muito, e mudaram muito rapidamente. Parafraseando Pessoa na hora da morte, We know not what tomorrow will bring".

Para quem me conhece, e acho que me conhecem suficientemente bem, imediatamente dei uma resposta à "horizontale", não lhe chamando "horizontale", o que seria redundante, e Vasco Pulido Valente já tinha feito, muito mais sinteticamente, no seu clássico retrato da caricatura "jornalística": "Clara Ferreira Alves, uma Santanete".

Como a boa educação me o não permitia, e porque ela adoraria, não a mandei para o caralho, mas pu-la em órbita nos arredores do mesmo, já que Sartre, ou Camus, já não me lembro, definia o Inferno como um lugar onde ficávamos, com eles bem à mão de semear, confinados à impossibilidade de satisfazer todos os desejos que tínhamos tido, durante a vida. Foi assim que tratei a "horizontale", ("A Rainha da Sucata") numa recolha de textos que já esqueci.

Acontece que, como diz a voz do povo, "com o tempo, todas se tornam sérias", e a verdade é que, relido 7 anos depois, começo a perceber que a "horizontale" tinha toda a razão. A Blogosfera está cheia de gatos, sim, e de vários outros tipos de animais, abutres, corvos, milhafres, hienas, bonobos, olinguitos, piolhos, ratos, baratas, escolopendras e é um autêntico jardim zoológico, no qual ela não se insere, porque o blogue continua a ser grátis, e ela continua a preferir o seu, certinho, ao fim do mês, para fazer os fretes ao cocainómano de Bilbelberg, Balsemão, um dos rostos da destruição de Portugal, de quem ela é uma simples mulheres a dias, fraquinha, e vagamente letrada.

Também é claro que em cada blogger "existe e vegeta um colunista ambicioso ou desempregado ou um mero espírito ocioso e rancoroso", só à espera de ocasião, para se tornar em vice presidente da bancada do PSD, como aquele gordo, do "Blasfémias", ou em Secretário de Estado, como aquele Pedro Lomba, que parece um marsupilami, ou um lémure, em vias de extinção, de Madagáscar. Sobre o "onanismo literário" destes seres, abstenho-me de tecer considerações, porque estão senhoras -- que ainda as há, a ler-me --, portanto vamos imaginar que o Lomba, o Poiares e o Gordo do "Blasfémias" não batiam pívias, mas se limitavam, como muito bem escreveu a "horizontale", a escrever "maus versos para a gaveta", para evitarem "ejaculações" públicas.

De facto, a mulher era extraordinária, no seu visionarismo, e parecia um autêntico Darwin, já a escrever sobre a Evolução da Blogesfera. Esqueceu-se de dizer que não era uma evolução, mas uma involução, com algumas mutações de pormenor, como a do Lomba ser vesgo para dentro, depois de uma ou duas gerações em que eles eram vesgos para fora, como o Medeiros Ferreira. Para mim, que não sou politólogo, desconheço se ser vesgo para dentro ou vesgo para fora tem consequências políticas, mas deverá certamente estar associado com a breve inversão da polaridade magnética do Sol.

A verdade é que isto tudo já nos pôs todos a ver o solzinho a dançar, e a dança do solzinho é, em pleno séc. XXI, uma espécie de dança da chuva, em que os interesses mafiosos que regem Portugal estão a conseguir fazer com que chova todos os dias, verão incluído.

Para o português de Lineu, onde, no Algarve estão as melhores praias do Mundo, e o Rio Minho é o rio mais rico do Universo, e o Queijo da Serra não tem par na Orbe inteira, o Porto é o melhor destino turístico do ano (!), e a Joana "Vasconcellos" é uma revolucionária, única, e inimitável, que nunca soube que já existia, pelo Mundo inteiro, a "Recycled Art", muito antes das suas bostadas, a Crise só veio aprofundar o nosso atávico autismo, aquele "venha cá para dentro, cada vez mais para dentro, e esqueça que existe o lá fora", que foi o grande sonho de Salazar, agora realizado, durante a fase terminal do II Cavaquismo. Está tudo numa boa, desde que consiga pagar o empréstimo para o filho ir drogar-se com umas gajas, para Paredes de Coura, ou acabar em círculos de masturbação de ecstasy com os amigos, no "Sudoeste", para, no dia seguinte "já não se lembrar de nada, nem das mãos pegajosas, nem das ejaculações suadas dos amigos.

A história dos "swaps" é um entretimento estival, já que se percebe que é como o sarampo: todos os quadrantes políticos o tiveram em meninos, e, mal um cu novo se sentava em São Bento, imediatamente uma romaria de swapeiros, com o andor, os lencinhos brancos e o solzinho dançante, vinha acitibancar-se, amorganar-se, goldmann sexar-se, dar uma barcklaycada, ou renovar uma renovada. Só o Bagão Félix é que "não se lembra", mas, como toda a gente sabe, a memória é como aquilo que o Mega Ferreira tem entre as pernas, não tende para ser longa, e, muito menos inconveniente.

Para mim, que, como é costume, estou a assistir a esta palhaçada de bancada, estou a adorar o Passos Coelho vir a correr, da Manta Rota, ou lá que merda é aquela, onde ele se vai bronzear, de mão dada com a Mãe Negra, que os anos não estão a poupar, e cada vez mais se parece com a SUA Mandela. (Um dia chegará em que a mulher ainda poderá ser acusada de ter desviado um menor, como aquele que foi violado, quando andava a distribuir publicidade, embora não fosse menor, e lhe tivesse sabido bem a piçada: veio de lá com menos panfletos e com o cu a pingar, uma espécie de poia, à poiares maduro, pelo que já soa no meio "gay"...), e o Coelho lá veio do esgoto dos Algarves, para impedir que a paneleira da Portas pusesse na rua a Albuquerque, uma gaja metida nesta merda até ao pescoço, e a quem o Saloio de Boliqueime promoveu, para ser brevemente demitida,em plena VIII e IX Avaliações da Troika, como já indicam todos os sites de apostas da Net, onde a loura frígida é carimbada de datas certas para a queda.

Por mim, que sou mais cínico, aposto que ela já estava demitida no passado, e não no futuro, mas, como se diz, previsões, só depois da demissão.

Voltando à base, isto é muito, mas muito, mau, porque, finalmente, depois de anos de escrita clandestina, em que os bloggers, da "horizontale", praticavam o "onanismo literário", afirmando e reafirmando que, há muito, Portugal não era governado por ninguém, mas por rostos de interesses na Sombra -- como Cândida Almeida, uma amiga do "Sistema", finalmente resolveu verdadear, depois de zangadas as comadres, ao falar do "Freeport" e do BPN, o banco do Cavaco, da Patrícia e de... todos -- os bloggers apropriaram-se da cavidade do Poder. Tudo isto, todavia, não é mais do que um longínquo subúrbio da realidade, e faz-me lembrar a cara daquele tio, ou meio tio, ou pró tio, do Sócrates -- que os tempos tornaram sério (!) -- a virar-se para as televisões e a exclamar, com ar de gozo, "quê!?... offshores!?... Já chegaram aí?...", com aquele tom de voz, de tadinhos, que ingénuos que vós sois, e somos...

Na verdade, nesta fase de coma induzido, Portugal está a ser governados por agentes da CIA e da NSA, como Luís Amado, Rui Machete e o escondidinho Borges, e pelos tais bloggers, talqualmente a "horizontale" os descreveu: onanistas, com ejaculações precoces, e que reduziram o Estado a "posts": todos os dias fazem um post, como a Agustina, antigamente, obrava uma lombada em cada Natal, e, depois, vão-se embora, lombar um pouco, deixando a caixa de comentários aberta, para ver se vem alguma ideia, uma simples ideiazinha, que sirva para governar, q.b., no dia seguinte, e no outro a seguir. Geralmente, vem um qualquer disparate novo, e o Palhaço de Belém assina por baixo, e promulga, para, imediatamente a seguir, vir o Constitucional dizer que vivemos fora da Lei.

Sim, é verdade, estamos a viver completamente à margem da Lei, e creio que esse é o único Programa de Governo atual. Deste, e sendo profeta, atrever-me-ia a dizer que, também do seguinte. 

Ao contrário da "horizontale", que estava naquele estado de etlização de Fernando Pessoa, no Hospital Saint Louis, I know very well what tomorrow will bring...


(Quarteto do Colapso Civilizacional, à espera da guerra civil no Egito, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers" -- em merecida pausa estival)

2 Responses so far.

  1. Arrebenta says:

    É, de facto, inovador, eu diria mesmo, revolucionário, ter um país a ser governado ao ritmo de posts de bloggers vesgos, e com as discussões na especialidade asseguradas em caixas de comentários com moderação, não vá aparecer alguém, como eu, e despejar a verdade toda em cima desta espécie de coma generalizado em que mergulhámos.

    Esse Lomba era já um pontapé no cu, e íamos de pontapé em pontapé no cu, por aí acima, até dar aquele pontapé no cu realmente importante, pelo qual anseio há anos, que é o pontapé no cu no responsável mor deste pântano em que se converteu a velha Nação Portuguesa, o traidor Aníbal Cavaco Silva

  2. Já tínhamos sido governado por tudo o que de pior havia na sociedade portuguesa, já que as pessoas decentes, como se percebeu, há muito se afastaram da Política.
    Em Roma, acabaram por ter cocheiros e gladiadores no Trono; aqui, depois dos bloggers, ainda acabaremos nos DJs.

    Das putas já não falo, porque são uma constante da História, aliás, que seria da História, sem as putas?...

 
 

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