domingo, 8 de setembro de 2013

hydrangea

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Os solos ácidos produzem flores azuis, os solos alcalinos fazem-nas rosa. Os estéreis matam-nas.
Arredondam-se, enormes, invasoras, belas. É agora o tempo da seca, da estiagem e do desencanto que é a ausência de encanto ou a presença do que não esperávamos encontrar.
Gastámos a falácia da aceitação e da conformação e desejaríamos apenas ser fúteis, discutir inutilidades como a unha que se partiu e o verniz é rasca e o cabelo espigou com o sol e o sal.
Ao anoitecer a garrafa esverdeia sombras e as folhas apequenam-se, frisam-se em pergaminho antigo. Gostam das cordas dos violoncelos e de um ligeiro cheiro ácido a limão. A erva-príncipe cresce nos locais frios quem sabe o alecrim do norte, tão a norte que a gente se perca e o calor esmoreça.
As terras estéreis matam-nos. Por isso guardamos a memória dos ventos alísios e acentuamos a presença da noite azul escura das hortências.

3 Responses so far.

  1. .

    .

    . tão . tão . uuuiiinnndddooo . querida nelita . crescida e inteligente .

    .

    .

  2. Unknown says:

    Não fosse eu uma "trabalhadora" da noite, que só sabe ler braguilhas e cujos horizontes são os cintos dos pegadores de touros do Ribatejo, diria que é um lindo poema e um lindo desenho

  3. Quando chegam as primeiras cores do outono, e é tão difícil explicar aos outros que nós já as pressentimos, acentuam-se as cores escuras, esse convite a que comecemos a elevar a nossa luz interna. É o tempo de saltar à corda para o outro hemisfério .-)

 
 

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