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Dedicado ao Semanário "SOL", pela ousadia de me atribuir o
galardão de "Blogue da
Semana"
CD 37 – minuto 5, segundo 12 (Da
série mandada queimar pelo Aventalinho do Orelhas de Bode, do Supremo Tribunal
de Justiça)
Zé - … é
porque eu hoje estou de ressaca. Voltou o meu primo de Shaolin, só conversas de
gajos e de coca, ele foi para lá, pensar que ia aprender aqueles truques todos
do “Matrix”, parece que deslocou duas vértebras, a minha mãe tem estado nas
rezas dela…
Mano – A
tua mãe continua nas cenas do Jeová?...
Zé- Sim, e
isso é uma coisa que me faz sofrer bués, aqui, na vizinhança, quando ela bate à
porta, a anunciar o Fim do Mundo, fazem um grande sorriso, mandam-na entrar,
começa tudo como se já se conhecessem há muito tempo… Perguntam-lhe logo se ela
já sabia que o Fim do Mundo ia ser comigo, a cota fica horrorizada, diz que não
é isso que vem na “Sentinela”,
mas as pessoas insistem que é isso que ouvem dizer por todo o lado, no talho,
na padaria, no café…
Mano – E a
velha?...
Zé – Pá, a
velha anda fodida, como é natural, já foi de urgência para o hospital, e agora
decidiu que já não vai bater de porta em porta, a falar do Fim do Mundo, mas da
Retoma que vai vir a seguir. Entrou em depressão, porque batem-lhe com a porta
na cara, como faziam antigamente. Isso, mais a Câncio, que quer ser aumentada,
por cada notícia em que o nome dela aparece colado ao meu, nas revistas do Abel
e do Carlos Castro..., pá..., ando mesmo mal, como no período da “Independente”…
Mano –
Então, queres falar de quê?...
Zé - Pá,
tudo menos de robalos, de sacos de dinheiro, de “Freeport”, de concessões à
Mota-Engil…
Mano –
Podemos falar da “Lena”. A cena está bem orientada com o consórcio francês. O
Pedroso cumpriu bem a missão na Roménia, e, se calhar vai agora para o Báltico.
Os gajos precisam bué de autoestradas, e nós sabemos sacar o alcatrão e…
(risos) transformá-lo em… robalos (risos)
Zé – Mano,
já te disse que não me apetecia falar de coisas sérias… Apetecia-me qualquer
coisa de especial…
Mano –
Tipo o quê?... Queres umas anedotas das pielas do Alegre?... Dos ataques de
epilepsia do Cavaco?... Há umas boas, que me chegaram ontem de Belém (risos) O
gajo parece que se mija pelas pernas abaixo!... (risos)
Zé – Não,
queria outra coisa, sei lá... (silêncio)... Sabes fazer sexphone?...
Mano –
Sei, mas com gajas russas, daquelas com mamas grandes e muita chichinha (risos)
pachachas seminovas, como diz o Putin (risos). Queres que faça de gaja?...
Zé –
(silêncio)
Mano –
Pronto, já percebi… Queres que faça de gajo?...
Zé
–(silêncio)
Mano –
Escuta, eu sei imitar a voz do Diogo Infante… do teu primo…
Zé -
Consegues imitar o meu primo?...
Mano –
Yeah… os dois, os três, todos os que tu quiseres. (silêncio) Mas tens alguma
fantasia com os teus primos?...
Zé –
(silêncio)… (silêncio)… (silêncio)… tenho…
Mano – Com
qual???...
Zé –
(silêncio)… com… todos... Os primos, os meios primos, os tios... eu curtia uma
bacanal com eles todos...
Mano –
Então, vamos nessa, para começar, eu faço de Hugo Monteiro, e tu (silêncio)…
Zé - … eu
posso fazer de... Câncio?...
Mano –
Bute nessa, meu, bute nessa (risos). Vá, começa lá… Anda, chavala, põe-me essas
tetas todas cá para fora…
Zé –
(silêncio. Abre a camisa Boss) … assim, está bem?...
Mano –
Yeah, meu, vamos já a uma “espanholada”?... Abre-me essas mamas e roça agora o
telemóvel no rego… isso… estás a senti-lo todo, muito quentinho, para cima e
para baixo?... Isso, vá, mais devagarinho, e roça mesmo o teclado, para eu te
sentir toda… Queres gemer para mim?...
Zé –
(Sócrates geme)… hmmmm… tão bom… Queres que meta o Blackberry onde?...
Mano –
Onde quiseres, passa-o no rego do cu… Isso… devagarinho… Agora, põe no vibrar,
que eu vou desligar e voltar a ligar… (desliga o telefone)
Zé - Hmmm,
tão bom… Apetecia-me um Venezuelano daqueles morenões, como o Chávez me costuma
arranjar, nas visitas de Estado… Mano, estou cheio de tesão… Não queres vir
aqui, para fazermos os dois, ao vivo?...
Mano – foda-se,
ainda se fosses uma Lituana boa, fazíamos o “Hostel” aí, em tua casa, com a Mãe
do Herman a cortar-te a picha e a dá-la de comer aos cães aí da rua,
que ela costuma envenenar…
Zé - … vá,
mano, já nos conhecemos há tanto tempo… Aqueles dias em que ficávamos sozinhos
na “Sovenco”… (suspiro) Tantas vezes que eu pensei que me ias encostar à
parede, e tratar como uma cadela… Até podíamos casar, quando eu aprovasse o
Casamento “Gay”… (silêncio) Eu iria lindíssima, de véu branco e flor de
laranjeira, e depois podíamos adotar uns daqueles putos sem família da Roménia…
O Paulo conhece tantos… E o meu nome ia ser, no Registo Civil, José Sócrates
Pinto de Sousa Vara… (suspiro) Lindíssimo… (suspiro)
Mano – Nâ,
chavalo, isso não… Regras da Loja. Somos como irmãos: irmãos da Loja negoceiam,
traficam e manipulam, mas nunca fodem. Isso ia ser incesto, Zé, quer na
Regular, quer na Irregular...
(Fim da
escuta)