Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Habitava uma caixa de madeira antiga, juntamente com um soldado, um anjo, um boneco de neve, um tambor, dez bolas douradas e uma estrela. Embrulhada em papel de seda, apenas saía uns dias pelo Natal. Sacudiam-lhe o pelo, ajeitavam-lhe as orelhas, rodeavam-lhe o pescoço com um fio de nylon e penduravam-na numa agulha de pinheiro. A casa cheirava a sonhos e a rabanadas e ela nauseada, a baloiçar, a andar à roda cada vez que alguém passava e fazia estremecer o chão, o pinheiro, a agulha. Uma noite o fio quebrou-se e ela caiu. Desequilibrou-se um pouco mas logo esticou as patas, abanou a cauda e levantando o focinho sentiu a liberdade lá fora.
Habitava uma caixa de madeira antiga, juntamente com um soldado, um anjo, um boneco de neve, um tambor, dez bolas douradas e uma estrela. Embrulhada em papel de seda, apenas saía uns dias pelo Natal. Sacudiam-lhe o pelo, ajeitavam-lhe as orelhas, rodeavam-lhe o pescoço com um fio de nylon e penduravam-na numa agulha de pinheiro. A casa cheirava a sonhos e a rabanadas e ela nauseada, a baloiçar, a andar à roda cada vez que alguém passava e fazia estremecer o chão, o pinheiro, a agulha. Uma noite o fio quebrou-se e ela caiu. Desequilibrou-se um pouco mas logo esticou as patas, abanou a cauda e levantando o focinho sentiu a liberdade lá fora.
Fugiu pela porta da cozinha, um sonho no céu-da-boca, a
neve, o gelo e as estrelas a galopar-lhe na cabeça.
Bonito
isso
mas... se eu fosse raposa
abria a porta de par em par
para a liberdade entrar
na caixa de madeira antiga,
Feliz Natal :-)
Belos natais e grandes entradas de raposas por 2018 :-)