Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Ao anoitecer chegou o pássaro viajante. Pousou em silêncio no ramo mais baixo da árvore, perto do solo, sacudiu a cabeça, abriu e fechou as asas duas vezes. As suas penas exalavam o odor dos grandes espaços e nos seus olhos vagueava ainda a lua cheia de tanto.
Ao anoitecer chegou o pássaro viajante. Pousou em silêncio no ramo mais baixo da árvore, perto do solo, sacudiu a cabeça, abriu e fechou as asas duas vezes. As suas penas exalavam o odor dos grandes espaços e nos seus olhos vagueava ainda a lua cheia de tanto.
O pássaro pequeno, que ocupava o terceiro ramo a contar
do topo, recebeu-o com um pio e três assobios de boas vindas. Estás grande,
disse-lhe. Acinzentaste as penas do peito, afilaste o bico, cresceram-te as
asas, acrescentou, enquanto saltitava ora num pé ora no outro. O pássaro
viajante levantou a cabeça, olhou-o, ficou calado durante uns segundos e depois
disse, está tudo tão pequeno aqui. E voou até ao cimo da árvore. O pássaro
pequeno sentiu um arrepio de culpa, esticou as pernas, endireitou o pescoço,
tentou piar mais forte, mas não conseguiu. E o pássaro viajante riu-se e julgou
avistar no céu a ursa maior e o pássaro pequeno dividiu com ele um punhado de
sementes de abóbora e outras tantas de linhaça e duas ou três de chia.
A chuva não atinge as asas de um pássaro.
Os belos pássaros do inverno voarão alto, na primavera :-)
.
.
. __________________ . brávô.nélitá.brávô . :))) .
.
.
Lindo conto :-)))