Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
E então no último dia daquele ano, encontraram a fivela perdida, a que se escondera no fundo da gaveta, no bolso do casaco, na caixa antiga dos botões. Não lhe fizeram perguntas inúteis, não a criticaram pela longa ausência. Prenderam-lhe uma fita de seda e a fivela de jade dançou até ser amanhã. Ao longe as vozes, os altos, contraltos, sopranos e os tenores também. A afastar a escuridão.
E então no último dia daquele ano, encontraram a fivela perdida, a que se escondera no fundo da gaveta, no bolso do casaco, na caixa antiga dos botões. Não lhe fizeram perguntas inúteis, não a criticaram pela longa ausência. Prenderam-lhe uma fita de seda e a fivela de jade dançou até ser amanhã. Ao longe as vozes, os altos, contraltos, sopranos e os tenores também. A afastar a escuridão.
...a replicar, "As fivelas de Jade" de Luís Alves da Costa
E então as
árvores cobriram-se de vermelho, e o vale das ginko selvagens amareleceu. No
Reino de Hongshan era o tempo breve das fivelas de Jade, e logo os cortesãos as
cruzaram nas fitas de seda. Ao longe, só eram cítaras e brumas.
Nesta passagem
e que seja luminosa a outra margem
até para o ano :)
São as palavras belas, na sombra das miragens, não há brumas, só imagens.
E assim se replica à replicação:
Os cortesãos passarão linhas verdes de fitas e de sedas das vertigens. E se lançarão címbalos e fogos, e mil cores triunfais, e luzes vagas dos caminhos do horizonte, e percorrerão "as florestas, os pântanos e os desertos" e serão "com eles os lobos, os cordeiros, os esquilos, os cavalos, os cães, as garças e os rouxinóis". E, no final da noite, se sentarão na luz da lua vaga premonitória. Pois só ela lhes falará das coisas ocasas.
Os desejos de um glorioso ano da luz de 2018 :-)