domingo, 31 de dezembro de 2017

replicante

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

E então no último dia daquele ano, encontraram a fivela perdida, a que se escondera no fundo da gaveta, no bolso do casaco, na caixa antiga dos botões. Não lhe fizeram perguntas inúteis, não a criticaram pela longa ausência. Prenderam-lhe uma fita de seda e a fivela de jade dançou até ser amanhã. Ao longe as vozes, os altos, contraltos, sopranos e os tenores também. A afastar a escuridão.

...a replicar, "As fivelas de Jade" de Luís Alves da Costa

E então as árvores cobriram-se de vermelho, e o vale das ginko selvagens amareleceu. No Reino de Hongshan era o tempo breve das fivelas de Jade, e logo os cortesãos as cruzaram nas fitas de seda. Ao longe, só eram cítaras e brumas.



Nesta passagem 
e que seja luminosa a outra margem



2 Responses so far.

  1. São as palavras belas, na sombra das miragens, não há brumas, só imagens.

    E assim se replica à replicação:

    Os cortesãos passarão linhas verdes de fitas e de sedas das vertigens. E se lançarão címbalos e fogos, e mil cores triunfais, e luzes vagas dos caminhos do horizonte, e percorrerão "as florestas, os pântanos e os desertos" e serão "com eles os lobos, os cordeiros, os esquilos, os cavalos, os cães, as garças e os rouxinóis". E, no final da noite, se sentarão na luz da lua vaga premonitória. Pois só ela lhes falará das coisas ocasas.

    Os desejos de um glorioso ano da luz de 2018 :-)

 
 

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