domingo, 1 de março de 2015

março

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Provocador, chapina duas vezes à tona da água enquanto lança o seu canto de primavera. Alheio e apimentado, o cogumelo não responde. O pássaro insiste e assobia repetidamente e volteia à roda daquele chapéu amarelado, organizado, carnudo, parado. O vento dá uma ajuda, sopra de manso e o pé estremece e o chapéu abana. A penugem preta da cabeça do pássaro acompanha o movimento e por um instante, tocam-se.

6 Responses so far.

  1. Demasiado bonito.

    Já deixei, no "Histórias com Mar ao Fundo", um primeiro devaneio sobre as imagens, mas esse mundo, muito íntimo e subtil, dos fungos efémeros, da metamorfose irisada das suas cores, dos esporos dos ventos que passam, de tudo isso, nos leva e enleva para aquele universo volátil do Fauré, de "Poussiére d'étoiles", ou das pavanas impressionistas, e vai aqui para a a Manuela,
    em primeira mão: neste período de grande criatividade e calma que estou a atravessar, depois dos grandes painéis, inspirados por "Les Biches" e a "Sinfonietta" de Poulenc, vou agora avançar para um mural gigante, ao som de Ravel.
    Depois irá vê-lo :-)

    Um bom fim de semana :-*

  2. verei :))

    no entanto, não fui eu que inventei essa imagem perfeita da cúpula de uma catedral, a todos os deuses serenos, uma só coluna, um só capitel


    foi o Luís e é demasiado bonito

  3. Tem a certeza de que fui eu????

    Isso de catedrais e cópulas, perdão, cúpulas, cheira-me mais à caminha entornada da Jacitinha Marto, que viu o solzinho a dançar a rumba com a Santa com Cara de Saloia :-)

    (Nem sei se havia a rumba em 1917: às tantas, foi uma polka)

  4. Luís,

    eu tenho dúvidas, apenas :))

    tem razão, chamou-lhes: pequenos templos do Mundo

    e

    havia rumba, charleston, foxtrot, mas era mais a ocidente de Leiria

  5. Devia ser a Jacintinha a dançar com o solzinho a Valsa da Artrose :-)

 
 

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