Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Provocador, chapina duas vezes à tona da água enquanto lança o seu canto de primavera. Alheio e apimentado, o
cogumelo não responde. O pássaro insiste e assobia repetidamente e volteia à
roda daquele chapéu amarelado, organizado, carnudo, parado. O vento dá uma
ajuda, sopra de manso e o pé estremece e o chapéu abana. A penugem preta da
cabeça do pássaro acompanha o movimento e por um instante, tocam-se.
Demasiado bonito.
Já deixei, no "Histórias com Mar ao Fundo", um primeiro devaneio sobre as imagens, mas esse mundo, muito íntimo e subtil, dos fungos efémeros, da metamorfose irisada das suas cores, dos esporos dos ventos que passam, de tudo isso, nos leva e enleva para aquele universo volátil do Fauré, de "Poussiére d'étoiles", ou das pavanas impressionistas, e vai aqui para a a Manuela,
em primeira mão: neste período de grande criatividade e calma que estou a atravessar, depois dos grandes painéis, inspirados por "Les Biches" e a "Sinfonietta" de Poulenc, vou agora avançar para um mural gigante, ao som de Ravel.
Depois irá vê-lo :-)
Um bom fim de semana :-*
verei :))
no entanto, não fui eu que inventei essa imagem perfeita da cúpula de uma catedral, a todos os deuses serenos, uma só coluna, um só capitel
foi o Luís e é demasiado bonito
Tem a certeza de que fui eu????
Isso de catedrais e cópulas, perdão, cúpulas, cheira-me mais à caminha entornada da Jacitinha Marto, que viu o solzinho a dançar a rumba com a Santa com Cara de Saloia :-)
(Nem sei se havia a rumba em 1917: às tantas, foi uma polka)
Poeiras do Sonho
Luís,
eu tenho dúvidas, apenas :))
tem razão, chamou-lhes: pequenos templos do Mundo
e
havia rumba, charleston, foxtrot, mas era mais a ocidente de Leiria
Devia ser a Jacintinha a dançar com o solzinho a Valsa da Artrose :-)